Revelando, imortalizando histórias e talentos
28.9.06

Dalva de Oliveira - perfil

Por Dino Nery
Filha de um saxofonista e clarinetista amador, em Rio Claro (SP), a menina gostava de acompanhar o conjunto do pai em bailes e serenatas. Com o falecimento do pai quando ela tinha oito anos, foi entregue a um orfanato e um pouco depois veio juntar--se à mãe em São Paulo, onde trabalhou como babá e arrumadeira de hotel e cozinheira. Arranjou um emprego de faxineira numa escola de dança, e lá constumava cantar e improvisar ao piano depois das aulas. Um professor a ouviu cantando e conseguiu que ela integrasse um grupo musical, com o qual viajou por algumas cidades do interior. O grupo acabou e, sem dinheiro, fez um teste para a Rádio Mineira, em Belo Horizonte. Foi aprovada e adotou o nome artístico que a consagraria. Mudou-se em seguida para o Rio de Janeiro e acabou arranjando uma vaga na Rádio Ipanema depois outras emissoras até parar na Philips. Na década de 30 formou o Trio de Ouro com Nilo Chagas e Herivelto Martins, com quem acabou casando.

O grupo emplacou clássicos como "Praça Onze" (Herivelto - Grande Otelo) e "Ave Maria no Morro" (Herivelto). Trabalhou nas principais rádios da então capital do país, cantou no famoso Cassino da Urca. Em fins de 49, separou-se de Herivelto e em 1950, lançou três grandes sucessos: "Errei Sim" (Ataulfo Alves), "Que Será" (Marino Pinto / Mário Rossi) e "Tudo Acabado" (J. Piedade / Oswaldo de Oliveira Martins). Fez sucesso ainda com "Segredo" (Herivelto - Marino Pinto), "Olhos Verdes" (Vicente Paiva), "Ave Maria" (V. Paiva - J. Redondo), "A Bahia Te Espera" (Herivelto - Chianca de Garcia) e outras músicas. Em 1951 foi eleita Rainha do Rádio e excursionou pela Argentina e Europa. Outro grande sucesso foi a gravação do baião "Kalu" (Humberto Teixeira), acompanhada pela orquestra do maestro Roberto Inglez. Morou por um tempo em Buenos Aires, depois voltou ao Brasil nos anos 60 e continuou em atividade gravando sucessos como as marchas-rancho "Rancho da Praça Onze" (João Roberto Kelly - Chico Anysio), "Máscara Negra" (Zé Keti e Pereira Matos) e "Bandeira Branca" (M. Nunes e L. Alves), do Carnaval de 1970, seu derradeiro e imortal sucesso. Até o fim da vida se apresentou em casa noturnas e programas de televisão. Em 1997, a EMI lançou uma caixa com suas principais gravações, intitulada "A Rainha da Voz".

EDITORIAS:
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"Revelar ações, situações, gestos e momentos são o que buscam os fotógrafos. Cada qual adere a uma modalidade e se dedica a ela com tamanha especialidade que parece enxergar com outros olhos a mesma cena que todos vêem, mas não retratam igualmente. O click único eterniza frações de vida e ai se encontra a grande magia a arte".

Mauricio Cardim nasceu em Ipiaú, sul da Bahia e reside em São Paulo há 33 anos. Fotografa há mais de 20 anos. O hobby de adolescente permaneceu e se tornou profissão. No início de sua carreira os trabalhos eram feitos com personalidades artísticas. Paisagens, natureza, pessoas, animais já foram registrados para exposições, jornais, revistas, livros, calendários e capas de discos. Figura reconhecida, dedica-se parte de seu tempo a recuperação do acervo iconográfico da cidade de São Paulo. Registrando com sensibilidade, o cotidiano e as afeições das aglomerações urbanas. Seu currículo estão mais de 100 exposições: Conjunto Cultural da Caixa - SP, Sesi Paulista, Senac, Sesc, Emtu. Bibliotecas: Kennedy, Mário de Andrade e Alceu Amoroso Lima, Memorial do Imigrante, Shopping Light, Pinacoteca {Santos} e Centro Cultural de Porto Seguro - Ba. E outros locais.

