
Aberta inscrições ao prestigioso Prêmio Jabuti 2007, o mais importante da literatura brasileira
Há quase meia década, todos os anos escritores, tradutores e editores e demais integrantes do movimento literário brasileiro reúnem-se para celebrar a entrega do Prêmio Jabuti, o mais prestigioso prêmio do gênero no País. O prêmio é promovido pela Câmara Brasileira do Livro, e consagrados escritores como Chico Buarque, João Ubaldo Ribeiro, Caco Barcelos, Ruy Castro, Lygia Fagundes Telles, Jorge Amado, Marcelo Rubens Paiva e Nélida Piñon, entre outros já ganharam o troféu.
As inscrições para o 49º Prêmio Jabuti já estão abertas e seguem até o dia 30 de março. Para participar, as obras devem ser inéditas e de autores brasileiros, publicadas no País entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2006. São escolhidos dez finalistas por categoria e que serão anunciados no dia 5 de junho e a apuração final será em 15 de agosto. O regulamento e outros detalhes podem ser encontrados no em www.premijabuti.com.br. Para este ano uma novidade é a criação da categoria Direito, que até no ano passado era agregada ao núcleo de Economia, Administração e Negócios. Assim, ao total são 20 categorias. Para José Luiz Goldfarb, curador do prêmio, a intenção é aprimorar anualmente o prêmio e valorizar as categorias cuja produção vem se destacando. afirma José Luiz Goldfarb. Qaunto à premiação, para este ano serão distribuídos mais de R$ 120 mil em prêmios. Os vencedores de cada uma das 20 categorias receberão R$ 3 mil e os ganhadores dos prêmios maiores como - livro do ano, Ficção e livro do ano Não-Ficção - ganharão R$ 30 mil cada. EDITORIAS: cultura
Profetas de Aleijadinho restaurados
A ação do tempo e o descaso com o patrimônio cultural do País, quase levou ao chão o maior conjunto arquitetônico ao ar livre, as estátuas de os doze profetas.
O programa Monumenta, do Ministério da Cultura, concluiu restauro das doze esculturas Os Profetas de Aleijadinho, em Congonhas (MG). O contrato firmado com a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais & ndash; CETEC teve valor de R$ 110.380,00, e os trabalhos de recuperação no Adro do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos incluíram a avaliação das condições de conservação das esculturas, treinamento dos trabalhadores e aplicação de produto para a limpeza do conjunto escultório, além de acompanhamento trimestral, sob a coordenação do CETEC em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN e Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. As 12 esculturas em pedra-sabão foram declarados pela Unesco em 1985 como patrimônio da humanidade, e
são consideradas o maior conjunto estatuário barroco do mundo e a grande obra-prima da arte colonial brasileira. As estátuas talhadas em blocos de pedra apresentavam sinais de deterioração causados pela poluição atmosférica e pela ação de agentes biológicos, como fungos e liquens onde foi aplicado um biocida. Para que fosse realizado o restauro, uma pesquisas foi feita juntamente com laboratórios alemães, por dez técnicos brasileiros envolvendo biólogos, geólogos, químicos, engenheiros e restauradores do CETEC, que concluíram ser com biocida o melhor tratamento contra os males que afetavam o monumento..
Os Profetas
Os Profetas são a obra maior de Antônio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, que deve o apelido por causa de uma doença degenerativa pela qual fora atacado - provavelmente a hanseníase - que o deformou a partir dos anos 1770. No período em que esculpiu as 12 estátuas de pedra, entre 1795 e 1805, perdera os dentes e os dedos dos pés, o que o obrigava a andar somente de joelhos. Também os dedos das mãos lhe faltavam, e ele talhou os Profetas na pedra-sabão com o martelo e o cinzel amarrados aos punhos por tiras de couro. Os Profetas do Aleijadinho e outros tesouros do barroco mineiro passaram longo tempo no quase-esquecimento. Graças aos modernistas da Semana de 1922 , que cabe o mérito de recuperá-los enquanto obras fundadoras do modo brasileiro de fazer artes plásticas. Fonte: www.cultura.gov.br
Fotoreprodução de postal de Maurício Cardim www.mauriciocardim.comCASA DAS CALDEIRAS
Entre túneis, chaminés e arquitetura fabril a Casa das Caldeiras põe em prática modelo de residência cultural utilizada em Londres.

Com o desaparecimento das Indústrias Matarazzo, casarões foram abandonados em vários pontos da cidade de São Paulo. Entre eles, a Casa das Caldeiras, na Água Branca, Zona Oeste da cidade. O local foi construído na década de 1920, para gerar energia para o complexo Matarazzo. Desde 1999 que a casa apresenta eventos, após passar passou uma reforma geral. Mas é a partir desse ano que o local passará a gerar um outro tipo de energia: cultura aos moldes de residências artística-culttural, algo até bem convencional em Londres - Inglaterra. A intenção é de que o casarão passe a ser uma residência artística. Grupos de arte e de dança poderão desenvolver projetos experimentais. Segundo Karina Saccomanno, diretora, desde 2002 "o projeto vem funcionando mas é este o ano da profissionalização".
