Revelando, imortalizando histórias e talentos
4.4.06

 

 Ele influênciou  com sua arte cromática e logo caiu no gosto da aristocracia


Pintor nascido em Lucca - Itália, em 1896, fixando-se em São Paulo. Exerceu vários ofícios, inclusive o de decorador de interiores. No ano de 1914 realizou sua primeira obra. A sua pintura, até 1930, caracteriza-se, pela aproximação naturalista das formas e cores resolvidas, e a maneira impressionista ou expressionista. Em 1925, começou a participar de mostras coletivas, onde conhece Mário Zanini em 1927, e passa a exercer grande influência sobre ele. Porém, na década seguinte aproxima-se do Grupo Santa Helena, e foi lá que conheceu Ernesto de Fiori, que iria influenciá-lo também de maneira decisiva. A partir de então ele passa a desenvolver um cromatismo mais vívido, em detrimento da textura translúcida. No ano de 1938, participa do Salão de Maio e da I Exposição da Família Artística Paulista, e em 1939, depois de visitar a cidade de Itanhaém, deu inicio a série de marinhas. No VII Salão Paulista de Belas-Artes em 1940, Volpi já era bem conhecido da aristocracia paulistana. Em 1941, participa de mais salãos: do XLVII Salão Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro, da I Exposição do Osirarte e do I Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, em São Paulo.

A primeira individual 



Para fazer sua primeira exposição individual na capital paulistana ele teve de alugar uma sala. Depois disso, ele viaja para Itália em 1950, e volta de lá seduzido pela arte dos góticos, principalmente Giotto. E vai gradativamente substitutindo o óleo pela têmpera. Foi neste período que ele deu Inicio, também, uma fase construtivista, algo meio estático com fachadas e casas abstraídas, que nos anos 60 transformaria-se em esquemas óticos e puramente cromáticos, das bandeirinhas e fitas. Ganha, em 53, o prêmio da II Bienal Internacional de São Paulo, com o qual adquire fama. Os geométricos paulistas indicam como seu precursor.

 

Em 1956 e 57 participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta, e nesse mesmo ano tem sua primeira retrospectiva, no MAM - Rio. Em 1975, no MAM - SP e em 1976 no MAC - Campinas. Já em 1980, na galeria A Ponte, em São Paulo, faz a exposição retrospectiva Volpi / As Pequenas Grandes Obras / Três Décadas de Pintura. Em 1984 participa da mostra Tradição e Ruptura, Síntese de Arte e Cultura Brasileiras, da Fundação Bienal. Em seu aniversário de 90 anos, o MAM - SP faz a exposição Volpi 90 Anos, também comemorado com o livro editado pelo Sesc -SP. Morre em 1988 aos 92 anos, em São Paulo. [Francisco Martins]

 

 

 

EM TEMPO 


 Desde início do ano de 2007 que a família do pintor e a polícia - DEIC SP, investigam os passos dos funcionários, pois 25 telas estão desaparecidas. Talvez o DEIC, Delegacia de Investigações Criminais, não seja o órgão mais adqüado para tal haja vista os crimes que seus integrantes estão cosntantemente envolvidos. Do rapto ao roubo. Do estelionato ao tráfico de drogas. 

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 22:07  comentar

Do Ceará para o mundo


O artista plástico Aldemir Martins nasceu na pequena cidade de Ingazeiras, no Ceará, em 8 de novembro de 1922. A sua vasta obra, importantíssima para o panorama das artes plásticas no Brasil, pela qualidade técnica e por interpretar o "ser" brasileiro, carrega a marca da paisagem e do homem do nordeste. O talento do artista se mostrou desde os tempos de colégio, em que foi escolhido como orientador artístico da classe. Aldemir Martins serviu ao exército de 1941 a 1945, sempre desenvolvendo sua obra nas horas livres. Chegou até mesmo à curiosa patente de Cabo Pintor. Nesse tempo, freqüentou e estimulou o meio artístico no Ceará, chegando a participar da criação do Grupo ARTYS e da SCAP - Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, junto com outros pintores, como Mário Barata, Antonio Bandeira e João Siqueira.

Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1946, para São Paulo. De espírito inquieto, o gosto pela experiência de viajar e conhecer outras paragens é marca do pintor, apaixonado que é pelo interior do Brasil. Em 1960/61,Martins morou em Roma, para logo retornar ao Brasil definitivamente. O artista participou e diversas exposições, no país e no exterior, revelando produção artística intensa e fecunda. Sua técnica passeia por várias formas de expressão, compreendendo a pintura, gravura, desenho, cerâmica e escultura em diferentes suportes. Aldemir Martins não recusa a inovação e não limita sua obra, surpreendendo pela constante experimentação: o artista trabalhou com os mais diferentes tipos de superfície, de pequenas madeiras para caixas de charuto, papéis de carta, cartões, telas de linho, de juta e tecidos variados - algumas vezes sem preparação da base de tela - até fôrmas de pizza, sem contudo perder o forte registro que faz reconhecer a sua obra ao primeiro contato do olhar

Cores vibrantes

Seus traços fortes e tons vibrantes imprimem vitalidade e força tais à sua produção que a fazem inconfundível e, mais do que isso, significativa para um povo que se percebe em suas pinturas e desenhos, sempre de forma a reelaborar suas representações. Ele pode ser definido como um artista brasileiro por excelência. A natureza e a gente do Brasil são seus temas mais presentes, pintados e compreendidos através da intuição e da memória afetiva. Nos desenhos de cangaceiros, nos seus peixes, galos, cavalos, nas paisagens, frutas e até na sua série de gatos, transparece uma brasilidade sem culpa que extrapola o eixo temático e alcança as cores, as luzes, os traços e telas de uma cultura. Por isso mesmo, Aldemir é sem dúvida um dos artistas mais conhecidos e mais próximos do seu povo, transitando entre o meio artístico e o leigo e quebrando barreiras que não podem mesmo limitar um artista que é a própria expressão de uma coletividade. Martins, provavelmente fora o artista brasileiro mais premiado em todo o mundo. Entre seus prêmios O Cangaceiro, na Bienal de São Paulo em 1951, Premio de viagem ao exterior pelo VIII concurso de Arte Moderna do Rio de Janeiro, primeiro premio por grafia de 1946 a 1966, na Bienal Internacional de Veneza, Itália, Medalha de Ouro no V Salão Nacional de Arte Moderna no Rio de Janeiro, em 1956 entre outros.

Exposições

Em suas inúmeras exposição que correram mundo cita-se algumas: 1947 - Exposição Coletiva 19 pintores - 3o. prêmio, 1948 - na Galeria Domus, São Paulo, com Mário Gruber e Enrico Camerini. Em 1954 - Gravuras Brasileira, Genebra, Suíça, 1955 - Bienal Internacional de Desenho e Gravura de Lugano, Suíça. - V Salão Baiano de Artes Plásticas, Salvador, Bahia. XXVIII Bienal de Veneza, Itália - Prêmio "Presidente Dei Consigli dei Ministeri", atribuído ao melhor desenhista internacional. No ano de 1957 - Exposição de gravuras no "Circolo dei Principi", Roma, Itália, com Lívio Abramo. Em 1958 - Festival Internacional de Arte, Festival Galleries, Nova Iorque, Estados Unidos. 1961 - Exposição de desenhos e litografias na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, Portugal. 1962 - Exposição individual na Sala Nebili, Madri, Espanha.
Exposição coletiva "Brasilianische Kunstler der Gegenwart", Kassel, Alemanha. 1965 - individual no Instituto de Arte Contemporânea, Lima, Peru. Coletiva 48 artistas, na Pinacoteca do Estado, São Paulo. 1982 - Internacional Arte Expo, Estocolmo, Suécia. Tradição e Ruptura - Fundação Bienal de São Paulo. 1989 - O Nordeste de Aldemir Martins, Espace Latin-American, Paris, França. Em 1985 um livro intitulado "Aldemir Martins, Linha, Cor e Forma", apresentou a obra de Martins aos brasileiros. O artista faleceu de enfarte no dia 5 de fevereiro de 2006, em São Paulo onde residia.[Francisco Martins]

* Reportagem publicada na versão imprensa do Jornal Novas Técnicas www.jornalnovastecnicas.com.br e da Revista Sinal Verde www.sinalverde.net

 

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