O fotógrafo já teve ao mesmo tempo, cinco exposições em cartaz, na Cidade de São Paulo. Cardim, também trabalha com diversos temas entre eles: Primavera e Natureza. Na área artística apresentou mostras sobre Circo, Ídolos da Jovem Guarda e Mulheres Guerreiras ( grandes personalidades do meio artístico). A parte arquitetônica é muito presente no trabalho do profissional, onde destacaram-se exposições sobre à arquitetura da cidade de São Paulo Outro marco na carreira do fotógrafo foi a exposição "Costa do Descobrimento” retratando Porto Seguro e região. Em março de 2004, apresentou a mostra "Um Olhar Sobre o Brasil" no Centre Culturel Alfred Dallaire - Montreal- Canadá, convidado pelo Cônsul-Geral do Brasil, Sr.Fernando Jacques de Magalhães Pimenta. Nas bancas da capital paulista ou em quase todo Brasil, encontram-se cartões postais com as maravilhosas fotos de Cardim, sendo que mais de 1000 imagens suas já foram transformadas em cartões-postais. No momento, ele está empenhando-se em fotografar o Estado de Minas Gerais, até agora fotografou mais de 70 cidades entre elas Congonhas, Cambuquira, São Lourenço, Caxambu, Ouro Preto, São João del-Rei, Tiradentes, sendo que essas últimas foram transformadas em cartões postais., Desse roteiro-viagem o fotógrafo já realizou duas mostras centradas na cidade de Sete Lagoas e Matozinhos, [mais uma de 19 à 30 de setembro de 2006] ambas feitas em parceria com o também fotógrafo Alan Wehner . A mais recente exposição de Mauricio Cardim aconteceu na Casa de Cultura de Sete Lagoas no período de 19 de dezembro de 2005 a 31 de janeiro de 2006. A proposta do fotógrafo é retratar o máximo de cidades mineiras . Para levar adiante o projeto “Um Olhar Sobre o Brasil” preciso de patrocinadores, portanto, quem patrocinar o meu projeto vai se orgulhar em fazer parte de um projeto grandioso que registrará as belezas das cidades mineiras”, conclui Mauricio Cardim.[Leia mais sobre Maurício Cardim em Revista Formas&Meios www.formasemeios.blogs.sapo.pt

 
 
Informações:
Rede Padrão de Comunicação!Rádio Muzirama FM –
Rádio Cultura FM – Rádio Cultura AM – O


Jornal do Centro de Minas}
Geraldo Padrão
Fone (31) 3776-3838 - Rua Níquel, 457 -
Progresso – Sete Lagoas – Mg.
CEP 35701-107

 
 
[55 11/6848-3230
Site: http://www.mauriciocardim.com/
E-mail; mauriciocardim@ig.com.br:
Celular: (31) 9767- 7418 /Mauricio Cardim

 

 

Entrevista sobre a exposição "Praias da Bahia" em Sete Lagoas -MG

 

 

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 13:38  comentar

Arquitetura Sagrada

Livro mostra a arte sagrada que transforma o corpo inerte da matéria em alma viva da

arquitetura e fala das orientações e normas para a concepção dos templos católicos