Parcerias com ONG's
Para 2007, cinco grupos vão se dedicar às artes cênicas e outros dois artistas às artes visuais. Muito mais que um local de apresentações, deverá tornar-se em uma casa para pesquisas. Outro ponto positivo é o de que o artista ao chegar à casa, ele tem um espaço para por em prática seu projeto. Isso não cria vínculo do artistas com a casa, após o projeto pronto ele pode apresentar-se onde bem entender. O intercâmbio cultural é também incentivado pela Associação Casa das Caldeiras, que para este ano já tem na agenda dois encontros internacionais. O público também vai poder participar do espaço cultural a partir de março sempre aos domingos - e vai poder assistir o trabalho dos artistas residentes. A Casa das Caldeiras também vai buscar parcerias com ONG's que estejam envolvidas com projetos relacionados à valorização da cidadânia.
Vale ressaltar que há uma tendência de recuperação das edificações históricas, que tem ganhado força na cidade, a Casa das Caldeiras manteve o nome pelo qual era conhecida na época em que servia às Antigas Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. Após ter sido desativada e largada ao esquecimento e abandono, ressurge participante no projeto do Centro Empresarial Água Branca como um símbolo de contribuição para a revitalização do bairro. [Publicado na versão impressa de www.jornalnovastecnicas.com.br de fevereiro de 2007. EDITORIAS: cultura
Local: Av. Francisco Matarazzo, 2000 [55 11] 3873-6696 -
Água Branca - São Paulo.
TONIA CARRERO
A
atriz Tônia Carrero, 83 anos, recebe homenagem no Rio de Janeiro. Ela empresta o nome para a mais nova sala no Teatro Leblon, inaugurada em 10 de janeiro de 2007. A sala tem 250 lugares além de boca de cena com 8 metros . Seu nome em uma sala desse teatro era apenas questão de tempo, visto que suas colegas Fernanda Montenegro e Marília Pêra já receberam a mesma homenagem. Em quase seis décadas de carreira, Tonia Carrero teve várias companhias teatrais como Tônia, Autran e Celi, que trouxe ao Brasil diretores teatrais fundamentais para à categoria e cultura do País. Ela viveu momentos importantes no teatro representou "Dois Perdidos numa Noite Suja" [anos 60], Casa de Bonecas [ Ibsen], mas ela jamais teve seu próprio teatro. O Teatro Leblon entrou para cena cultural carioca quando levou textos de autores como João Falcão [ A Dona da História], as Master Class, onde Marília Pêra tem pretenção de aproximar-se da diva Maria Callas. Também apresentou texto de Mauro Rasi. A sala com o nome da atriz apresentará a peça "Bruno e sua Trupe" , autoria de Bruno Descaves, e "A Gente se Ama.
Cultura para que?
Famílias brasileiras gastam em média 7% de seus rendimentos em produtos e serviços culturais, incluídos os meios de comunicação e telefonia. Relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa foi divulgada na quarta-feira,28 de novembro, pelo governo indica que a cultura fica em 4.º lugar nos gastos dos brasileiros, após moradia, alimentação e transporte. O relatório mediu as despesas dos brasileiros em produtos e serviços considerados culturais, como cinema, teatro, espetáculos, discotecas, televisão paga, internet e cursos, mas também na reprodução de materiais gravados, a aquisição de eletrodomésticos destinados à diversão, a telefonia, a compra de jornais e revistas, decorações e realização de festas. A telefonia (celular, fixa e internet), por exemplo, foi incluída, o que levou a cultura à quarta colocação do consumo. Sem ela, o item cai para o sexto lugar no orçamento familiar. Ainda segundo relatório, cada família brasileira destina à cultura, em média, cerca de R$ 115,50 mensais. Mas, desse total, a telefonia representa quase a metade, ou R$ 50,97. Sem ela, o total de despesas culturais cai para R$ 64,53, ou 4,4% do orçamento familiar.
A diretora de Pesquisa do IBGE, Wasmália Bivar, disse que o objetivo é, no futuro, separar, dentro da telefonia, os segmentos voltados especificamente para cultura, como transmissão de imagens e dados e internet. Após a telefonia, as despesas do setor que mais pesam no orçamento familiar são a aquisição de eletrodomésticos utilizados em atividades culturais e as atividades recreativas como diversão e festas. Levantamento inédito é feito a pedido de Gilberto Gil A atividade ocupa 4% da mão-de-obra ativa do País, ou 1,43 milhão de pessoas, e representa 5,2% das empresas formais. As conclusões estão no Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC), estudo apresentado nesta quarta, depois de dois anos de elaboração. Como é uma pesquisa pioneira, o próprio IBGE reconhece que há pontos a afinar, a começar pela definição do que é atividade ou consumo cultural. O levantamento, inédito, foi feito a pedido do ministro da Cultura, Gilberto Gil, para avaliar o peso da atividade cultural no Produto Interno Bruto (PIB) do País. Ainda não se chegou a este dado por dificuldades metodológicas, mas o objetivo é divulgar o PIB cultural em 2008, de acordo com o presidente do IBGE, Eduardo Nunes. "Precisamos saber, de cada atividade, o que é exclusivamente cultura. Em 2007, faremos o primeiro cálculo, que não contemplará toda a atividade cultural, e vamos desenvolver a tecnologia apropriada.
