Revelando, imortalizando histórias e talentos
7.8.06
Aleijadinho:  patrono dos escultores

 

Não se sabe ao certo a data de seu nascimento, falta de estudos e perdera os dedos das mãos, porém , sua arte ficou eternizada. Aleijadinho - deve-se a uma grave doença contraída aos 47 anos que deformou e paralisou partes de seu corpo. Perdeu todos os dedos do pé, atrofiando-se, curvando (e chegando mesmo a perder) os dedos de sua mão.

 

São Paulo- [AgênciaFM] - 7 de agosto de 2006 - Francisco Lisboa, brasileiro, mineiro, nasceu em 1730 ou 1738, filho de um arquiteto português e de sua escrava. Segundo informações ele nunca freqüentou a escola além dos primeiros anos. Sabia ler e escrever e conta-se que seus conhecimentos de arquitetura, escultura e desenho foram aprendidos na escola de seu pai e com o desenhista e pintor João Gomes Batista. A afirmação de que não Aleijadinho não conhecia a arte européia costuma ser considerada infundada e espantosa pelos estudiosos de suas obras, devido às semelhanças que sua produção apresenta em relação às do continente. Provavelmente, ele teve contato com elas somente a partir de gravuras. Entretanto, apesar de seu talento, é freqüente ser argumentado que suas obras apresentam algumas imperfeições, o que é bastante discutível -, típicas de sua falta de estudos. Na realidade, o alcance de seus estudos são um ponto obscuro na biografia. Considerado o maior artista do Brasil Colonial, onde imortalizou obras do barroco brasileiro. Sua visão foi danificada e o rosto acabou retorcendo-se, ganhando um aspecto extremamente desagradável. Entretanto, mesmo com as dificuldades físicas continuou pintando até ser efetivamente imobilizado no final de sua vida, em parte graças ao escravo Maurício, que lhe adaptava os ferros e o macete às mãos. Realizava desde obras de arquitetura, como a planta da Capela de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, aos trabalhos de esculturas pelos quais é particularmente conhecido. A pedra-sabão e o cedro eram suas principais matérias-primas. Trabalhou preferencialmente nas cidades mineiras associadas ao ciclo da mineração.

 

Abrangência de sua arte

 

Suas obras foram realizadas nas capelas de São Francisco de Assis, de Nossa Senhora do Carmo e das Almas, em Ouro Preto; nas matrizes de São João do Morro Grande; na matriz de Sabará e nas pequenas igrejas das fazendas ao seus arredores da Serra Negra, Tabocas e Jaguara; nas Igrejas de Santa Luzia; na Capela de São Francisco, em Mariana; na matriz e capela de São Francisco em São João del Rei e nas igrejas de Congonhas do Campo. Acredita-se que seus trabalhos mais importantes estejam nessas duas últimas cidades. Em suas obras de temática bíblica e grande força dramática, merecem destaque o conjunto escultórico dos Passos e Profetas de Congonhas. Retrata a via-sacra de Cristo, associada à figuras do Antigo Testamento, seguindo a tradição barroca. O sacro Monte de Braga, em Portugal, deve ter sido a inspiração para a encomenda dos Passos. Sua construção parece ter começado no ano de 1796 na Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinho, em Congonhas do Campo. As sessenta e seis imagens de madeira, distribuídas nos seguintes grupos: Ceia, Horto, Prisão, Flagelação, Coroação de Espinhos, Cruz-às-Costas e Crucificação levaram três anos e meio de trabalho de Aleijadinho e seus colaboradores. Não é definida qual a exata participação destes na obra e o único nome conhecido é o do escravo Maurício. As pinturas de alguns grupos ficaram sob a responsabilidade de Manuel da Costa Ataíde. As principais imagens dos Passos possuíam olhos de vidro. Destaca-se a extremamente expressiva figura de Cristo da Cruz-às-Costas, com seus olhos de vidro em esfera maciça e íris negra, diferente das demais peças.

