Revelando, imortalizando histórias e talentos
13.9.06

  Mariana Ximenes [foto] é destaque em filme de Daniel Filho de " Muito Gelo e Dois Dedos Dágua" que entra em cartaz dia 16/09.

O governo alagoano lança quinta-feira(14/09), às 19h, o filme“Muito gelo e dois dedos d’água”, no Centro de Cultural e de Exposições.[E será lançado no circuito nacional, sexta-feira 16], é uma louca comédia que combina toques de humor negro e ingredientes de perseguições policiais. Tudo isso temperado com grandes sucessos da música pop nacional do fim dos anos 80, num clima de muita sensualidade. “Muito Gelo e Dois Dedos D’água” é um filme diferente com elementos de cartoon e uma introdução em animação. As irmãs Roberta e Suzana têm por volta de 30 anos e possuem personalidades muito diferentes. Na verdade, a única coisa que têm em comum é o desejo de se vingarem da avó, uma velha má que durante a infância as atormentava e torturava com conceitos rígidos de etiqueta e educação. O plano está pronto. Roberta e Suzana seqüestram a avó e a levam para a casa de praia da família, cenário onde os traumas foram gerados. Antes mesmo de iniciarem a viagem, Roberta conhece Renato, um advogado careta, que acaba fazendo parte dessa inusitada aventura sem sequer saber que existe uma velha desacordada no porta-malas do carro. Enquanto isso, Francisco, [Tiago Lacerda] médico e marido de Suzana, desconfiado da repentina viagem da mulher com a irmã Roberta, percebe que alguns de seus medicamentos desapareceram. Ele logo conclui que ela está influenciando Suzana a fazer uso de entorpecentes. No elenco Ailton Graça, Laura Cardoso, Paloma Duarte e outros. O filme tem um desfecho surpreendente e inesperado.

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 20:56  comentar

 

 

Escultor, artista plástico e artesão, ele é o maior artista vivo do País. Fez seu primeiro painel em cerâmica em 1954, em 1961 pintou um mural para o Colégio Anchieta, Itanhaém - São Paulo. Não se adaptou à Paris, e volta ao Brasil.

 

 

Nascia em 11 de junho de 1927, em Recife - Pernambuco, Francisco de Paula de Almeida Brennand,[foto divulgação] filho de Ricardo Monteiro Brennand e Olímpia Padilha Nunes Coimbra. Vai morar no Rio de Janeiro, em 1937, e ingressa no Colégio Aldridge - Praia de Botafogo-, e no ano seguinte, no Colégio São Vicente de Paula, em Petrópolis -RJ, como interno. Retorna ao Recife em 1939, e após concluir o curso ginasial [ensino fundamental] vai trabalhar na Cerâmica São João, como aluno informal do escultor Abelardo da Hora . Seu talento para caricaturas foi detectado desde cedo ao retratar seus professores e colegas. Em 1945, Ariano Suassuna, então um colega de classe, o convida para ilustrar os poemas que ele publicava no Jornal Literário do colégio, por ele organizado. Conhece o pintor Álvaro Amorim, restaurador e pintor, que começa a orientá-lo. Seu pai, Ricardo Brennand, convida diversos artistas para pintar a paisagem natural do engenho São João, entre eles, Álvaro Amorim, Balthazar da Câmara, Mário Nunes e Murilo La Greca. Francisco acompanha os trabalhos e começa a pintar paisagens. Estuda pintura com Murilo La Greca, mas seu primeiro trabalho foi em escultura, "Cabeça de Deborah", em barro. No ano de 1947 foi ganhador do prêmio de pintura do Salão de Arte do Museu do estado de Pernambuco, cuja pintura tinha como inspiração uma paisagem do engenho São João, denominada de " Segunda visão da terra". No ano seguinte, novamente recebe o primeiro prêmio e menção honrosa por seu autoretrato posando como Cardeal inquisidor, Dom Fernando Nino de Guevara, de El Greco.

 

Estada em  Paris

 

O pintor Cícero Dias, que já morava em Paris, faz uma exposição no Recife e mostra a Brennand suas obras e, a partir daí, desenvolveram constantes diálogos tendo como tema a pintura. Cada vez mais Dias ficava encantado com o talento de Francisco Brennand, um jovem artista. Foi através da amizade com Ricardo, que Cícero Dias convence o amigo a mandar o filho estudar em Paris. Logo após casar-se com Deborah, uma colega de colégio, em 1948, logo em seguida viaja para Paris, e vão morar no Hotel Montalambert, onde reuniam constantemente intelectuais e artistas parisienses. Foi nestes saraus que ele conheceu Almada Negreiros, amigo íntimo de Fernando Pessoa e o poeta surrealista René Char também Fernando Léger. Apesar dos relacionamentos culturais, ele tinha problemas de saúde e de adaptação, por isso retorna ao Brasil, em outubro.

