Revelando, imortalizando histórias e talentos
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"A idéia de um Museu Aeronáutico data de 1943, quando o então Ministro Salgado Filho determinou sua organização, sendo o trabalho inicial e posteriores tentativas, interrompidos por falta de local disponível".

Atendendo à Exposição de Motivos do Ministro da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar - Araripe Macedo, o Presidente Emílio Garrastazu Médici, cria o Núcleo do Museu Aeroespacial em 31 de julho de 1973, sob Decreto nº 72.552. Em janeiro de 1974, iniciam-se os trabalhos de restauração do prédio e hangares - antiga "Divisão de Instrução de Vôo" da Escola de Aeronáutica -, simultaneamente à coleta de acervo, restauração de aviões, motores, armas e outras peças de valor histórico. Sua inauguração deu-se em 18 de outubro de 1976. Desde 1986 está subordinado administrativamente ao Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, INCAER. O local escolhido para fundar o museu foi Campo dos Afonsos - RJ por ser considerado "Berço da Aviação Militar". Atualmente o Museu Aeroespacial integra o Campus da Universidade da Força Aérea - UNIFA.

AS FUNÇÕES DO MUSEU

As principais funções do Museu Aeroespacial são: pesquisar, desenvolver, divulgar, preservar, controlar e estimular as atividades referentes à memória e cultura da aeronáutica brasileira, transmitindo para futuras gerações o que foi a vida, a obra e a contribuição para a sociedade nacional e internacional, daqueles que fizeram a História da Aviação. Com um espaço físico de 15.195 mª, suas instalações incluem um prédio de dois andares e cinco hangares em anexo. As salas de exposição abrigam as principais coleções históricas de pioneiros da aviação, e o salão principal reúne as aeronaves mais antigas, já nos cinco hangares, estão em exposição a coleção de aeronaves de relevante valor histórico e tecnológico. Em média, o museu recebe, três mil visitantes por mês com tipologia e faixa etária variadas, que vai desde o estudante que pode ir só ou em grupos escolares até o mais aficcionado pesquisador sobre o assunto, são freqüentadores assíduos do museu. Ambos com objetivos diferentes, mas sempre com um único interesse, a aviação que desperta ao público em geral uma grande atração. Quanto às pesquisas solicitadas pelo próprio visitante, o museu coloca à disposição do interessado um valioso acervo bibliográfico com cerca de cinco mil títulos especializados, além de importante arquivo histórico, contendo documentos escritos e impressos, fotografias, "slides", negativos, vídeos, filmes, etc. O Museu Aeroespacial possui uma equipe de restauradores que realiza os trabalhos de recuperação de aeronaves, e são constantemente desafiados a aplicarem técnicas e criatividade para realizarem, com fidelidade, restaurações consideradas extremamente difíceis, por exemplo restauração de aeronave que divide-se em: Desmontagem, Desentelagem e Reentelagem.


HOMENAGENS AOS PIONEIROS

A importância da criação de um Museu Aeronáutico deve-se a necessidade de preservar e divulgar documentos e material históricos para futuras as gerações. Para isso foram criadas várias salas que são nominadas pelos pioneiros da aviação brasileira, como Anésia Pinheiro Machado, Ministro Salgado Filho, Primórdios da aviação que apresenta os primeiros ensaios de vôo com destaque para Santos, Dumont, com sua respectica Sala, que inaugura a era da aviação com um veículo mais pesado que o ar, Sala de Simuladores que contém raridades como o primeiro modelo de simulador de vôo [Link Trainer] utilizados para treinamentos dos cadetes de Escola da Aeronáutica.

Sala Esquadrilha da fumaça


A peça principal em exposição é o Avião T6D-1959, que pertenceu ao ex-líder do Esquadrão, Cel. Antonio Arthur Braga, troféus, posteres e fotografias das diversas equipes. desde 1956 até 1999 e seus respectivos Comandantes.

