
Depois de "Irma Vap -O Retorno", de Carla Camurati, estréia nesta sexta-feira a versão para as telonas de "Trair e Coçar é só Começar". A peça de Marcos Caruso e Jandira Martini está em cartaz nos palcos há 20 anos, e foi vista por mais de 4 milhões de pessoas. Foi nessa peça que a comediante Denise Fraga ganhou fama, ao interpretar a empregada Olímpia. No filme, o papel de Fraga é feito por Adriana Esteves que, infelizmente, não mostra o mesmo ritmo e disposição para fazer rir.
Olímpia (Esteves) é a personagem central dessa comédia de erros. Ela trabalha para o casal Eduardo (Cássio Gabus Mendes) e Inês (Bianca Byington). As confusões começam quando a patroa decide dar uma festa-surpresa para comemorar o aniversário de casamento e pede ajuda à sua empregada.Para evitar que Eduardo descubra a festa, Olímpia monta uma teia de mentiras que têm ligação com a fidelidade do casal. Alguns equívocos são involuntários, mas muita coisa é fruto da imaginação da empregada, que em suas artimanhas acaba envolvendo Lígia (Mônica Martelli) e Cristiano (Mario Schoemberger). n[
Foto: Cassio Gabus Mendes e Denise Fraga]
"Dom Helder, O Santo Rebelde" O cardeal-arcebispo de Olinda e Recife, dom Hélder Câmara (1909-1999), foi em vida uma das figuras mais polêmicas da Igreja Católica brasileira. Seis anos após sua morte, a cineasta Érika Bauer conseguiu obter na Europa imagens inéditas para realizar o documentário "D. Hélder Câmara -- O Santo Rebelde", que estréia em São Paulo nesta sexta-feira. Contando com farto e significativo material de arquivo, o filme estrutura solidamente uma biografia do religioso que, depois de fazer parte do movimento integralista no começo dos anos 30, mudou radicalmente sua trajetória em direção ao bloco mais progressista da Igreja Católica, sendo um de seus expoentes mais combativos, em plena ditadura militar. O documentário relembra que foi dom Hélder o criador da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), em 1952, uma das instituições mais ativas na denúncia das violações de direitos humanos dos anos 60 e 70. Lembra também que, na impossibilidade de cercear sua liberdade de ação, ou mesmo prendê-lo, os órgãos de repressão atingiram alguns de seus colaboradores mais próximos, como o padre Antonio Henrique Neto, morto misteriosamente em 1969.