 “A Igreja Católica não tem estilo arquitetônico”. A frase de 1958 é do monsenhor Joaquim Nabuco e está citada em Arquitetura sagrada, do professor Ivo Porto de Menezes. Ela traduz o espírito desse livro sobre os princípios católicos de organização espacial que um novo edifício religioso deve adotar. Ivo de Menezes afirma o ideal de que, apesar da imobilidade da arquitetura que segue normas e orientações ligadas à cerimônia religiosa, a liberdade e a inovação devem presidir à idealização do projeto arquitetônico. Essa imobilidade tem a ver com os espaços onde se celebram os rituais da missa dentro da igreja e que não podem faltar, embora sua disposição arquitetônica possa variar segundo as idéias do arquiteto. Nesse contexto, a liberdade e a inovação - exercícios desejados - devem ser elementos para ressaltar a liturgia, a fé e a religiosidade, como prevê o Concílio Vaticano II. Embora arquitetura seja arte e técnica, o autor do livro apresenta a arte sagrada como aquela que é guiada pelo espírito. Cita as palavras do belga Auguste Perret (1874-1954): “A arquitetura apodera-se do espaço, limita-o, cerca-o, fecha-o. Ela tem este privilégio de criar lugares mágicos, totalmente obra do espírito.” Donde ganha corpo o sentido primordial da palavra igreja, que vem do grego ekklésía e significa assembléia do povo, de fiéis. Os cristãos reunidos são as pedras vivas da Igreja Católica. Deus está onde há rezas a invocá-Lo, seja numa catedral gótica, seja numa cabana de palmeira. Partindo dessa premissa, o professor Ivo argumenta que o artista não pode levar em conta somente a funcionalidade da construção, mas a beleza da arquitetura como estímulo à participação do religioso e como revelação do encanto divino. A origem da palavra igreja explica por que o estilo artístico da construção é livre no catolicismo, contanto que nele figurem o presbitério (altar principal), do batistério (onde está a pia de batismo), do sacrário (onde se guardam a hóstia e as relíquias), das imagens etc., lugares onde os ritos católicos são praticados. O projeto arquitetônico deve refletir o pensamento do povo da região onde ele será concretizado. Um exemplo - as igrejas do século 18 no Brasil eram barrocas porque as casas da época o eram também. A tendência atual é a procura da forma simples, do minimalismo, a exemplo dos projetos do alemão Mies van der Rohe (1886-1969), da escola Bauhaus. Seja o estilo românico, bizantino, gótico, barroco, funcionalista ou minimalista, o que o professor defende é a idéia de que se devem criar novas formas, em vez de copiar o passado, de modo a possibilitar o encontro do católico com o semelhante e com Deus. [Reportagem publicada no Jornal Novas Técnicsa, versão impressa de janeiro de 2007 ]

 Autor: Ivo Porto Menezes

Editora: Edições LoyolaPáginas: 184 R$ 49

Para adqüirir este livro veja site

www.loyola.com.br

 

 

Nasceu, casou e faleceu em 8 de Dezembro, no dia da Imaculada Conceição. O número oito pontuou seu nascimento, casamento e morte.

Se a inquietude for uma virtude ela a viveu com perfeição. Nascida de uma relação entre patrão e empregada, o que lhe atormentara por toda a vida; além das dores de amores e imcompreensâo. Ela foi transgressora de seu tempo. Seu nome de batismo é Flor Bela de Alma da Conceição, nasceu em Vila Viçosa, aos 8 de dezembro de 1894 - e faleceu em Matosinhos, aos 8 de Dezembro de 1930. Ela foi a poetisa portuguesa que deu origem ao movimento feminista em Portugal. Vida tumultuada, inquieta, e transformava seus sofrimentos mais íntimos em poesia de qualidade ímpar, às vezes, sobrecarregado até por demais em erotização e feminilidade. Filha de Antônia Conceição Lobo, empregada de João Maria Espanca, que não a reconheceu como filha, mas resolveu criar como se filha a fosse. Florbela morreu cedo, e alguns anos depois de sua morte teve paternidade reconhecida. Sua primeira poesia que se tem conhecimento veio em 1903, " A Vida e a Morte". Como todo poeta, era romântica e preferiu se casar no dia de seu aniversário no ano de 1913, com Alberto Moutinho. Em 1917 concluiu o curso de letras, inscrevendo-se a seguir para cursar Direito, onde fora precursora sendo a primeira mulher a frequentar este curso na Universidade de Lisboa. 

Abortos e suicídio

No ano de 1919 sofreu um aborto involuntário, e neste mesmo ano publicaria um livro cheio de recentimentos " Livro de Mágoas". É também nessa época que Florbela começa a apresentar sintomas ainda mais sérios de desequilíbrio mental. Em 1921 aconteceu a separação de Alberto Moutinho, para no anos seguinte casar-se com Antônio Guimarães. O seu livro mais conhecido, Sóror Saudade é publicado em 1923 e causa um certo furor literário entre a casta portuguesa de literatura. Sua dificuldade em diferenciar o correto do errônea fez com que Florbela realizasse um novo aborto involuntário, o que causou o pedido de divórcio de Guimarães,. Sempre carente, em 1925, resolveu se arriscar em um terceiro casamento, com Mário Lage. Com a morte de seu irmão Apeles, em um acidente de avião, a deixa abalada mas, inspira-a para a escrita de "As Máscaras do Destino" Por duas vezes - em outubro e novembro de 1930, tentou o suicídio duas vezes, às vésperas da publicação do que é considerada sua obra-prima, "Charneca em Flor". Após ser diagnosticada com edema pulmonar, realiza sua intenção, suicida-se no dia do seu aniversário, 8 de Dezembro de 1930. Charneca em Flor viria a ser publicado em Janeiro de 1931. [Francisco Martins]

"Quem disser que pode amar alguém pela vida inteira é porque mente" {FE}.