Sala D 'armas


Destacam-se as metralhadoras Lewis e Vickers do período de 1914 e 1918, além da Hotchkiss Benét Mercié, que foi usada em um combate aéreo em1914, onde o primeiro avião Alemão da história foi abatido. Do período da 2º Guerra Mundial, as Bredas, italianas; HO-103 Tipo 1, japonesa, Browning M2, americana e as Rheinmtal-Borsig MG-15, alemães. Apresentam-se também em exposição os canhões aéreos Hispano-Suiza e Dainippon-Oerlikon, entre outras peças bélicas

Sala Demoiselle


Idealizada para ser um espaço de exposições temporárias dentro da temática aviação, tem como propósito oferecer ao visitante a oportunidade de conhecer outras coleções de objetos, fotografias e documentos que não estão expostas, empreendendo com isso um dinamismo à mostra deste Museu.

Sala Anésia Pinheiro Machado

A trajetória da Decana Brasileira das Aviadoras é retratada nesta sala onde, além de várias fotos, preserva a medalha de São Bento, em ouro, oferecida à Anésia por Santos-Dumont, após o "raid" São Paulo-Rio de Janeiro, em 1922.

Ministro Salgado Filho

O mobiliário do gabinete do primeiro Ministro da Aeronáutica, em 1941, está em exposição nesta sala, valorizada com duas telas a óleo retratando o Campo dos Afonsos em épocas distintas, 1919 e 1941. Além da galeria de fotos dos Ministros e Comandantes da Aeronáutica.


Sala do 1º Grupo de Aviação de Caça

Encontra-se em exposição a Campanha Aérea do Grupo, durante a 2ª Guerra Mundial, na Itália. A lembrança dos que atuaram naquele Teatro de Operações permanece viva na forma de documentos, objetos e fotografias.


EMBRAER - O Brasil na Vanguarda da Indústria Aeronáutica

A exposição mostra a construção, em 1968 do protótipo da aeronave Bandeirante desenvolvido pelo CTA, fato que motivou a criação da EMBRAER. A trajetória da empresa é representada através de documentos e fotografias, além da sequência de maquetes das aeronaves produzidas em série até os dias de hoje.

Sala do Sistema de Controle do Espaço Áereo Brasileiro

Idealizada e montada pelo Departamento de Controle do Tráfego Aéreo. A sala é composta de três módulos com fotografias, equipamentos de controle-radar em funcionamento e um auditório para exibição de vídeos, possibilitando aos visitantes verificar a trajetória do Brasil na busca da Soberania Nacional, através do monitoramento do seu espaço áereo.

Sala dos Motores


Nesta coleção destacam-se vários motores rotativos da Primeira Guerra Mundial, dentre os quais, um raríssimo "Diesel Junkers Jumo 205C", da década de 30; um "Motor Canhão" Allison, dos "Airacobra P-39"; e um "Rolls Royce Merlin" que equipou os Spitfires, Lancasters e Mosquitos. [Francisco Martins]. # Reportagem publicada na Revista Clássicos Automotivos edição impressa - em 2005]

SERVIÇO:

Dente os serviços que o Museu Aeroespacial oferece destacam-se projeção de filmes históricos, venda de souvenirs e de publicações na AEROLOJA, bem como a cafeteira Bandeirante Café. Os interessados em visita guiada deverão agendar de terça a sexta-feira: [21] 2108-8954 / 2108-8956 - ramal 2108
O Museu Aeroespacial:
Avenida Marechal Fontenelle, 2000 - Sulacap - Campo dos Afonsos - RJ
Visitação de terça a sexta-feira das 9h00 às 15h00
Sábados, domingos e feriados das 9h30 às 16h00
EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 20:47  comentar

 

 

