Revelando, imortalizando histórias e talentos
9.8.06
NOVE DE JULHO: ORGULHO DOS PAULISTAS

Todo dia 9 de julho, São Paulo relembra a data, que em 2006 completou 74 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. A população sempre comparece ao  Mausoléu do Soldado Constitucionalista no Parque do Ibirapuera - para prestigiar o desfile militar e homenagear ex-combatentes -, esteve em contato com um importante momento da história do povo paulista e do País. O 9 de julho de 1932 representa um marco na história de São Paulo e do Brasil. A Revolução Constitucionalista representou o inconformismo de São Paulo contra a ditadura do presidente Getúlio Vargas e custou a vida de mais de 830 soldados do lado paulista e cerca de 400 aliados do governo. São Paulo não ganhou o combate mas as conquistas, obtidas dois anos depois, foram fundamentais para o País: em maio de 1933 foram marcadas as eleições para a Assembléia Constituinte. Em 1934, Getúlio Vargas promulga a Constituição Brasileira, o povo passa a ter direito ao voto, inclusive as mulheres, que até então eram excluídas. A importância de se passar em revista este fato histórico e propagá-lo para as novas gerações foram destacados pelo governador Geraldo Alckmin. 'As gerações mais novas não conheceram a revolução de 32. Esta data faz crescer o sentimento cívico, em se ressaltar os valores e princípios que nortearam a revolução de 32', disse. O Mausoléu  é todo construído de forma ä lembar o número nove: degraus, salas etc.

 Nove de Julho:                                       
 O 9 de Julho foi instituído como feriado estadual em março de 1997, a partir da lei 9.497 promulgada pelo governador Mário Covas. Entre veteranos e pensionistas, atualmente 6.092 pessoas recebem benefícios do Estado, em decorrência da Revolução de 1932. Um dos ex-combatentes da Revolução, Olegário Cravinhos de Paula e Silva, 86 anos, disse que ele e toda sua família participaram ativamente da revolução fazendo capacete de aço e na frente do combate. “Sinto saudades. Foi um momento muito importante de minha vida”, afirmou Cravinhos. Atualmente, existem 200 ex-combatentes vivos. Na época da Revolução, o número de combatentes chegou a 30 mil, dos quais 8 mil pertenciam à Força Pública, 14 mil eram civis que entraram em combate e outros 8 mil, entre homens e mulheres, atuaram na logística, e meninos corriam a cidade em busca de materiais para fabricação de armas. Do desfile militar participaram Marinha, Exército, Força Aérea Brasileira e várias unidades da Polícia Militar, como cadetes da Academia do Barro Branco, Batalhão de Choque, Polícia Ambiental, Grupo de Ações Táticas Especiais, Regimento de Cavalaria Nove de Julho, Grupo Tático Ostensivo Rodoviário, Rota, Corpo de Bombeiros, entre outras.

  DATAS:  
   Em 25 de janeiro de 32, em comício na Sé, oradores exigiam a volta do País ao estado constitucional. O promotor público Ibrahim de Almeida Nobre, em seu discurso, lança a revolução. 24 de fevereiro, 32 entidades participam do comício da Liga Paulista-Pró Constituinte. 23 de maio-  morrem Miragaia, Martins, Dráuzio, Camargo e Alvarenga, atingidos por disparos de tropas governamentais. 10 de julho: Pedro de Toledo é  aclamado governador de São Paulo. 23 de julho, Carlos Nazareth transmite, via rádio, o Manifesto à Nação. 3 de agosto foi Criada a Campanha do Capacete de Aço. 9 de agosto Lançada a Campanha do Ouro para o Bem de São Paulo. 14 de setembro, o General Klinger propõe paz a Getúlio Vargas. 23 de setembro acaba a Revolução. Outubro: Líderes e personalidades envolvidas no conflito partem para o exílio em Portugal. Anistiados, voltam ao Brasil no mesmo ano. Em 1934 é  promulgada a nova Constituição. * Reportagem publicada no Jornal São Paulo Centro em julho de 2003] [Francisco Martins] [FOTO/ Cavalaria:Luiz Carlos Leite]

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 Vicente do Rego Monteiro

                         

Monteiro nasceu e morreu em Recife PE, 1899 -1970). Pintor, escultor, desenhista, ilustrador e artista gráfico. Inicia estudos artísticos em 1908, em cursos da Escola Nacional de Belas Artes [Enba], no Rio de Janeiro. Em 1911, viaja com a família para França, onde freqüenta a Académies Colarossi, Julien e La Grande Chaumière. Participa do Salon des Indépendants em 1913, sua primeira exposição coletiva em Paris, mantendo contato com Amedeo Modigliani (1884-1920), Fernand Léger (1881-1955), Georges Braque (1882-1963), Joán Miró (1893-1983), Albert Gleizes (1881-1953), Jean Metzinger (1883-1956) e Louis Marcoussis (1883-1941). Com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), deixa a França, juntamente com a família, estabelecendo-se no Rio de Janeiro, em 1915. Em 1918, realiza a primeira individual, no Teatro Santa Isabel, no Recife e dois anos mais tarde expõe pela primeira vez em São Paulo, onde entra em contato com Di Cavalcanti (1897-1976), Anita Malfatti (1889-1964), Pedro Alexandrino (1856-1942) e Victor Brecheret (1894-1955).