 

Poesia:

A lembrança dos teus beijos

Inda na minh'alma existe,

Como um perfume perdido,

Nas folhas dum livro triste.

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior

Do que os homens! Morder como quem beija!

ser mendigo e dar como quem seja

Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

Ai as almas dos poetas

Não as entende ninguém;

São almas de violetas

Que são poetas também.

 

Música: Coimbra

 

'Guia Brasileiro de Produção Cultural'

São treze anos de existência e cinco edições, o guia volta renovado e ampliado, consolidando-se como instrumento de educação e profissionalização da atividade cultural brasileira.

Com 295 páginas e dividido em quatro seções principais, o Guia Brasileiro de Produção Cultural, que nesta edição traz o subtítulo Educar para a Cultura, foi planejado para atender aos profissionais da cultura, estudantes e gestores das áreas de comunicação e marketing, entre outros. Esta edição de 2007 traz informações fundamentais sobre planejamento, direitos do autor, projetos e incentivos fiscais, comunicação, produção gráfica, terceiro setor e questões jurídicas, financeiras e internacionais. Há ainda a seção Curta Linguagem, com entrevistas de personalidades do meio; o novo capítulo Idéias Soltas, com artigos de destacados profissionais dos diversos campos do conhecimento e um espaço especial destinado aos endereços virtuais de teatros, instituições culturais, gravadoras, secretarias de cultura, entre outros endereços úteis para a classe cultural. Os idealizadores, o músico e produtor cultural Edson Natale e pela advogada Cristiane Olivieri, especializada em consultoria jurídica para área cultural e de entretenimento, a nova edição é fonte de pesquisa que facilita a difícil tarefa de desvendar e superar os desafios enfrentados no dia-a-dia da produção cultural brasileira. No guia, o leitor encontrará ainda esclarecimentos importantes sobre detalhes de planejamento, produção, direito de autor, questões jurídicas, projetos e financiamento à cultura, questões financeiras, comunicação, questões internacionais e de terceiro setor. O livro foi lançado no dia 29 de novembro, no Sesc Paulista.

Autores: Edson Natale / Cristiane Olivieri

Editora: Zé do Livro

Valor: R$ 25,00

Esquinas e Luas - Poesia Brasileira

O autor de Esquinas e Luas, Antônio Scarpellini - ou Andó, como é bem mais conhecido, principalmente no meio musical. Compositor conceituado pois já compôs para grandes nomes da Música Popular Brasileira como Elizeth Cardoso, João Nogueira, Benito di Paula, Wando, Originais do Samba, Wilson Simonal, Dedé Paraízo, Agnaldo Rayol, Charlotte Church, Gilliard, Bebeto e J. Veloso - com quem tem parceria musical. Também é autor de temas de novelas da Rede Globo como "Plumas e Paetês" e Tormenta DÁmore, tema de abertura da novela Terra Nostra. "Eterno aprendiz, com o coração escancarado de sonhos, explorador de alma humana nas esquinas da vida" [Andó]. Esquinas e Luas é o seu quarto livro. Outros títulos: Sem nome se sobrnome - poesia 1974; Meu sonho é sono - poesia 1977 e Em mãos - poesia 1984. Scarpellini é italiano, nascido em Lucca, em 1947 e imigrou para o Brasil - São Paulo - juntamente com seus pais em 1949. www.simulassao.com.br

Título: Esquinas e Luas

Autor: Andó

Editora: Factash Editora

CECÍLIA MEIRELES: ETERNA POETISA

Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário público, e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides.

Escreveria mais tarde: Sua infância de menina sozinha deu-lhe duas coisas que parecem negativas, e que ela as transformou em positivas, silêncio e solidão. Em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com distinção e louvor. Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal. Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, Espectro. Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925.