Se esse trabalho avançar, em 2008 daremos os primeiros resultados", disse Nunes. Para Gilberto Gil, delimitar a economia da cultura permite qualificar a atividade e aumentar sua importância no orçamento nacional. Atualmente, sua pasta fica com 0,6% do total. Quanto maior a escolaridade do chefe da família, maior o gasto O destino do orçamento para a cultura varia de acordo com a renda mensal. As famílias de renda menor empregam um terço (32,6%)do que gastam com cultura na compra de eletrodomésticos voltados para o consumo cultural (rádio, televisão, computador, vídeo etc). As famílias com rendimento maior, acima de R$ 3 mil, usam apenas 11,7% dos gastos com cultura na compra destes equipamentos. Reunir pessoas em festas e outras atividades comemorativas também consome boa parte do orçamento de cultura das famílias. As mais ricas gastam mais nisso (13,6%) do que as mais pobres (8%). Além disso, o estudo conclui que, quanto maior a escolaridade do chefe da família, maior o gasto com cultura. As famílias cujo chefe não tem instrução gastam, em média, R$ 33,67 por mês com cultura, enquanto as famílias chefiadas por quem tem curso superior gastam, em média, R$ 391 por mês neste item. O que não muda é a curva ascendente do gasto com cultura, que acompanha a renda familiar. As famílias que têm rendimentos mensais até R$ 400 gastam em torno de 2,59%. As que ocupam o topo da estatística, com rendimentos acima de R$ 3 mil, gastam o dobro: 5,45% do orçamento.
Cristina Carvalho Lins explicou que o pioneirismo do estudo o tornou referência na América Latina. "Países como Colômbia, Chile, Venezuela e Argentina começam a medir a dimensão sócio-econômica da cultura e estamos todos nos reunindo para montar indicadores comparados. Na Europa, França e Espanha estão adiantados, mas eles só servem de referência na criação de uma contabilidade de dados estatísticos e de uma nomenclatura comum." 3,7 milhões de pessoas se dedicam a atividades culturais De acordo com o IBGE, pelo menos 3,7 milhões de pessoas se dedicam no Brasil a atividades culturais, em sua maioria por conta própria. Os brasileiros que trabalhavam em atividades do ramo cultural tinham uma escolaridade (11 anos) superior à da média nacional (8 anos). O rendimento destes trabalhadores, no entanto, era praticamente o mesmo que o da média dos trabalhadores do país. As empresas do setor de serviços que mais geravam emprego em atividades culturais eram as dedicadas a outras atividades de ensino, como cursos de informática, artes ou música; os serviços de telecomunicações e os serviços de processamento de dados. Entre as empresas do setor industrial com maior número de empregos no ramo cultural se destacavam as empresas de edição e impressão gráfica e as de edição e impressão de periódicos. Segundo o IBGE, as empresas dedicadas ao ramo cultural que ofereciam os maiores salários eram as agências de notícias, as empresas de telecomunicações e as produtoras de televisão. EDITORIAS: cultura

Aberta inscrições ao prestigioso Prêmio Jabuti 2007, o mais importante da literatura brasileira
Há quase meia década, todos os anos escritores, tradutores e editores e demais integrantes do movimento literário brasileiro reúnem-se para celebrar a entrega do Prêmio Jabuti, o mais prestigioso prêmio do gênero no País. O prêmio é promovido pela Câmara Brasileira do Livro, e consagrados escritores como Chico Buarque, João Ubaldo Ribeiro, Caco Barcelos, Ruy Castro, Lygia Fagundes Telles, Jorge Amado, Marcelo Rubens Paiva e Nélida Piñon, entre outros já ganharam o troféu.