 

 

Década de XX

  Em 1920, em Recife, estuda a arte marajoara das coleções do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista. Realiza em 1921, o espetáculo Lendas, Crenças e Talismãs dos Índios do Amazonas, no Teatro Trianon, Rio de Janeiro, elogiado pelo poeta e crítico Ronald de Carvalho. Viaja novamente para França, deixando oito óleos e aquarelas para serem expostos na Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. No ano de  1923, faz desenhos de máscaras e figurinos para o balé Legendes Indiennes de L'Amazonie. Integra-se ao grupo de artistas da galeria e revista L´Effort Moderne, de Leonce Rosemberg. Traz ao Brasil a exposição A Escola de Paris, exibida em Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. Decora a Capela do Brasil no Pavilhão Vaticano da Exposição Internacional de Paris, em 1937. Em 1946, funda a Editora La Presse à Bras, dedicada à publicação de poesias brasileira e francesa. A partir 1941, publica seus primeiros versos, Poemas de Bolso, organiza e promove vários salões e congressos de poesia no Brasil e na França. Retorna ao Brasil, e dá aulas de pintura da Escola de Belas Artes da UFPE, em 1957 e 1966. Em 1960, recebe o Prêmio Guillaume Apollinaire pelos sonetos reunidos no livro Broussais - La Charité. Entre 1966 e 1968, é professor no Instituto Central de Artes da UnB. [Francisco Martins]

 

 

EDITORIAS:
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Djanira Motta e Silva nasceu em Avaré, São Paulo em 20 de junho de 1914, neta de imigrantes austríacos e de indígenas. Djanira foi pintora, desenhista, ilustradora e cenógrafa. Ainda criança muda-se para Porto União, em Santa Catarina. Volta a Avaré em 1928, quando vive entre os cafezais da região. Casa-se com Bartolomeu Gomes Pereira, maquinista da Marinha Mercante, que morre quando seu navio é torpedeado durante a Segunda Guerra Mundial 1952 - Salvador BA - Casa-se mais uma vez, agora, com José Shaw da Motta e Silva. Depois de mudar-se para São Paulo, adoece de tuberculose, realizando assim, seu primeiro desenho quando recebia tratamento para a doença no Sanatório Dória, em São José dos Campos, em meados dos anos 30. Instala-se, em Santa Teresa, Rio de Janeiro e estreita seu contato com a arte, sendo ponto de encontro de artistas e intelectuais na Pensão Mauá, onde estava hospedada.

  Por volta de 1940, passa a ter aulas com Emeric Marcier e Milton Dacosta, seus hóspedes, e também freqüenta curso noturno no Liceu de Artes e Ofícios. Em 1943, expõe pela primeira vez em uma mostra individual, na Associação Brasileira de Imprensa. Reside em Nova York entre 1945 e 1947 onde é influenciada pela pintura de Pieter Brueghel. Nesta mesma época, conhece Fernand Léger, Joan Miró e Marc Chagall. Ao voltar ao Brasil, realiza o mural Candomblé para a residência do escritor Jorge Amado, em Salvador, e painel para o Liceu Municipal de Petrópolis, no Rio de Janeiro.De volta ao Rio de Janeiro, da sua viagem á União Soviética, torna-se uma das líderes do movimento pelo Salão Preto e Branco, um protesto de artistas contra os altos preços do material para pintura. Em 1963 realiza o painel de azulejos Santa Bárbara, com 160 m2, no túnel Catumbi, Laranjeiras, Rio de Janeiro. Profundamente religiosa, ingressa na Ordem Terceira Carmelita, da qual recebe o hábito com o nome de Irmã Teresa do Amor Divino. Em 1972 recebe do Vaticano a Medalha e Diploma da Cruz “Pro Ecclesia et Pontifice”, conferida pelo Papa Paulo VI. Djanira, aliás, foi a primeira artista latino-americana representada com obras no Museu do Vaticano, para quem ofereceu a tela “Santana de Pé”, por ela pintada com o braço esquerdo, pois havia fraturado a clavícula. Considerada uma das mais importantes artistas do século 20 no País, Djanira é, sem dúvida, a mais autenticamente brasileira de nossas pintoras, por ter interpretado de maneira singela e poética a paisagem nacional e os habitantes e costumes do país. A artista plástica falece no Rio de Janeiro no dia 31 de maio de 1979. [Francisco Martins]

 

