"Achados e Perdidos", do escritor Luiz Alfredo Garcia-Roza, o diretor e o roteirista Paulo Halm eliminaram ninguém menos do que o protagonista do texto, o delegado Espinosa, colocando em primeiro plano na tela três outros personagens: o delegado aposentado Vieira (Antônio Fagundes) e as prostitutas Magali (Zezé Polessa) e Flor (Juliana Knust, estreando no cinema). Mesmo sem experiência no ramo, Joffily consegue armar bem a trama, envolvendo o triângulo de conseqüências fatais. A ação deslancha no rastro de um crime, a morte de Magali. Prostituta vivida, ela mantém um caso firme com Vieira, que vive uma nítida decadência física e psicológica, mantendo à tona uma certa ironia. O delegado quer casar-se com Magali, mas ela recusa, por motivos que só ficam inteiramente claros na parte final do filme.
Antônio Fagundes e Zezé Polessa vivem seus papéis com uma convicção que lhes dá inteira credibilidade e é por onde passa a melhor energia do filme. Juliana Knust, porém, não acompanha no mesmo tom. É a ponta fraca, especialmente numa seqüência final em que teria de passar a ambiguidade de sua personagem