As inscrições para o 49º Prêmio Jabuti já estão abertas e seguem até o dia 30 de março. Para participar, as obras devem ser inéditas e de autores brasileiros, publicadas no País entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2006. São escolhidos dez finalistas por categoria e que serão anunciados no dia 5 de junho e a apuração final será em 15 de agosto. O regulamento e outros detalhes podem ser encontrados no em www.premijabuti.com.br. Para este ano uma novidade é a criação da categoria Direito, que até no ano passado era agregada ao núcleo de Economia, Administração e Negócios. Assim, ao total são 20 categorias. Para José Luiz Goldfarb, curador do prêmio, a intenção é aprimorar anualmente o prêmio e valorizar as categorias cuja produção vem se destacando. afirma José Luiz Goldfarb. Qaunto à premiação, para este ano serão distribuídos mais de R$ 120 mil em prêmios. Os vencedores de cada uma das 20 categorias receberão R$ 3 mil e os ganhadores dos prêmios maiores como - livro do ano, Ficção e livro do ano Não-Ficção - ganharão R$ 30 mil cada. EDITORIAS: cultura
Profetas de Aleijadinho restaurados
A ação do tempo e o descaso com o patrimônio cultural do País, quase levou ao chão o maior conjunto arquitetônico ao ar livre, as estátuas de os doze profetas.
O programa Monumenta, do Ministério da Cultura, concluiu restauro das doze esculturas Os Profetas de Aleijadinho, em Congonhas (MG). O contrato firmado com a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais & ndash; CETEC teve valor de R$ 110.380,00, e os trabalhos de recuperação no Adro do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos incluíram a avaliação das condições de conservação das esculturas, treinamento dos trabalhadores e aplicação de produto para a limpeza do conjunto escultório, além de acompanhamento trimestral, sob a coordenação do CETEC em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN e Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. As 12 esculturas em pedra-sabão foram declarados pela Unesco em 1985 como patrimônio da humanidade, e
são consideradas o maior conjunto estatuário barroco do mundo e a grande obra-prima da arte colonial brasileira. As estátuas talhadas em blocos de pedra apresentavam sinais de deterioração causados pela poluição atmosférica e pela ação de agentes biológicos, como fungos e liquens onde foi aplicado um biocida. Para que fosse realizado o restauro, uma pesquisas foi feita juntamente com laboratórios alemães, por dez técnicos brasileiros envolvendo biólogos, geólogos, químicos, engenheiros e restauradores do CETEC, que concluíram ser com biocida o melhor tratamento contra os males que afetavam o monumento..
Os Profetas
Os Profetas são a obra maior de Antônio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, que deve o apelido por causa de uma doença degenerativa pela qual fora atacado - provavelmente a hanseníase - que o deformou a partir dos anos 1770. No período em que esculpiu as 12 estátuas de pedra, entre 1795 e 1805, perdera os dentes e os dedos dos pés, o que o obrigava a andar somente de joelhos. Também os dedos das mãos lhe faltavam, e ele talhou os Profetas na pedra-sabão com o martelo e o cinzel amarrados aos punhos por tiras de couro. Os Profetas do Aleijadinho e outros tesouros do barroco mineiro passaram longo tempo no quase-esquecimento. Graças aos modernistas da Semana de 1922 , que cabe o mérito de recuperá-los enquanto obras fundadoras do modo brasileiro de fazer artes plásticas. Fonte: www.cultura.gov.br
Fotoreprodução de postal de Maurício Cardim www.mauriciocardim.comCASA DAS CALDEIRAS
Entre túneis, chaminés e arquitetura fabril a Casa das Caldeiras põe em prática modelo de residência cultural utilizada em Londres.

Com o desaparecimento das Indústrias Matarazzo, casarões foram abandonados em vários pontos da cidade de São Paulo. Entre eles, a Casa das Caldeiras, na Água Branca, Zona Oeste da cidade. O local foi construído na década de 1920, para gerar energia para o complexo Matarazzo. Desde 1999 que a casa apresenta eventos, após passar passou uma reforma geral. Mas é a partir desse ano que o local passará a gerar um outro tipo de energia: cultura aos moldes de residências artística-culttural, algo até bem convencional em Londres - Inglaterra. A intenção é de que o casarão passe a ser uma residência artística. Grupos de arte e de dança poderão desenvolver projetos experimentais. Segundo Karina Saccomanno, diretora, desde 2002 "o projeto vem funcionando mas é este o ano da profissionalização".
Parcerias com ONG's
Para 2007, cinco grupos vão se dedicar às artes cênicas e outros dois artistas às artes visuais. Muito mais que um local de apresentações, deverá tornar-se em uma casa para pesquisas. Outro ponto positivo é o de que o artista ao chegar à casa, ele tem um espaço para por em prática seu projeto. Isso não cria vínculo do artistas com a casa, após o projeto pronto ele pode apresentar-se onde bem entender. O intercâmbio cultural é também incentivado pela Associação Casa das Caldeiras, que para este ano já tem na agenda dois encontros internacionais. O público também vai poder participar do espaço cultural a partir de março sempre aos domingos - e vai poder assistir o trabalho dos artistas residentes. A Casa das Caldeiras também vai buscar parcerias com ONG's que estejam envolvidas com projetos relacionados à valorização da cidadânia.
