DIOGO MORGADO: Ator e modelo > by Francisco Martins
Depois do filme "A Selva" Morgado regressou ao seu país, mas provavelmente, será o novo galã lusitano a despontar na telinha aqui no Brasil.
Diogo Morgado, 24 anos, natural de Lisboa, estilo galã com olhos e cabelos castanhos, é bastante conhecido em sua terra e parte de Europa. Já atuou em seis novelas e várias peças teatrais. Porém, aqui no Brasil sua primeira aparição foi no filme " A Selva ", uma produção Luso-brasileiro-espanhola, do Diretor Leonel Vieira, que adaptou o livro do português Ferreira de Castro [1930]. São vários os trabalhos realizados em Portugal, tanto na TV quanto no teatro e, dentre eles "Estação da Minha Vida", [ RTP ]- na série interpretava um antropólogo desempregado. "A Febre do Ouro Negro", através da RTP1, alcançou os lares portugueses. O ator também apresenta na TVI, em parceria com Rita Seguro, o programa Lux. Porém, "Terra Mãe" foi sua primeira novela, mas foi " Lenda da Graça " que o consagrou.
Em 2000, ele interpretou Miguel em "Amo-te Teresa" premiada com o Globo de Ouro de melhor telefilme do ano. No teatro, Diogo já se apresentou no Teatro Maria Matos, Teatro D. Maria II e no Auditório Carlos Paredes, onde destacam-se " Opressão " e em dezembro de 2004, a peça " Sexo e Batatas Fritas " onde ele interpretava um travesti. No cinema, fez "Teorema de Pitágoras" e "A Selva " entre outros. Em "A Selva " contracena com astros consagrados tanto do cinema quanto da televisão brasileira exemplo, Cláudio Marzo, Roberto Bonfim, Chico Díaz, Paulo Gracindo Jr, e com a bela Maitê Proença, com quem mantém momentos de tórrida paixão. Alberto, o seu personagem, é um monarquista português que chega ao Brasil em 1912, e que havia participado da mal-sucedida rebelião em que tentava impedir a chegada da República a Portugal. Então, para escapar da prisão, foge para o Brasil onde arranja emprego num seringal. "A Selva" apesar de já ter sido apresentado no Festival de Gramado - RS, 2003, sem repercussão ou prêmio. O relançamento do filme em 2005 tevez boa aceitação de público e da crítica, dando boa repercussão para o principal galã da película, Diogo Morgado.
F&M - Diogo, a sua carreira começou aos 14 anos, e com passagem no mundo da moda?
Morgado - Costumo dizer que nunca entrei verdadeiramente no mundo da moda. Digo que o primeiro contacto profissional deu-se com a moda. Aos 14 anos concorri ao concurso desenvolvido por uma revista juvenil, com um colega meu. Ganhei o concurso, fiz o curso e entrei para uma agência de modelos. Mas nunca foi uma atividade que exercesse em pleno. Abriu-me foi portas para a televisão e para o teatro.
F&M - Demorou para conseguir essa passagem à televisão e ao teatro?
Morgado - Foi um esforço natural, pois não tinha qualquer conhecimento do mercado artístico e deparei com ele de repente, tendo que me adaptar rapidamente, pois essa era a única forma. Quando somos chamados para fazer uma novela, não há outra forma se não a de fazer. Foi este choque de adaptação que motivou o esforço.
F&M - Há boa produção em Portugal?
Morgado - De dois a três anos a esta parte, a produção nacional tem vindo a ser um marco, quando seis ou sete anos antes não se fazia, nem ninguém ligava à produção portuguesa, fossem as televisões ou até a própria sociedade. Com o desenvolvimento das estações de televisão, aliado à descoberta que a produção portuguesa tem qualidade, surgiu um boom na produção nacional. É por isso que hoje essa produção é muito boa e consegue competir com a estrangeira.
F&M - Você, Diogo, prefere o teatro ou a televisão?
Morgado - Gosto muito de televisão e de teatro, mas onde me sinto mais completo é claramente no teatro, porque é aí que um actor tira a prova dos nove, onde a sua evolução e capacidade artística é explorada ao máximo, em cada fala, a cada movimento, em cada tom de voz. Na televisão, passa um bocadinho pela capacidade de reacção e de espontaneidade do actor.
F&M - A função de apresentador de televisão é difícil ou, pelo contrário, é mais fácil para um ator?
Morgado - Para apresentar em televisão não é uma atividade menor nem pior. Tem os seus requisitos mínimos e os requisitos máximos. Eu tento preencher os mínimos e o que vier para além disso, é bom.
F&M - Gostas da experiência?
Morgado - Sim. Estou a aprender muito. É uma atividade completamente diferente e importante para me sentir preparado para conseguir fazer o que preciso.
F&M - Já aconteceu de confundirem o Diogo Morgado com algumas das suas personagens?
Morgado - Já. Na primeira novela que fiz, a Terra Mãe, confundiam-me muito com o Miguel, e com o Francisco da novela Ajuste de Contas.
F&M - Diogo, você já pensou em sair de Portugal e ir representar para outros povos, países da Europa, ou Estados Unidos?
Morgado - Já pensei e surgiram mesmo hipóteses de o fazer, mas ainda sou muito novo para pensar nisso. Mas dentro de dois três anos, se me conseguir convencer disso, o que já esteve bem mais longe, pego nas minhas coisas e vou-me embora. Tenho quase a certeza absoluta de que isso vai acontecer.
F&M - Ainda consegue sair à rua e passear sem que ninguém fale consigo, olhe de maneira diferente?
Morgado - Não. Consigo ir a um local sem ninguém me abordar, mas sem ser visto é impossível. O preço da fama paga-se como sempre se pagou e paga-se alto. Talvez por isso tenha vontade de ir lá para fora um dia. Assim poderei ir ao pão à vontade, sem ninguém me abordar. Porque muitas vezes, só a observação, incomoda um bocadinho. As pessoas olham e nós estamos a agir normalmente, mas as pessoas estão a tirar conclusões a nosso respeito.
F&M - Você disse que entre seus hobbies um deles é namorar, é verdade?
Morgado - Sim. Gosto de artes plásticas, cinema e namorar.