Logo depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, Asif Iqbal (Arfan Usman) embarca para o Paquistão para conhecer a noiva que sua mãe lhe arranjara. Quando o padrinho do casamento liga para dizer que não vai poder ir à cerimônia, Asif chama um outro amigo da Inglaterra. Ruhel (Farhad Harun) concorda em assumir o posto de padrinho e viaja com dois outros amigos, Shafiq Rasul (Rizwan Ahmed) e Monir Ali (Waqar Siddiqui).
Um bom filme de Michael Winterbottom e Mat Whitecross, que estréia na sexta-feira,17, em todo o país, faz uma releitura dos fatos reais desses cidadãos britânicos de origem paquistanesa por meio de centenas de horas de entrevistas, para que a história surja, literalmente, das próprias palavras dos protagonistas.Chega ser comovente, "Caminho para Guantánamo" que foi transmitido pelo Channel 4 na Grã-Bretanha. O filme ganhou o Urso de Prata de melhor direção no Festival de Berlim deste ano. O filme quer desmentir as alegações do governo norte-americano de que os prisioneiros de origem islâmica são tratados de maneira humana nos centros de detenção extra-oficiais. A película mistura cenas de arquivo e representadas com recriações das entrevistas com os três sobreviventes. É de estranhar que não haja crédito para os roteiristas, provavelmente porque as entrevistas foram a fonte da história. É evidente, porém, que alguém estruturou os acontecimentos.
"VOLVER"
Penelope Cruz como jamais fora vista: explendorosa
O poder da maternidade e da amizade são temas recorrentes na divertida fantasia "Volver", de Pedro Almodóvar, embora os temas centrais do filme sejam o abuso e a morte. Penélope Cruz nunca esteve mais bela e nunca atuou melhor que no papel de uma mulher determinada que há anos guarda um segredo sobre o pai de sua filha adolescente, segredo esse que é revelado quando sua mãe morta reaparece como fantasma. A magnífica sequência inicial mostra um pelotão de viúvas e filhas limpando os túmulos de seus entes queridos falecidos no cemitério de La Mancha, fustigado pelo vento. O vento em La Mancha perturba os espíritos, como deixa claro tia Paula (Chus Lampreave). Ela é tia de Raimunda e Sola, vive sozinha e, ultimamente, começou a ver a imagem de sua falecida irmã Irene (Carmen Maura). As mulheres da vila entendem que Irene voltou para cuidar de Paula, que está envelhecendo e ficando com a mente confusa.
"O Grande Truque," um filme em que a obsessão domina tudo, do mago Christopher Nolan
A história, que estréia nesta quinta-feira, 2, gira em torno da rivalidade ent
re dois mágicos londrinos na virada do século 20 (Hugh Jackman e Christian Bale). Cada um é obcecado pelos segredos e o sucesso profissionais do outro. A obsessão é como uma droga: quanto mais mergulham nela, mais a desejam. É um tema quente, mas a abordagem de Nolan talvez seja um pouco fria demais. O filme tem início perto do final da história, mas depois retorna para o momento em que a rivalidade começou. Robert Angier (Jackman) e Alfred Borden (Bale) são colegas que trabalham para um mágico envelhecido que apresenta um show também envelhecido com a participação da bela mulher de Robert, Julia (Piper Perabo). Quando esta morre tragicamente durante o show, Robert, não sem razão, atribui a culpa a Alfred.
Uma das grandes falhas do filme aparece aqui: Alfred afirma que não se lembra do tipo de nó que amarrou nos pulsos de Julia antes de ela ser imersa na água. Como isso seria possível? No elenco, Olivia (Scarlett Johansson - foto á direita) se torna a assistente de Robert e, mais tarde, sua amante. David Bowie está perfeito no papel de Tesla -- homem misterioso e exótico, mas o mais razoável do filme --, e Andy Serkis, como seu assistente, infunde um pouco de humor a uma história que, com essa exceção, é morbidamente sérial. filmes em cartaz
"A Última Noite"
Um diretor produz uma canção de amor cinematográfica ao rádio.
Neste filme, que estréia em circuito nacional nesta quinta-feira, o diretor Garrison Keillor, empresário, criador e apresentador de "A Prairie Home Companion," um dos programas de rádio que está no ar há mais tempo nos EUA (31 anos), e o diretor Robert Altman se combinam perfeitamente. Para os dois diretores, nascidos e criados no meio-oeste americano, o humor discreto e bizarro que é típico dessa região, sua cortesia infalível e sensibilidade franca são tão naturais quanto sua própria pele. Não há artifícios no filme, apenas uma inteligência nativa arguta que se esconde por trás do humor simples e dos diálogos enxutos.
O programa de rádio de Keillor é ouvido por um grande público americano, e o filme de Altman, como acontece com muitos do diretor, é repleto de atores famosos. Por essas razões, o público do filme deve ser grande nos EUA, mas, fora desse país, será uma incógnita. O filme é repleto de humor tipicamente americano e trocadilhos em inglês que se perderão nas legendas. Rodado no Fitzgerald Theater, em St. Paul, Estado de Minnesota, "A Última Noite" basicamente apresenta no cinema um programa de rádio muito semelhante a "A Prairie Home Companion."Os números musicais principais são de Yolanda e Rhonda Johnson (Meryl Streep e Lily Tomlin), últimas remanescentes de um grupo country antes composto de quatro irmãs, e dos cantores caubóis Dusty e Lefty (Woody Harrelson e John C. Reilly).