 

A Fábrica e a primeira obra

 

A fábrica de azulejos da família Brennand é inaugurada em 1954 e nela Francisco Brennand cria o seu primeiro grande painel em cerâmica. Em 1955, participa da III Bienal de Barcelona, na Espanha. Em 1958, inaugura o mural do Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife e, em 1961, o mural Anchieta, no Ginásio Itanhaém, na cidade de São Paulo. Entre 1961 e 1962 realiza uma das obras mais significativas da sua carreira: Batalha dos Guararapes, para uma agência do Banco da Lavoura de Minas Gerais, no Recife. O painel trata da expulsão dos holandeses do Brasil. Participou de várias exposições nacionais e internacionais, individuais e coletivas. Sua obra recebeu diversos prêmios, sendo o mais importante deles, o Prêmio Interamericano de Cultura Gabriela Mistral, concedido pela OEA (Organização dos Estados Americanos), Washington, Estados Unidos, em 1993. Este prêmio foi criado em 1983, pelo Conselho para a Educação, Ciência e Cultura da OEA como reconhecimento por um trabalho que tem ação contínua e alcançou grande dimensão enriquecendo a cultura da América. O nome Gabriela Mistral é uma homenagem à primeira escritora latino-americana a receber, em 1945, o Prêmio Nobel de Literatura.

 

 

A Oficina:

 

Grande parte da obra do artista pode ser encontrada na Oficina Cerâmica Francisco Brennand, criada em 1971, no bairro da Várzea, no Recife. A Oficina funciona no local onde existia a antiga Cerâmica São João, que fabricava telhas e tijolos, fundada em 1917 por seu pai, Ricardo Brennand, fechada em 1945, e abriga mais de 2.000 peças do artista, possui um jardim cujo traçado é de Roberto Burle Marx, uma loja, a Bibliopolion, onde podem ser encontrados livros sobre o artista, peças cerâmicas, cartões postais e serigrafias. ( Foto 1 - arte em ^cerâmica - Foto 2 - cerâmica Ibérica - ambas site do artistas)

 

Localização:

Propriedade Santos Cosme e Damião -

Engenho São João - Várzea - Recife - Pernambuco

Aberto segunda a sexta, das 8h´à 16h.

Telefone: 0055 - 81 - 3271.2466

Fax: 0055 - 81 - 3271.4814

http://www.brennand.com.br

EDITORIAS: artes plásticas

 

José Leonilson Bezerra Dias


Morreu precocimente mas deixou um bom legado nas artes plásticas e influência no artesanato brasileiro ao colar pedras sobre tecidos.

Nasceu em Fortaleza, Ceará, no dia 1º de março de 1957. Em 1961, Leonilson muda-se com a família para São Paulo. Ingressa no curso de Licenciatura em Artes Plásticas em 1977, freqüentando as aulas dos artistas Nelson Leirner, Júlio Plaza e Regina Silveira. Nesta época, divide atelier Luiz Zerbini. Em 1979, participa da sua primeira exposição coletiva "Desenho Jovem", no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Já no ano de 1980 resolveu abandonar o curso de licenciatura e participa da mostra Panorama da Arte Atual Brasileira / Desenho e Gravura, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Sua primeira viagem ao exterior acontece em 1981. Em Madrid, Leonilson realiza sua primeira exposição individual na Galeria Casa do Brasil. Visita diversas cidades européias. Participa da exposição Giovane Arte Internazionale, Galleria Giuli, em Lecce - Itália. Em 1982 volta à Europa e viaja pela Itália, Alemanha e Portugal. Expõe individualmente na Galeria Pellegrino, em Bolonha. Realiza duas exposições individuais em 1983, em São Paulo, na Galeria Luisa Strina e no Rio, na Galeria Thomas Cohn. Conhece Leda Catunda. Viaja para Paris em 1985 para participar da "XIII Nouvelle Bienale" e visita Milão e Bologna. Viaja para Buenos Aires para participar da exposição Nueva Pintura Brasileña, no Centro de Arte y Comunicación, e conhece Daniel Senise. Participa da "XVIII Bienal Internacional de São Paulo"e conhece o artista alemão Albert Hien. Ainda neste ano realiza exposições individuais na Galeria Luisa Strina, Thomas Cohn Arte Contemporânea e no Espaço Capital em Brasília, entre outros locais.