Casa-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dão cinco netos. Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio O Espírito Vitorioso, uma apologia do Simbolismo. Correia Dias suicida-se em 1935. Cecília casa-se novamente, em 1940, com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo. De 1930 a 1931, mantém no Diário de Notícias uma página diária sobre problemas de educação. Em 1934, organiza a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo. De 1935 a 1938, leciona Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ). Batuque, Samba e Macumba, com ilustrações de sua autoria, foi publicado também em Portugal. No ano de 1939 publicou Olhinhos de Gato, na Revsita Ocidente. Aposenta-se em 1951 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ). Em 1952, torna-se Oficial da Ordem de Mérito do Chile, honraria concedida pelo país vizinho. Em Délhi, Índia, no ano de 1953, é agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhí. Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1962. Seu nome é dado à Escola Municipal de Primeiro Grau, no bairro de Cangaíba, São Paulo (SP), em 1963. Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Ainda em 1964, é inaugurada a Biblioteca Cecília Meireles em Valparaiso, Chile. Em 1965, é agraciada com o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão entre outros. Sua poesia, traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner. [Reportagem de F. Martins publicada na versão impressa de www.jornalnovastecnicas.com.br  de dezembro de 2006]

 

Os papéis de Picasso

Autora: Rosalind E. Krauss
Tradução: Cristina Cupertino

Será que Picasso foi um Midas moderno que não só transformou o lixo da vida cotidiana no ouro da colagem cubista, mas também conferiu um novo valor à obra dos antigos mestres? Ou será que foi um falsificador monstruoso, em ataque impiedoso ao estilo dos outros? Em Os papéis de Picasso, Rosalind E. Krauss, uma das mais proeminentes teóricas da arte moderna, sugere que a razão pela qual ainda fazemos essas perguntas é que o próprio modernismo é uma sala de espelhos em que “falso” e “genuímo” são dois aspectos da mesma condição. Ao revelar a colagem de Picasso como um jogo vertiginoso de vozes, Os papéis de Picasso mostram que nenhuma voz é de fato “autêntica”, nenhuma única voz é sancionada pelo seu autor . O pastiche que Picasso faz do outro artista é posto em foco de maneira brilhante como “fraqueza sublimada” do próprio cubismo, remodelado no estilo límpido e ordenado do neoclassicismo: a sua própria forma de praticar o proibido. www.iluminuras.com.br


R$44,00

Filipa Melo, "Este é o meu corpo"

Livro de estréia da portuguesa Filipa Melo, "Este é o meu corpo", é contundente narrativa sobre o existir e suas particularidades.

Em seu livro de estréia, Este é o meu corpo, de 1972, mas lançado no Brasil apenas em 2004 pela Editora Planeta, na coleção Tanto Mar (leia aqui), a jovem escritora portuguesa Filipa Melo, aborda uma temática complexa e delicada e o faz com uma maestria de artesã, que, além de conhecer bem seu material a ser moldado, demonstra a mais fina técnica de composição artística. Sua matéria bruta, no caso, é a palavra, e sua ferramenta de desgaste e remontagem é a composição de um enredo, colocando ora aqui, ora ali, palavras e frases de forma a criar uma narrativa deslocada do eixo linear, em que o evento derradeiro acontece nas primeiras linhas e os fatos que envolvem o ocorrido só aos poucos surgem, como num filme de Hitchcok, em que o crime abre a exibição e ao longo do tempo é que vamos entendendo de quem se tratava exatamente a vítima. O livro compõe-se de trechos intercalando a primeira e a terceira pessoa e, quando o foco narrativo centra-se no eu narrador, alternam-se personagens que de alguma forma tiveram relação com o corpo da moça que aprece desfigurado nas primeiras páginas do livro. Destes, o narrador mais destacado é um médico legista, e a força do relato de Filipa Melo nestes momentos é notável. No final do livro, agradece a médicos legistas e professores que a auxiliaram no momento da pesquisa, mas cabe à habilidade da autora a contundência da narrativa. Este personagem, como o rapaz que era apaixonado pela desaparecida e também o pai da moça são figuras masculinas fragilizadas, inconclusas e debilitadas por fatores vários, que se afrontam diretamente à imagem do homem que se prega nas sociedades cristãs e paternalistas, machistas e violentas, como a brasileira e a portuguesa, de forma a criar já no livro um impasse que, por vezes, atinge o leitor sem que este saiba exatamente o que o está incomodando. www.cartamaior.com.br

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MELO, Filipa. Este é o meu corpo. São Paulo: Planeta, 2004.

EDITORIAS:
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