Anita Malfati

Anita Malfatti: primeira a absorver e trazer a nova arte para o Brasil

  Nascida na cidade de São Paulo em 1889, Anita Catarina Malfatti cresceu com a cidade progredindo a sua volta, vendo São Paulo ‘antigo’ tornar-se metrópole. Filha de mãe norte-americana e pai italiano foi à Itália quando tinha apenas três anos de idade para uma intervenção cirúrgica no braço e na mão direitos, atrofiados congenitamente e voltou ao Brasil após longa e difícil adaptação em 1894, praticamente sem melhoras. Anita não pode se livrar da atrofia então adestraria mais tarde a mão esquerda. Formou-se em 1908 pelo Mackenzie, e começou a lecionar, ajudando a mãe, que quando tornou-se viúva, passou a dar aulas de idiomas e pinturas. A fim de estudar pintura, embarcou para a Alemanha, em 1910 ingressava no atelier Fritz Burger e no ano seguinte matriculava-se na Academia Real de Belas Artes, em Berlim.Na adolescência procurava seu caminho, dirigia seu interesse para a arte, queria saber se “tinha ou não talento”, de inicio pensou na poesia, mas esse se revelou ser “na cor e na pintura”. Anita vinha de uma família de engenheiros e construtores, que desenhavam frequentemente, então acostumou-se cedo ao lápis, ao nanquim, e mesmo ao óleo. A primeira tela de Anita retrata a cabeça de um velho com uma enxada no ombro, em cores terrosas mais ou menos entre 1909 e 1910. Em 1912 teve a revelação da arte moderna através das originais de Cezane, Gauguin, Van Gogh, Matisse e Picasso, e seria a primeira artista brasileira a perceber e absorver a nova arte, trazendo-a para o Brasil. Na Europa a revolução no campo da arte vinha de longa data e Malfatti viveu nesse meio até 1914, justamente o período de amadurecimento do expressionismo. Quando chegou a Europa Anita viu “pela primeira vez a pintura”, ao visitar os museus ficou ‘tonta’, e não se atrevia a pintar, desenhou seis meses “dia e noite”. passou a se encaminhar intuitivamente para formas mais atualizadas de pintura, assim a mais marcante manifestação de 1912 a atingiu, a grande retrospectiva da arte moderna em Colônia, e no verão de 1912 começou sua procura dentro da arte moderna.

 Encantada com a vida e a arte
 Regressou em 1914 ao Brasil, realizando sua primeira exposição individual em 23 de maio, mostrou uma linguagem nova ainda em formação. No fim desse ano viajou para os Estados Unidos em busca de aprimoração de sua técnica, ingressou em uma academia para continuar os estudos, mas se desapontou como método, até que encontrou um filosofo incompreendido e que deixava os outros pintar à vontade, Anita Malfatti vivia encantada “com a vida e com a pintura”. O ano de 1916/17 teve um marasmo no meio artístico, as ocasiões para expor eram raras, mas quando apareceram, Malfatti delas participou. Em 1917 participa do Salão Nacional de Belas Artes e de uma exposição organizada por Di Cavalcanti, que a princípio foi bem recebida, mas Anita sentiu-se atingida pelo ataque de Monteiro Lobato, efetuando assim em 1919 um recuo estático, que demonstra sua insegurança. Nesse período de depressão, de3 1918 a 1921 aproximadamente, sua pintura mostra grandes modificações, a partir até da temática, se interessa por natureza morta, o que chega a ser um ‘nacionalismo’ tipo ‘caipira’. Anita era uma das expositoras da mostra realizada no Teatro Municipal de São Paulo como integrante da Semana da Arte Moderna em fevereiro de 1922 e no mesmo ano, em junho, passou a integrar o grupo dos cinco. Outra vez seguiu para a Europa em 1923, freqüentando cursos livres de artes, academias e ateliês. Sua procura por uma arte moderna sem excessos não agradou aos modernistas brasileiros que aos poucos foram se afastando da pintora, que com ou sem dúvidas, não deixou de trabalhar com a cor. Essa fase de procura - 1926 e 1927- Anita se apresentou sistematicamente a critica, nos salões e em uma individual. No ano de 1929 declarava à imprensa ter resolvido fazer sua exposição mais completa, com obras anteriores e recentes reunidas. Foi um dos 39 membros fundadores da SPAM e organizou o carnaval na cidade de SPAM em 16 de fevereiro de 1933. Em 1935 e 1937, realizou duas individuais onde o problema da procura de compradores continuava subjacente, a de 35 tinha um catálogo cuidado com a relação de obras expostas, o que foi raro em sua carreira. A individual de 1945 mostra bem os temas que interessavam a Anita Malfatti nos anos 40: retratos e flores, paisagens e cenas populares. A primeira retrospectiva de Anita ganha lugar no Museu de Arte de São Paulo em 1949 e em 1951 participa do I Salão Paulista de Arte Moderna e da I Bienal da São Paulo. Anita Malfatti faleceu a 6 de novembro de 1964, após ter recebido, no ano anterior, uma exposição na Casa do Artista Plástico e uma sala especial na II Bienal de São Paulo. [Francisco Martins]   
EDITORIAS: artes plásticas
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