Vale ressaltar que há uma tendência de recuperação das edificações históricas, que tem ganhado força na cidade, a Casa das Caldeiras manteve o nome pelo qual era conhecida na época em que servia às Antigas Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. Após ter sido desativada e largada ao esquecimento e abandono, ressurge participante no projeto do Centro Empresarial Água Branca como um símbolo de contribuição para a revitalização do bairro. [Publicado na versão impressa de www.jornalnovastecnicas.com.br de fevereiro de 2007. EDITORIAS: cultura
Local: Av. Francisco Matarazzo, 2000 [55 11] 3873-6696 -
Água Branca - São Paulo.
TONIA CARRERO
A
atriz Tônia Carrero, 83 anos, recebe homenagem no Rio de Janeiro. Ela empresta o nome para a mais nova sala no Teatro Leblon, inaugurada em 10 de janeiro de 2007. A sala tem 250 lugares além de boca de cena com 8 metros . Seu nome em uma sala desse teatro era apenas questão de tempo, visto que suas colegas Fernanda Montenegro e Marília Pêra já receberam a mesma homenagem. Em quase seis décadas de carreira, Tonia Carrero teve várias companhias teatrais como Tônia, Autran e Celi, que trouxe ao Brasil diretores teatrais fundamentais para à categoria e cultura do País. Ela viveu momentos importantes no teatro representou "Dois Perdidos numa Noite Suja" [anos 60], Casa de Bonecas [ Ibsen], mas ela jamais teve seu próprio teatro. O Teatro Leblon entrou para cena cultural carioca quando levou textos de autores como João Falcão [ A Dona da História], as Master Class, onde Marília Pêra tem pretenção de aproximar-se da diva Maria Callas. Também apresentou texto de Mauro Rasi. A sala com o nome da atriz apresentará a peça "Bruno e sua Trupe" , autoria de Bruno Descaves, e "A Gente se Ama.
Cultura para que?
Famílias brasileiras gastam em média 7% de seus rendimentos em produtos e serviços culturais, incluídos os meios de comunicação e telefonia. Relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa foi divulgada na quarta-feira,28 de novembro, pelo governo indica que a cultura fica em 4.º lugar nos gastos dos brasileiros, após moradia, alimentação e transporte. O relatório mediu as despesas dos brasileiros em produtos e serviços considerados culturais, como cinema, teatro, espetáculos, discotecas, televisão paga, internet e cursos, mas também na reprodução de materiais gravados, a aquisição de eletrodomésticos destinados à diversão, a telefonia, a compra de jornais e revistas, decorações e realização de festas. A telefonia (celular, fixa e internet), por exemplo, foi incluída, o que levou a cultura à quarta colocação do consumo. Sem ela, o item cai para o sexto lugar no orçamento familiar. Ainda segundo relatório, cada família brasileira destina à cultura, em média, cerca de R$ 115,50 mensais. Mas, desse total, a telefonia representa quase a metade, ou R$ 50,97. Sem ela, o total de despesas culturais cai para R$ 64,53, ou 4,4% do orçamento familiar.
A diretora de Pesquisa do IBGE, Wasmália Bivar, disse que o objetivo é, no futuro, separar, dentro da telefonia, os segmentos voltados especificamente para cultura, como transmissão de imagens e dados e internet. Após a telefonia, as despesas do setor que mais pesam no orçamento familiar são a aquisição de eletrodomésticos utilizados em atividades culturais e as atividades recreativas como diversão e festas. Levantamento inédito é feito a pedido de Gilberto Gil A atividade ocupa 4% da mão-de-obra ativa do País, ou 1,43 milhão de pessoas, e representa 5,2% das empresas formais. As conclusões estão no Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC), estudo apresentado nesta quarta, depois de dois anos de elaboração. Como é uma pesquisa pioneira, o próprio IBGE reconhece que há pontos a afinar, a começar pela definição do que é atividade ou consumo cultural. O levantamento, inédito, foi feito a pedido do ministro da Cultura, Gilberto Gil, para avaliar o peso da atividade cultural no Produto Interno Bruto (PIB) do País. Ainda não se chegou a este dado por dificuldades metodológicas, mas o objetivo é divulgar o PIB cultural em 2008, de acordo com o presidente do IBGE, Eduardo Nunes. "Precisamos saber, de cada atividade, o que é exclusivamente cultura. Em 2007, faremos o primeiro cálculo, que não contemplará toda a atividade cultural, e vamos desenvolver a tecnologia apropriada.