Nascido a 4 de outubro de 1859, em viçosa, no Estado do Ceará, este Oriundi tornou-se um dos maiores juristas brasileiros de todos os tempos. Por ironia, seu território natal ávido e seco aguçou a sensibilidade de Bevilácqua, que logo deixou de exercer a função de promotor público na cidade de Alcântara, no Maranhão. Filho de um comerciante e deputado, que nas horas vagas fazia pequenas cirurgias e extraía dentes, Bevilácqua (aquele que bebe água), iniciou-se nas letras com um mestre-escola na sua Cidade natal. Francês e latim o pai lhe ensinou. Aos 19 anos, ele ingressou na Faculdade de Direito do Recife e custeava a pensão onde residia dando aulas num colégio primário. Aos 23 anos formou-se em Direito e aventurou-se como promotor da comarca de Alcântara / MA. Logo percebeu a incompatibilidade do cargo e fez as malas e voltou para o Recife, onde em 1884, foi nomeado bibliotecário e em 1889, tornou-se professor de Filosofia da Faculdade de Direito. Beviláquia alcançou o primeiro lugar no concurso público para o preenchimento da vaga, mas seus ideais republicanos quase puseram a perder a promissora carreira. Um ministro de Estado do Império tentou convencer Dom Pedro II de que o candidato que tirara o 2º lugar, Virgínio Marques, era mais bem capacitado. O soberano pediu para ver as provas, as leu e concluiu que a de Beviláqua era superior. O ministro argumentou que a prova oral de Marques sobrepujara à de Beviláqua. Dom Pedro II não duvidou, mas disse que nada melhor do que uma explanação por escrito para demonstrar o verdadeiro valor de cada candidato. Por fim, sussurraram no ouvido de sua alteza que Beviláqua era republicano, mas Dom Pedro II fingiu que não ouviu e confirmou a nomeação.

Rui Barbosa questiona sua inteligência

Logo depois proclamou-se a república, e à essa altura ele já era famoso por seus artigos publicados na imprensa. Foi eleito duas vezes deputado na Assembléia Constituinte do Ceará. No dia 25 de janeiro de 1899 recebera uma carta sigilosa de Epitácio Pessoa, então ministro da justiça do Presidente Campos Sales, que convidava-o para elaborar o anteprojeto do código civil. “Quer por sua competência e patriotismo a serviço dessa grande causa?” perguntou Pessoa. Bevilácqua aceitou a proposta”. A indicação de seu nome gerou polêmica. Rui Barbosa questionou a competência do colega. “Bevilácqua não tem inteligência, tem desdém pela boa linguagem”. Falta-lhe um requisito primário, essencial (...) a vernaculidade, a casta correção do escrever” disse Rui Barbosa. Beviláqua não deu ouvidos às críticas e partiu para o Rio de Janeiro. Em outubro de 1889, os manuscritos estavam prontos. Até ser promulgado, a 1º de janeiro de 1916 pelo Presidente Venceslau Brás. Entretanto, foram 62 reuniões antes de fixar a redação final em 1900. Ao ser enviado para a apreciação do senado, onde o esperava Rui Barbosa. Em 1902, como relator do projeto, Barbosa ofereceu um parecer de 500 páginas, apresentou um sem-número de emendas de redação sobre os dois mil artigos do código, corrigindo nuances gramaticais. A polêmica envolvendo os juristas tomou conta das ruas, cafés, salões e rodas literárias. Bevilácqua chegou a escrever um livro de 558 páginas, em 1905, para defender o seu anteprojeto. Ao final, o Código Civil foi aprovado com 1027 emendas. Como pagamento recebeu 100 contos de réis e, gastou com jóias para a mulher e as duas filhas. Para azar, foram roubadas por uma empregada. “Se levou as jóias é porque precisava”, sentenciou Beviláqua. Beviláqua residia num casarão na Tijuca, acordava sempre às quatro e meia da manhã para entreter-se com os 20 mil volumes de sua biblioteca. Quando morreu, a 26 de julho de 1944, de parada cardíaca, estava aposentado do cargo de consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores. Ele cobrava pareceres jurídicos apenas daqueles mais abastados. Por isso, o autor do Código Civil, nunca conheceu a Europa porque não queria abandonar nem por um breve período de tempo sua biblioteca. Faleceu pobre. Considerava-se um aprendiz. [Francisco Martins]
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 20:45  comentar

 

