Revelando, imortalizando histórias e talentos
15.11.16

 

Aproveitando o centenário do samba, lembramos que, o samba foi personagem de momentos gloriosos do cinema nacional. 

 

Do bom humor das chanchadas às dramáticas tramas do realismo do Cinema Novo, o gênero musical teve papel de protagonista, tanto na composição de personagens quanto na ambientação de tramas passadas no País.

 

O maior elo entre os universos do cinema e do samba foi sem dúvida a cantora Carmem Miranda. Ao ir para Hollywood, Carmem ajudou a disseminar a música popular brasileira mundo afora. Muitos foram os sambistas que viram suas carreiras deslancharem depois de tocarem na sala escura. A lista de notáveis inclui Ary Barroso, Vinicius de Moraes, Dorival Caymmi e Zé Keti.

 

Com a popularização do rádio e a chegada dos filmes sonoros ao cinema, nos anos 30, o samba ganhou de vez as casas e a vida dos brasileiros. 

 

Após conquistar o território brasileiro, o samba ganhou o mundo e muito disso se deve à projeção de Carmen Miranda no exterior, após chegar à Broadway, em 1939, e, em seguida, a Hollywood, consagrando-se como estrela das telas. "No plano internacional, Carmen Miranda legitimou o samba como expressão da nossa cultura. A relação que Carmem estabeleceu entre o Brasil e os Estados Unidos foi tão forte que levou o empresário Walt Disney a criar o personagem Zé Carioca, apresentado na animação Você Já Foi a Bahia?. 

 

Elencamos 17 filmes que tem o samba como fio condutor: 

 

 

• Alô, Alô, Carnaval, de Adhemar Gonzaga (Brasil, 1936, 75 minutos). Único filme brasileiro com a participação de Carmen Miranda que sobreviveu ao tempo. Além da Pequena Notável, traz performances de artistas como Mário Reis, Francisco Alves e Dircinha Batista.

 

• Rio Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos (Brasil, 1957, 90 minutos). Drama sobre um humilde sambista carioca chamado Espírito da Luz, vivido por Grande Otelo. No enredo, as dificuldades de figuras anônimas que acabam enganadas por aproveitadores que lucram com os direitos autorais. Zé Keti faz um papel no filme e ainda assina parte da trilha sonora.

 

• Orfeu Negro ou Orfeu do Carnaval, de Marcel Camus (Brasil, França e Itália, 1959, 100 minutos). O mito grego de Orfeu e Eurídice ganha uma releitura no Rio de Janeiro, durante o Carnaval, com atores negros. A inspiração partiu da peça de teatro Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes. A trilha sonora traz muito samba tocado pela rua e música de Tom Jobim e Luiz Bonfá. Agostinho dos Santos interpreta o tema de Orfeu, Manhã de Carnaval. Em 1960, Orfeu Negro conquistou o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira e a Palma de Ouro em Cannes no ano anterior. Em 1999, Cacá Diegues refilmou a história com Toni Garrido, então vocalista do grupo de reggae Cidade Negra, no papel de Orfeu, antes personificado por Breno Mello.

 

• Cinco vezes favela, de Marcos Farias, Miguel Borges, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade e Leon Hirsman (Brasil, 1962, 92 minutos). Uma das obras mais significativas do Cinema Novo, com cinco histórias. O terceiro episódio, Escola de Samba, Alegria de Viver, de Cacá Diegues, fala de um jovem sambista que assume a direção de uma escola de samba pouco antes do Carnaval, enfrentando uma crise financeira na agremiação. O Quarto episódio, Couro de Gato, de Joaquim Pedro de Andrade, mostra as peripécias de um grupo de meninos que desce o morro para roubar gatos com o objetivo de venderem os animais para fabricantes de tamborins.

 

• Heitor dos Prazeres, de Antônio Carlos da Fontoura (Brasil, 1965, 14 minutos). O protagonista deste documentário é o sambista e artista plástico Heitor dos Prazeres. Em um dos momentos do filme, ele comenta o fato de não gostar de comercializar sua arte.

 

• Carmen Miranda, de Jorge Ideli (Brasil, 1969, 18 minutos). Documentário que destaca a mais famosa cantora brasileira de todos os tempos. O filme reúne cenas da vida particular e dos musicais de sucesso.

 

• Nelson Cavaquinho, de Leon Hirszman (Brasil, 1969, 14 minutos). Este filme destaca a relação do sambista Nelson Cavaquinho com o ambiente em que vivia, o morro da Mangueira. O compositor e cantor dá depoimentos sobre sua vida e sua produção musical.

 

• Saravah, de Pierre Barouh (Brasil/França, 1969, 91 minutos). Este documentário traz imagens históricas, como um dos raros registros de João da Baiana e uma roda de samba em Niterói, com a participação de Paulinho da Viola e Maria Bethânia.

 

• Conversa de Botequim, de Luiz Carlos Lacerda (Brasil, 1972, 10 minutos). Documentário sobre João da Baiana, com as participações de Donga e Pixinguinha.

 

• Álbum de Música, de Sérgio Sanz (Brasil, 1974, 10 minutos). Curta-metragem que destaca aparições de artistas como Almirante, Cartola, Nara Leão e Gilberto Gil.

 

• Natal da Portela, de Paulo César Saraceni (Brasil, 1988, 100 minutos). Ficção que fala da vida de Natal da Portela, que perdeu um braço na infância e se tornou famoso bicheiro e patrocinador da Portela.

 

• O Mandarim, de Júlio Bressane (Brasil, 1995, 90 minutos). Música e imagens revivem a trajetória do cantor Mário Reis, interpretado pelo ator Fernando Eiras, e de outros artistas. No elenco, Gilberto Gil (Sinhô), Gal Costa (Carmen Miranda), Raphael Rabello (Villa-Lobos), Chico Buarque (Noel Rosa), Edu Lobo (Tom Jobim) e Caetano Veloso (como ele mesmo).

 

• Nelson Sargento, de Estevão Ciavatta (Brasil, 1997, 21 minutos). Relato biográfico do cantor, compositor, ator e artista plástico durante uma visita ao morro da Mangueira.

 

• Um Certo Dorival Caymmi, de Aluísio Didier (Brasil, 1999, 70 minutos). Documentário sobre a vida e obra do compositor baiano, da sua vinda para o Rio de Janeiro ao reconhecimento como um dos mais importantes autores da música brasileira.

 

• Paulinho da Viola – Meu Tempo é Hoje, de Izabel Jaguaribe (Brasil, 2002, 83 minutos). Documentário sobre Paulinho da Viola que dá um panorama na obra e na trajetória do artista carioca. No filme, Paulinho fala de temas como suas influências musicais e nostalgia.

 

• Batuque na Cozinha, de Anna Azevedo (Brasil, 2004, 19 minutos). Documentário sobre Tia Doca, Tia Eunice e Tia Surica, pastoras da Velha Guarda da Portela, organizadoras de famosas rodas de fundo de quintal.

 

• Chico Buarque – Estação Derradeira, de Roberto de Oliveira (Brasil, 2005, 79 minutos). Retrospectiva da obra do cantor e compositor carioca que destaca seu lado sambista. Além de Chico, participam do filme nomes como a Velha Guarda da Mangueira, Leci Brandão, João Nogueira, Beth Carvalho, Nelson Sargento e Alcione. (Francisco martins\David Sanchez). 

 

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 22:41  comentar

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