 

OS PROFETAS

 

Já os Profetas, iniciados logo após o término dos Passos, levaram cinco anos para sua conclusão, uma vez que os trabalhos foram interrompidos entre 1801 e 1804. É considerada uma das séries mais completas da arte cristã, devida à apurada observação das indicações bíblicas. Aqui, o critério de separação daquilo que foi realizado por Aleijadinho do trabalho realizado pelos colaboradores foi a presença de traços marcantes do estilo do artista. Esse estilo caracteriza-se principalmente pelo modo anguloso como as vestes das figuras lhes caem sobre o corpo, estruturas robustas de corpos, com músculos e veias saltantes, os olhos rasgados e a linha inferior em semicírculo, os lacrimais acentuados, altas sobrancelhas com linhas contínuas ao nariz, lábios de contornos sinuosos, unhas quadrangulares em dedos alongados e má implantação do polegar. Apesar da tentativa de seus discípulos em imitar-lhe os mínimos detalhes, a distinção pode ser ajudada pelo fato de possivelmente ter cabido a Aleijadinho as obras principais, como Cristo, apóstolos e ladrões da Crucificação. Um dado interessante das obras de Aleijadinho é estarem perfeitamente inseridas na lógica teatral barroca. Algumas imperfeições, por exemplo, creditadas às suas imagens, desaparecem se observadas sob o ângulo correto, evidenciando a importância de um ponto de vista privilegiado em sua apreciação do conjunto. [Francisco Martins]

# Reportagem publicada no Jornal Novas Tecnicas, versão impressa edição nº 26, de agosto de 2006 www.jornalnovastecnicas.com.br

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 15:04  comentar

Recusado pela Academia de Belas Artes, mas, fora recebido como discípulo de Arturo Dazzi, o mais famoso escultor italiano naquele momento.

O escultor Victor Brecheret tem um papel diferenciado e fundamental no Modernismo Brasileiro. Juntamente com Anita Malfatti, é figura importante do período do Modernismo. Porém sua contribuição não pára por aí , ele se destacou nos anos 20 e 30 como artista da Escola de Paris e nas décadas de 40 e 50 no cenário artístico de São Paulo, com monumentos públicos, funerários e decorativos de fachadas na cidade, principalmente, "Monumento às Bandeiras", um dos símbolos da cidade. Diferentemente das orígens dos artistas do nosso modernismo, Brecheret veio de família humilde, imigrante italiano, órfão de mãe, veio para São Paulo, com seus tios maternos que o criaram. A sua vocação para escultura se revela desde menino, quando amassa barro nas panelas da tia. Trabalha numa loja de calçados e à noite faz cursos técnicos no Liceu de Artes e Ofícios. Os tios com economias o enviam para Roma em 1913 para estudar escultura. Não sendo aceito na Academia de Belas Artes por falta de formação, entretanto é recebido como discípulo do mais famoso escultor italiano do momento, Arturo Dazzi [1881/1966]. Aprendendo a escultura através do processo do fazer, absorve as técnicas da modelagem e conhecimento da anatomia. Nesta época, recebe grande influência do escultor sérvio Ivan Mestrovic, quanto à expressividade, tensão, alongamentos e torsões das figuras. De 1916 e 1919 participa com destaque em mostras coletivas em Roma.

Os Modernistas

Em 1920 retorna a São Paulo e é "descoberto"pelos jovens modernistas. Extasiados diante de suas esculturas, torna-se um elemento polarizador do grupo. De fato o artista e sua obra inspira os personagens de romances de Osvald de Andradre e Menotti del Picchia. Ainda traduz para escultura os poemas de Guilherme de Almeida e Menotti. Celebrado como um gênio e influênciado pelo espírito nativista do grupo, realiza a primeira maquete do "Monumento às Bandeiras". Em 1921 com uma bolsa de estudos de escultura viaja à Paris, onde permanece por quase quinze anos com vindas ao Brasil. Em Paris participa de vários salões, intensa convivência com artistas como Leger e os brasileiros: Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Vicente do Rego Monteiro e Antonio Gomide. Modifica sua escultura adotando formas geometrisadas, lisas e luminosos. Brecheret torna-se um importante artista da Escola de Paris, tendo recebido o título de cavaleiro da legião de honra, e sua obra, "Grupo", para um museu. Nos anos 20 como a maioria dos artistas da Escola de Paris, Brecheret está sensível a emergência no Art Déco que marcou a visualidade dos anos 20 tem seu ápice em 1925 com a Exposição Internacional das Artes Decorativas e Industriais Modernas. Alinhado a esta arte de vanguarda Brecheret foi bastante elogiado pela crítica. Em Montparnase Brecheret conviveu intensamente com Gomide e Vicente do Rego Monteiro, a exposição "Modernismo / Paris Anos 20. Vivências e Convivencias" mostra os elos entre os três artistas, tendo como parâmetro comum o Art Déco. Victor nasceu em 1894 e faleceu em São Paulo no ano de 1955.

EDITORIAS:
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