Pulitzer Art Gallery


Em 1990, viaja para Londres, Nova York, Paris, Veneza e Amsterdã. Começa a gravar fitas, registrando idéias, tendo em vista o projeto de um livro que seria realizado por seu amigo Ricardo Ferreira conforme era seu desejo. Leonilson realizou exposição individual na mais seletiva galeria de arte do mundo, a Pulitzer Art Gallery. Em março de 1991 inicia as ilustrações da coluna semanal de Barbara Gancia no jornal Folha de S. Paulo, até maio de 1993. Viaja para Nova York, Los Angeles e Chicago. Em agosto, um teste revela que Leonilson é soropositivo ao vírus HIV. Participa das exposições Viva Brasil Viva, no Liljevalchs Konsthall, em Estocolmo - Suécia, "Brasil: la Nueva Generacion", na Fundación Museo Bellas Artes, em Caracas. Em 1992 organiza a exposição Um Olhar sobre o Figurativo, para a Galeria Casa Triângulo, em São Paulo. Viaja novamente para Amsterdã, Munique, Paris e Nova York. Participa das exposições coletivas "X Mostra de Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América", no Museu de Gravura da Cidade de Curitiba e "Pintura Brasil Década 80", e realiza a série de 7 desenhos intitulada O Perigoso. Em 1993, expõe em individuais na Galeria São Paulo e Thomas Cohn Arte Contemporânea. Participa da exposição coletiva itinerante "Cartographies", na Winnipeg Art Gallery, Winnipeg. Leonilson cria seu último projeto, uma instalação na Capela do Morumbi, São Paulo, mas não chega a vê-lo realizado. Em 28 de maio de 1994, falece em São Paulo. Em Fortaleza, sua terra natal, uma exposição com suas principais obras de [Francisco Martins]
*Reportagem publicada na versão impressa de www.jornalnovastecnicas.com.br

12/9 a 29/10 no CCBNB

Instituto Leonilson:
Rua França Pinto, 375 -
Vila Mariana São Paulo

Rebolo e suas duas artes: pintura e futebol  

Arte e futebol foram as duas paixões de Rebollo, um Corintiano, que sempre colocou no início de sua arte raízes populares, como jogador de futebol entre 1917 a 1932, tendo desenhado o símbolo definitivo do clube.


Francisco Rebolo Gonsales nasceu no dia 22/08/1902, na rua Visconde de Parnaíba, Brás - em São Paulo, filho de imigrantes espanhóis que chegaram ao Brasil no final do século XIX. Viveu duas trajetórias: primeiramente, jogador de futebol de 1917 a 1932, atuou no Corinthians de (1921 a 1927) e no Ypiranga, ambos clubes da cidade de São Paulo; a partir de 1934, torna-se pintor. Ao falecer em 10 de julho de 1980, completaria uma história de quase meio século como importante artista plástico. Um fato curioso uniu suas duas atividades: na década de 30, pintor já conhecido, desenhou o símbolo definitivo do Corinthians. Como artista participou do Grupo Santa Helena. Aliás, uma característica marcante de Rebolo, que se manifestou claramente durante sua longa trajetória de artista, foi a capacidade de organizador da categoria. Logo no início da carreira, em meados da década de 30, alugou duas salas no imponente edifício Santa Helena - prédio que dividia as antigas Praça da Sé e Clóvis, no centro de São Paulo; nelas montou seu ateliê de pintura de cavalete, utilizando-as também como ponto para atender sua clientela de pintura ornamental de residências, na condição de microempresário. Com espírito de liderança, Rebollo convidou para utilizarem as salas alguns nomes que acabaram entrando para a história da arte brasileira: Aldo Bonadei, Fúlvio Pennacchi, Alfredo Volpi, Clóvis Graciano, Mário Zanini e outros, e dessa convivência e proximidade surgiu o que foi batizado pela crítica da época como "Grupo Santa Helena".

Perfil de organizador


Sempre muito ativo Rebolo ajudava a organizar salões de arte, foi um dos fundadores do Sindicato dos Artistas e Amigos da Arte, o Clubinho, que se tornou uma legenda no panorama cultural (e boêmio) da cidade de São Paulo. Anos depois, estava no grupo que colaborou na criação do Museu de Arte Moderna - MAM/SP e da própria Bienal de São Paulo onde além de expôr participou do júri também. Ganhador de muitos prêmios da crítica em importantes salões de arte, desde o início da carreira, esse processo teve um ponto de inflexão importante com o prêmio de "Viagem ao Exterior", em 1954, que lhe possibilitou viver com a família durante dois anos na Europa ( Itália, Alemanha, França, Espanha e Áustria). No período, desenvolveu nova fase em sua obra pictórica, com sua produção tendo como temática estes países. Retornando ao Brasil, tem início a fase da maturidade, bastante produtiva e marcada por experimentações em que sempre volta ao lirismo original, particularmente em sua década final, nos anos 70, quando viaja muito por todo o país, pintando e expondo.

 
Desde o começo da carreira artística, Rebolo foi considerado pela crítica do período um dos mais importantes paisagistas da pintura nacional. Não obstante sua consagração como mestre da paisagem, sua apreciada obra, com um total estimado superior a 3000 pinturas, centenas de desenhos e um conjunto de 50 diferentes gravuras, de variadas técnicas, envolve também como temática um expressivo conjunto de retratos, figuras, naturezas-mortas e flores. Hoje, os trabalhos de Rebolo estão nos principais museus brasileiros, no acervo de órgãos culturais e governamentais e em coleções particulares em todo o Brasil. Dezenas de mostras individuais de sua obras foram realizadas, além de grandes retrospectivas, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília. Em 1986, foi editado livro com reprodução de mais 100 de suas principais pinturas, desenhos e gravuras, contendo estudos críticos e exaustiva resenha sobre a vida e obra de Rebollo. [Francisco Martins]

*Reportagem publicada na versão impressa de www.jornalnovastecnicas.com.br

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 14:43  comentar

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