 Por: Dino Nery  
Nascida em Macaé, estado do Rio de Janeiro, Abelim Maria da Cunha, verdadeiro nome de Ângela Maria, nascida em 13 de maio de 1928, e Filha de pastor protestante, passou toda a infância nas cidades fluminenses de Niterói, São João do meriti e São Gonçalo.  Desde menina cantava em coro de igrejas. Foi operária tecelã, porém, o seu sonho era mesmo cantar no radio. Por volta de 1947, começou a freqüentar programas de calouros. Apresentou-se no Pescando Estrelas, apresentado por  Arnaldo Amaral, na Radio Clube do Brasil (atualmente, Mundial), na Hora do Pato, de Jorge Curi, na Radio Nacional, e no programa de calouros de Ari Barroso, na Rádio Tupi. Com psêudonimo de Ângela Maria, para não ser descoberta pelos pais, ela participou também do Trem da Alegria, dirigido pelo "Trio de Osso" (Lamartine Babo, Iara Sales e Heber de Bôscoli), na Radio Nacional. Logo sua voz foi se tornando conhecida dos ouvintes, o que dificultou sua participação nesses programas, pois ela estava deixando de ser caloura. Nessa época, era inspetora de lâmpadas numa fabrica da General Eletric e, decidindo tentar realmente a carreira de cantora, abandonou a família e foi morar com uma irmã no subúrbio de Bonsucesso.  Em 1948 conseguiu lançar-se como crooner no Dancing Avenida, e,  em sua noite de estréia, cantou Olhos verdes, de Herivelto Martins e Benedito Lacerda). Teve a sorte de ser ouvida pelos compositores Erasmo Silva e Jaime Moreira Filho, que a apresentaram a Gilberto Martins, diretor da Radio Mayrink Veiga. Feito o teste, começou carreira na emissora, interpretando musicas de Othon Russo e Ciro Monteiro, compositores que a ajudaram a criar um repertório pessoal, abandonando a influência de Dalva de Oliveira. Firmando-se a partir de 1950 como intérprete, em 1951 estreou em disco com Sou feliz -- Augusto Mesquita e Ari Monteiro - e "Quando alguém vai embora" [Ciro Monteiro e Dias Cruz], na Victor. No ano seguinte, sua gravação do samba "Não tenho você" de Paulo Marques e Ari Monteiro, bateu recordes de venda, marcando o que fora o seu primeiro grande sucesso. Na  década de 1950, atuou intensamente no rádio, apresentando-se na Radio Nacional, nos programas de César de Alencar e Manuel Barcelos, e na Rádio Mayrink Veiga, como a estrela de A Princesa Canta, alusão ao seu título de  Princesa do Radio. Um outro segundo apelido, Sapoti, viria do então presidente da República Getúlio Vargas, o que a tornou cantora mais popular do País durante a década de 50, e alcançando êxitos com as canções "Fósforo Queimado [ Paulo Marques, Milton Legey e Roberto Lamego], Vida de Bailarina, de Américo Seixas e Chocolate, "orgulho"[Valdir Rocha e Nelson Wederkind], Ave Maria no Morro [Herivelto Martins] Lábios de Mel, de autoria de João Villaça Jr e Nage] e a canção Babalu [Margarita Lecuana]. No ano de 1954, em concurso popular, tornou-se a Rainha do Radio, e no mesmo ano estreou no cinema, participando do filme "Rua sem sol ', de Alex Viany.  

Voltando a gravar na RCA Victor em fins da década de 1950, em 1963 viajou para Portugal e África, cantando para soldados portugueses que então lutavam nas colônias. Um de seus grandes êxitos na segunda metade da década de 1960 foi a canção Gente humilde (Garoto, Chico Buarque e Vinícius de Moraes). Em 1975, com 25 anos de uma carreira de muitos sucessos, preferia apresentar-se em clubes do interior ou em churrascarias das grandes cidades, ambientes onde, ao contrario da televisão e das boates sofisticadas, sentia mais de perto a reação do povo. Em 1979, com João da Baiana, participou do documentário Maxixe, a dança perdida, de Alex Viany. Em 1982 foi lançado o LP Odeon com Ângela Maria e Cauby Peixoto, primeiro encontro em disco dos dois intérpretes. Em 1992 apresentou-se com Cauby no show Canta Brasil, com grande sucesso de publico, sendo lançado em disco Ângela e Cauby ao vivo (RCA/BMG, 1992). 