Se esse trabalho avançar, em 2008 daremos os primeiros resultados", disse Nunes. Para Gilberto Gil, delimitar a economia da cultura permite qualificar a atividade e aumentar sua importância no orçamento nacional. Atualmente, sua pasta fica com 0,6% do total. Quanto maior a escolaridade do chefe da família, maior o gasto O destino do orçamento para a cultura varia de acordo com a renda mensal. As famílias de renda menor empregam um terço (32,6%)do que gastam com cultura na compra de eletrodomésticos voltados para o consumo cultural (rádio, televisão, computador, vídeo etc). As famílias com rendimento maior, acima de R$ 3 mil, usam apenas 11,7% dos gastos com cultura na compra destes equipamentos. Reunir pessoas em festas e outras atividades comemorativas também consome boa parte do orçamento de cultura das famílias. As mais ricas gastam mais nisso (13,6%) do que as mais pobres (8%). Além disso, o estudo conclui que, quanto maior a escolaridade do chefe da família, maior o gasto com cultura. As famílias cujo chefe não tem instrução gastam, em média, R$ 33,67 por mês com cultura, enquanto as famílias chefiadas por quem tem curso superior gastam, em média, R$ 391 por mês neste item. O que não muda é a curva ascendente do gasto com cultura, que acompanha a renda familiar. As famílias que têm rendimentos mensais até R$ 400 gastam em torno de 2,59%. As que ocupam o topo da estatística, com rendimentos acima de R$ 3 mil, gastam o dobro: 5,45% do orçamento.
Cristina Carvalho Lins explicou que o pioneirismo do estudo o tornou referência na América Latina. "Países como Colômbia, Chile, Venezuela e Argentina começam a medir a dimensão sócio-econômica da cultura e estamos todos nos reunindo para montar indicadores comparados. Na Europa, França e Espanha estão adiantados, mas eles só servem de referência na criação de uma contabilidade de dados estatísticos e de uma nomenclatura comum." 3,7 milhões de pessoas se dedicam a atividades culturais De acordo com o IBGE, pelo menos 3,7 milhões de pessoas se dedicam no Brasil a atividades culturais, em sua maioria por conta própria. Os brasileiros que trabalhavam em atividades do ramo cultural tinham uma escolaridade (11 anos) superior à da média nacional (8 anos). O rendimento destes trabalhadores, no entanto, era praticamente o mesmo que o da média dos trabalhadores do país. As empresas do setor de serviços que mais geravam emprego em atividades culturais eram as dedicadas a outras atividades de ensino, como cursos de informática, artes ou música; os serviços de telecomunicações e os serviços de processamento de dados. Entre as empresas do setor industrial com maior número de empregos no ramo cultural se destacavam as empresas de edição e impressão gráfica e as de edição e impressão de periódicos. Segundo o IBGE, as empresas dedicadas ao ramo cultural que ofereciam os maiores salários eram as agências de notícias, as empresas de telecomunicações e as produtoras de televisão. EDITORIAS: cultura
Aberta inscrições ao prestigioso Prêmio Jabuti 2007, o mais importante da literatura brasileira
Há quase meia década, todos os anos escritores, tradutores e editores e demais integrantes do movimento literário brasileiro reúnem-se para celebrar a entrega do Prêmio Jabuti, o mais prestigioso prêmio do gênero no País. O prêmio é promovido pela Câmara Brasileira do Livro, e consagrados escritores como Chico Buarque, João Ubaldo Ribeiro, Caco Barcelos, Ruy Castro, Lygia Fagundes Telles, Jorge Amado, Marcelo Rubens Paiva e Nélida Piñon, entre outros já ganharam o troféu.
As inscrições para o 49º Prêmio Jabuti já estão abertas e seguem até o dia 30 de março. Para participar, as obras devem ser inéditas e de autores brasileiros, publicadas no País entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2006. São escolhidos dez finalistas por categoria e que serão anunciados no dia 5 de junho e a apuração final será em 15 de agosto. O regulamento e outros detalhes podem ser encontrados no em www.premijabuti.com.br. Para este ano uma novidade é a criação da categoria Direito, que até no ano passado era agregada ao núcleo de Economia, Administração e Negócios. Assim, ao total são 20 categorias. Para José Luiz Goldfarb, curador do prêmio, a intenção é aprimorar anualmente o prêmio e valorizar as categorias cuja produção vem se destacando. afirma José Luiz Goldfarb. Qaunto à premiação, para este ano serão distribuídos mais de R$ 120 mil em prêmios. Os vencedores de cada uma das 20 categorias receberão R$ 3 mil e os ganhadores dos prêmios maiores como - livro do ano, Ficção e livro do ano Não-Ficção - ganharão R$ 30 mil cada. EDITORIAS: cultura
Aberta inscrições ao prestigioso Prêmio Jabuti 2007, o mais importante da literatura brasileira
Há quase meia década, todos os anos escritores, tradutores e editores e demais integrantes do movimento literário brasileiro reúnem-se para celebrar a entrega do Prêmio Jabuti, o mais prestigioso prêmio do gênero no País. O prêmio é promovido pela Câmara Brasileira do Livro, e consagrados escritores como Chico Buarque, João Ubaldo Ribeiro, Caco Barcelos, Ruy Castro, Lygia Fagundes Telles, Jorge Amado, Marcelo Rubens Paiva e Nélida Piñon, entre outros já ganharam o troféu.
