
Após uma meteórica carreira militar, Stroessner chegou ao comando das Forças Armadas paraguaias e liderou o golpe que o levou ao poder, em 4 de maio de 1954. Ele governou até 1989, quando foi derrubado por um ex-aliado. Ao assumir a Presidência, baniu do país as principais figuras civis do partido, proibiu as demais legendas e instaurou um Estado de sítio que vigorou de forma quase permanente durante seus 34 anos no poder. Grupos de direitos humanos dizem que pelo menos 900 pessoas desapareceram nas mãos dos militares, e que outras milhares foram torturadas. Ativistas pelos direitos humanos acusam Stroessner de cooperar com outros governos militares latino-americanos durante os anos 1970 para caçar e matar militantes de esquerda, participando da Operação Condor. A ajuda dos Estados Unidos e a construção da hidrelétrica de Itaipu com o Brasil criaram um período de bonança econômica que legitimou seu governo na década de 1970. Em 2 de fevereiro de 1989, o general Andrés Rodríguez, consogro do presidente, encabeçou um golpe militar para derrubá-lo. Depois de combates entre forças leais e contrárias ao regime, Stroessner se rendeu a partiu para o exílio no Brasil. [Cícero Silva e Francisco Martins]