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 16:17  comentar

Diários da Floresta, de Betty Mindlin

 

Diários da floresta é o conjunto das anotações de campo das seis primeiras viagens da antropóloga Betty Mindlin ao povo Suruí Paiter de Rondônia, entre 1979 e 1983. Ela teve o privilégio de conviver com esses índios nos primeiros anos de contato, pois foi em 1969 que fizeram a paz com o indigenista Apoena Meirelles, embora ainda levassem mais alguns anos para estabelecer uma relação permanente com a Funai. Eram agricultores e caçadores, habituados a conflitos com inimigos, conhecedores da floresta, pouco influenciados pela sociedade industrial que avançava sobre eles. Sua forma de vida deslumbrou a autora. Os diários relatam as descobertas cotidianas, a análise da economia e da organização social, do parentesco, dos rituais, do amor e da guerra, procuram desvendar outro modo de ser. Os diários de Betty Mindlin foram retrabalhados e editados, reduzidos a uma dimensão muito menor que a original, para, segundo ela, “não abusar da paciência dos leitores”. Os relatos da época são entremeados de comentários atuais sobre o que se passava então e sobre a situação dos índios. A pesquisa que registram deu origem a uma tese de doutorado, publicada em forma de livro, Nós Paiter. Mas não estão escritos como um estudo sistemático e exaustivo, embora baseados em uma observação aguçada e informada pelas ciências sociais.

Sobre a autora

Betty Mindlin trabalha há muitos anos em projetos de pesquisa e apoio a povos indígenas da Amazônia. Economista e antropóloga, publicou seis livros de mitos em co-autoria com narradores indígenas, entre os quais Moqueca de maridos (Rosa dos Tempos/Record, 1997) e Couro dos Espíritos (Senac/Terceiro Nome, 2001).

O livro
248 páginas, R$ 38,00
Editora Terceiro Nome
fone 11 5093 8216
www.terceironome.com.br

Fonte:
Felipe Gil - Assessor de Imprensa
(felipegil@terceironome.com.br)
Fone: 11 5093 8216, skype: felipe-gil
EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 16:15  comentar

O longa-metragem, dirigido por Sergio Rezende, que estréia sexta-feira dia 4 de agosto nos cinemas, e conta com a história da estilista brasileira Zuzu Angel que fez roupas até para  atriz norte-americana  Kin Novak. A família já havia recebido roteiros de outros profissionais, porém recusara-os. Patrícia Pillar é a personagem-título do filme e sempre foi a escolha do diretor para viver a estilista no cinema. Daniel de Oliveira foi indicação da própria Pillar para o papel de Stuart Angel Jones. Este é o quarto personagem real que ele interpretou. É impossível não lembrar de seu trabalho em Cazuza, que o ator diz ter sido mais fácil, por ser um ícone mais próximo das pessoas. Pouco antes de Zuzu Angel, ele gravou Batismo de Sangue, outro filme de teor político, que ajudou na composição de Stuart. "Eu já estava imerso naquele universo", revela o ator. Elke Maravilha, interpretada por Luana Piovani, seria inicialmente uma fonte de informações sobre Zuzu. "No início das pesquisas, fui conversar com Elke e percebi que ela própria era personagem do filme", conta o diretor. Elke, que na época não era Maravilha, foi a modelo preferida de Zuzu e logo se tornou uma grande amiga. "Ela me contava sobre o filho dela, sobre a luta em busca do corpo e eu falava: ´Você vai acabar sendo morta, Zuzu´, e ela respondia: ´Já me mataram, Elke, mataram meu filho, estou morta!´", recorda a atriz, que chora durante a entrevista. Ela mesma faz uma pequena participação do filme, como uma cantora de cabaré.

 

 

Zuzu Angel

 