As inscrições para o 49º Prêmio Jabuti já estão abertas e seguem até o dia 30 de março. Para participar, as obras devem ser inéditas e de autores brasileiros, publicadas no País entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2006. São escolhidos dez finalistas por categoria e que serão anunciados no dia 5 de junho e a apuração final será em 15 de agosto. O regulamento e outros detalhes podem ser encontrados no em www.premijabuti.com.br. Para este ano uma novidade é a criação da categoria Direito, que até no ano passado era agregada ao núcleo de Economia, Administração e Negócios. Assim, ao total são 20 categorias. Para José Luiz Goldfarb, curador do prêmio, a intenção é aprimorar anualmente o prêmio e valorizar as categorias cuja produção vem se destacando. afirma José Luiz Goldfarb. Qaunto à premiação, para este ano serão distribuídos mais de R$ 120 mil em prêmios. Os vencedores de cada uma das 20 categorias receberão R$ 3 mil e os ganhadores dos prêmios maiores como - livro do ano, Ficção e livro do ano Não-Ficção - ganharão R$ 30 mil cada. EDITORIAS: cultura
Profetas de Aleijadinho restaurados

O programa Monumenta, do Ministério da Cultura, concluiu restauro das doze esculturas Os Profetas de Aleijadinho, em Congonhas (MG). O contrato firmado com a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais & ndash; CETEC teve valor de R$ 110.380,00, e os trabalhos de recuperação no Adro do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos incluíram a avaliação das condições de conservação das esculturas, treinamento dos trabalhadores e aplicação de produto para a limpeza do conjunto escultório, além de acompanhamento trimestral, sob a coordenação do CETEC em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN e Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. As 12 esculturas em pedra-sabão foram declarados pela Unesco em 1985 como patrimônio da humanidade, e
são consideradas o maior conjunto estatuário barroco do mundo e a grande obra-prima da arte colonial brasileira. As estátuas talhadas em blocos de pedra apresentavam sinais de deterioração causados pela poluição atmosférica e pela ação de agentes biológicos, como fungos e liquens onde foi aplicado um biocida. Para que fosse realizado o restauro, uma pesquisas foi feita juntamente com laboratórios alemães, por dez técnicos brasileiros envolvendo biólogos, geólogos, químicos, engenheiros e restauradores do CETEC, que concluíram ser com biocida o melhor tratamento contra os males que afetavam o monumento..
Os Profetas
Os Profetas são a obra maior de Antônio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, que deve o apelido por causa de uma doença degenerativa pela qual fora atacado - provavelmente a hanseníase - que o deformou a partir dos anos 1770. No período em que esculpiu as 12 estátuas de pedra, entre 1795 e 1805, perdera os dentes e os dedos dos pés, o que o obrigava a andar somente de joelhos. Também os dedos das mãos lhe faltavam, e ele talhou os Profetas na pedra-sabão com o martelo e o cinzel amarrados aos punhos por tiras de couro. Os Profetas do Aleijadinho e outros tesouros do barroco mineiro passaram longo tempo no quase-esquecimento. Graças aos modernistas da Semana de 1922 , que cabe o mérito de recuperá-los enquanto obras fundadoras do modo brasileiro de fazer artes plásticas. Fonte: www.cultura.gov.br
Fotoreprodução de postal de Maurício Cardim www.mauriciocardim.com
CASA DAS CALDEIRAS
Entre túneis, chaminés e arquitetura fabril a Casa das Caldeiras põe
Vale ressaltar que há uma tendência de recuperação das edificações históricas, que tem ganhado força na cidade, a Casa das Caldeiras manteve o nome pelo qual era conhecida na época em que servia às Antigas Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. Após ter sido desativada e largada ao esquecimento e abandono, ressurge participante no projeto do Centro Empresarial Água Branca como um símbolo de contribuição para a revitalização do bairro.
Local: Av. Francisco Matarazzo, 2000
Água Branca - São Paulo.
TONIA CARRERO
A atriz Tônia Carrero, 83 anos, recebe homenagem no Rio de Janeiro. Ela empresta o nome para a mais nova sala no Teatro Leblon, inaugurada em 10 de janeiro de
Cultura para que?
Famílias brasileiras gastam em média 7% de seus rendimentos em produtos e serviços culturais, incluídos os meios de comunicação e telefonia. Relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa foi divulgada na quarta-feira,28 de novembro, pelo governo indica que a cultura fica em 4.º lugar nos gastos dos brasileiros, após moradia, alimentação e transporte. O relatório mediu as despesas dos brasileiros em produtos e serviços considerados culturais, como cinema, teatro, espetáculos, discotecas, televisão paga, internet e cursos, mas também na reprodução de materiais gravados, a aquisição de eletrodomésticos destinados à diversão, a telefonia, a compra de jornais e revistas, decorações e realização de festas. A telefonia (celular, fixa e internet), por exemplo, foi incluída, o que levou a cultura à quarta colocação do consumo. Sem ela, o item cai para o sexto lugar no orçamento familiar. Ainda segundo relatório, cada família brasileira destina à cultura, em média, cerca de R$ 115,50 mensais. Mas, desse total, a telefonia representa quase a metade, ou R$ 50,97. Sem ela, o total de despesas culturais cai para R$ 64,53, ou 4,4% do orçamento familiar.