Nascida no interior de Minas em 1921, Zuleika foi criada por um tio em Belo Horizonte, onde conheceu seu marido. Sergio Rezende conta que o encontro dos dois foi inusitado. Zuzu estava em seu quarto quando as primas lhe avisaram que um tio americano, lindo, estava na sala. Ela, então, sem nunca tê-lo visto, disse: "Ah é? Então vou me casar com ele". Casou-se em BH, morou em Salvador e depois no Rio. Começou a carreira costurando para obras de caridade e logo ganhou espaço no competitivo mercado da moda internacional. Já separada do marido, tinha uma loja em Ipanema e ficou conhecida por seus desfiles no exterior, principalmente nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, sofria por notícias de Stuart, que se envolveu com a luta armada e caiu na clandestinidade. Quando descobriu que ele foi torturado até a morte, enfrentou os agentes do regime e foi tomada pela força que o filho tinha. Sempre repetia: "Eu não tenho coragem, coragem tinha meu filho. Eu tenho legitimidade". Sem respostas, Zuzu Angel passou a lutar e denunciar a ditadura por meio de sua moda. Depois da morte dele, se vestiu com roupa preta, um cinto cheio de crucifixos, véu e um anjo pendurado no pescoço. Num desfile em Nova York, colocou faixas de luto nos vestidos, fez bordados de tanques, com pombas negras, anjos e crianças presas. Foi a primeira a fazer protesto político na história universal da moda. Durante cinco anos - período entre a morte de Stuart e a de Zuzu - a figurinista lutou para encontrar o corpo de Tuti (apelido de infância do filho) e enterrá-lo dignamente. Mas, sua cruzada terminou na noite de 14 de abril de 1976, quando seu carro foi jogado na saída do Túnel Dois Irmãos, no Rio, e ela teve morte instantânea. Na época, o governo divulgou que havia sido um acidente e que ela teria dormido ao volante, fato contestado anos depois. Hoje, o túnel leva o nome Zuzu Angel. O corpo de Stuart nunca foi encontrado. Acredita-se que foi jogado ao mar, como o de outros presos políticos da época.

 

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 15:19  comentar

Que carro os presidentes mundiais usam? Para promover a indústria nacional, presidentes e líderes políticos preferem utilizar os modelos de carros de seus países 


Sempre motivo de status para a sociedade, um bom veículo é sinal de bom gosto, mas os mais desejados na maioria das vezes são os importados. Porém, presidentes e chefes de Estados se utilizam de veículos de fabricação nacional para exaltar a indústria de seu país e apresentá-la ao mundo. Como não poderia deixar de ser, os modelos escolhidos são sempre os mais luxuosos. Em alguns países, há casos em que as montadoras doam o veículo, como o acontecido na Inglaterra com a rainha Elizabeth II, que ganhou um Bentley Arnage Royal, custando US$ 15 milhões, presente da montadora de veículos superluxuosos em comemoração aos 50 anos de reinado, o Jubileu de Ouro. A  mesma generosidade ocorreu nos Estados Unidos, quando no governo do presidente George W. Bush desfila em um Cadillac DTS blindado, um mimo cedido pela General Motors que detém o monopólio de automóveis presidenciais no país desde 1928. Outros países como a Espanha, que não tem fabricantes de veículos de luxo, utilizam-se das grandes marcas de outras nações. O rei Juan Carlos e o primeiro ministro J.L. Rodríguez Zapatero, por exemplo, usa um Audi A8 e Mercedes Classe S. Já  os líderes russos e da antiga União Soviética  teem menos sorte. Eles eram “obrigados” a andar no desajeitado modelo Zil, um sedã que só não era mais antigo que os Lada que vimos no Brasil. Dizem que até hoje o veículo ainda está na frota do governo. No Brasil, o presidente utiliza para o seu dia-a-dia um Chevrolet Omega australiano. Antes ocuparam o posto modelos como o Omega nacional, Ford Landau e o famoso Willys Itamaraty. Veja lista dos carros utilizados por alguns líderes mundiais.

 

Brasil - Luiz Inácio Lula da Silva - Chevrolet Omega - Australiano

Estados Unidos - George W. Bush - Cadilllac DTS

Canadá - Paul Martin - Chevrolet Impala

Reino Unido - Rainha Elizabeth II - Bentley Arnage Royal

Inglaterra - Primeiro Ministro Tony Blair - Jaguar

Alemanha - Horst Koehler - Audi A8/ BMW 7 e Mercedes Classe S

Japão - Imperador Akihito - Nissan Prince Royal

Rússia - Vladimir Putin - Zil

França - Jacques Chirac - Renault / Pegeout

Espanha - J. L. Rodriguez Zapatero - Audi A8 e Mercedes Classe S

Suécia - Rei Carl XVI Gustaf - Volvo S80
<strong>[ Francisco Martins ] </strong>

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 15:09  comentar

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