A diretora de Pesquisa do IBGE, Wasmália Bivar, disse que o objetivo é, no futuro, separar, dentro da telefonia, os segmentos voltados especificamente para cultura, como transmissão de imagens e dados e internet. Após a telefonia, as despesas do setor que mais pesam no orçamento familiar são a aquisição de eletrodomésticos utilizados em atividades culturais e as atividades recreativas como diversão e festas. Levantamento inédito é feito a pedido de Gilberto Gil A atividade ocupa 4% da mão-de-obra ativa do País, ou 1,43 milhão de pessoas, e representa 5,2% das empresas formais. As conclusões estão no Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC), estudo apresentado nesta quarta, depois de dois anos de elaboração. Como é uma pesquisa pioneira, o próprio IBGE reconhece que há pontos a afinar, a começar pela definição do que é atividade ou consumo cultural. O levantamento, inédito, foi feito a pedido do ministro da Cultura, Gilberto Gil, para avaliar o peso da atividade cultural no Produto Interno Bruto (PIB) do País. Ainda não se chegou a este dado por dificuldades metodológicas, mas o objetivo é divulgar o PIB cultural em 2008, de acordo com o presidente do IBGE, Eduardo Nunes. "Precisamos saber, de cada atividade, o que é exclusivamente cultura. Em 2007, faremos o primeiro cálculo, que não contemplará toda a atividade cultural, e vamos desenvolver a tecnologia apropriada.
Se esse trabalho avançar, em 2008 daremos os primeiros resultados", disse Nunes. Para Gilberto Gil, delimitar a economia da cultura permite qualificar a atividade e aumentar sua importância no orçamento nacional. Atualmente, sua pasta fica com 0,6% do total. Quanto maior a escolaridade do chefe da família, maior o gasto O destino do orçamento para a cultura varia de acordo com a renda mensal. As famílias de renda menor empregam um terço (32,6%)do que gastam com cultura na compra de eletrodomésticos voltados para o consumo cultural (rádio, televisão, computador, vídeo etc). As famílias com rendimento maior, acima de R$ 3 mil, usam apenas 11,7% dos gastos com cultura na compra destes equipamentos. Reunir pessoas em festas e outras atividades comemorativas também consome boa parte do orçamento de cultura das famílias. As mais ricas gastam mais nisso (13,6%) do que as mais pobres (8%). Além disso, o estudo conclui que, quanto maior a escolaridade do chefe da família, maior o gasto com cultura. As famílias cujo chefe não tem instrução gastam, em média, R$ 33,67 por mês com cultura, enquanto as famílias chefiadas por quem tem curso superior gastam, em média, R$ 391 por mês neste item. O que não muda é a curva ascendente do gasto com cultura, que acompanha a renda familiar. As famílias que têm rendimentos mensais até R$ 400 gastam em torno de 2,59%. As que ocupam o topo da estatística, com rendimentos acima de R$ 3 mil, gastam o dobro: 5,45% do orçamento.
Cristina Carvalho Lins explicou que o pioneirismo do estudo o tornou referência na América Latina. "Países como Colômbia, Chile, Venezuela e Argentina começam a medir a dimensão sócio-econômica da cultura e estamos todos nos reunindo para montar indicadores comparados. Na Europa, França e Espanha estão adiantados, mas eles só servem de referência na criação de uma contabilidade de dados estatísticos e de uma nomenclatura comum." 3,7 milhões de pessoas se dedicam a atividades culturais De acordo com o IBGE, pelo menos 3,7 milhões de pessoas se dedicam no Brasil a atividades culturais, em sua maioria por conta própria. Os brasileiros que trabalhavam em atividades do ramo cultural tinham uma escolaridade (11 anos) superior à da média nacional (8 anos). O rendimento destes trabalhadores, no entanto, era praticamente o mesmo que o da média dos trabalhadores do país. As empresas do setor de serviços que mais geravam emprego em atividades culturais eram as dedicadas a outras atividades de ensino, como cursos de informática, artes ou música; os serviços de telecomunicações e os serviços de processamento de dados. Entre as empresas do setor industrial com maior número de empregos no ramo cultural se destacavam as empresas de edição e impressão gráfica e as de edição e impressão de periódicos. Segundo o IBGE, as empresas dedicadas ao ramo cultural que ofereciam os maiores salários eram as agências de notícias, as empresas de telecomunicações e as produtoras de televisão. EDITORIAS: cultura