Lola (Lindsay Lohan), [FOTO]a filha de Yolanda, se distrai escrevendo poemas sobre suicídio. Guy Noir, um personagem que sempre aparece no programa de Keillor, aparece no papel do "diretor de segurança" do programa. Kevin Kline, no papel do detetive, mistura diálogos que remetem a Raymond Chandler com um toque do Inspetor Clouseau, de Peter Seller. O elenco imprevisível deixa à flor da pele os nervos do estressado gerente geral (Tim Russell, presença regular no programa de Keillor) e de sua assistente (Maya Rudolph, de "Saturday Night Live"). FONTE: REUTERS
Logo depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, Asif Iqbal (Arfan Usman) embarca para o Paquistão para conhecer a noiva que sua mãe lhe arranjara. Quando o padrinho do casamento liga para dizer que não vai poder ir à cerimônia, Asif chama um outro amigo da Inglaterra. Ruhel (Farhad Harun) concorda em assumir o posto de padrinho e viaja com dois outros amigos, Shafiq Rasul (Rizwan Ahmed) e Monir Ali (Waqar Siddiqui).
Um bom filme de Michael Winterbottom e Mat Whitecross, que estréia na sexta-feira,17, em todo o país, faz uma releitura dos fatos reais desses cidadãos britânicos de origem paquistanesa por meio de centenas de horas de entrevistas, para que a história surja, literalmente, das próprias palavras dos protagonistas.Chega ser comovente, "Caminho para Guantánamo" que foi transmitido pelo Channel 4 na Grã-Bretanha. O filme ganhou o Urso de Prata de melhor direção no Festival de Berlim deste ano. O filme quer desmentir as alegações do governo norte-americano de que os prisioneiros de origem islâmica são tratados de maneira humana nos centros de detenção extra-oficiais. A película mistura cenas de arquivo e representadas com recriações das entrevistas com os três sobreviventes. É de estranhar que não haja crédito para os roteiristas, provavelmente porque as entrevistas foram a fonte da história. É evidente, porém, que alguém estruturou os acontecimentos.
"VOLVER"
Penelope Cruz como jamais fora vista: explendorosa
O poder da maternidade e da amizade são temas recorrentes na divertida fantasia "Volver", de Pedro Almodóvar, embora os temas centrais do filme sejam o abuso e a morte. Penélope Cruz nunca esteve mais bela e nunca atuou melhor que no papel de uma mulher determinada que há anos guarda um segredo sobre o pai de sua filha adolescente, segredo esse que é revelado quando sua mãe morta reaparece como fantasma. A magnífica sequência inicial mostra um pelotão de viúvas e filhas limpando os túmulos de seus entes queridos falecidos no cemitério de La Mancha, fustigado pelo vento. O vento em La Mancha perturba os espíritos, como deixa claro tia Paula (Chus Lampreave). Ela é tia de Raimunda e Sola, vive sozinha e, ultimamente, começou a ver a imagem de sua falecida irmã Irene (Carmen Maura). As mulheres da vila entendem que Irene voltou para cuidar de Paula, que está envelhecendo e ficando com a mente confusa.
"O Grande Truque," um filme em que a obsessão domina tudo, do mago Christopher Nolan
A história, que estréia nesta quinta-feira, 2, gira em torno da rivalidade entre dois mágicos londrinos na virada do século 20 (Hugh Jackman e Christian Bale). Cada um é obcecado pelos segredos e o sucesso profissionais do outro. A obsessão é como uma droga: quanto mais mergulham nela, mais a desejam. É um tema quente, mas a abordagem de Nolan talvez seja um pouco fria demais. O filme tem início perto do final da história, mas depois retorna para o momento em que a rivalidade começou. Robert Angier (Jackman) e Alfred Borden (Bale) são colegas que trabalham para um mágico envelhecido que apresenta um show também envelhecido com a participação da bela mulher de Robert, Julia (Piper Perabo). Quando esta morre tragicamente durante o show, Robert, não sem razão, atribui a culpa a Alfred.
Uma das grandes falhas do filme aparece aqui: Alfred afirma que não se lembra do tipo de nó que amarrou nos pulsos de Julia antes de ela ser imersa na água. Como isso seria possível? No elenco, Olivia (Scarlett Johansson - foto á direita) se torna a assistente de Robert e, mais tarde, sua amante. David Bowie está perfeito no papel de Tesla -- homem misterioso e exótico, mas o mais razoável do filme --, e Andy Serkis, como seu assistente, infunde um pouco de humor a uma história que, com essa exceção, é morbidamente sérial. filmes em cartaz
Um diretor produz uma canção de amor cinematográfica ao rádio.
Neste filme, que estréia em circuito nacional nesta quinta-feira, o diretor Garrison Keillor, empresário, criador e apresentador de "A Prairie Home Companion," um dos programas de rádio que está no ar há mais tempo nos EUA (31 anos), e o diretor Robert Altman se combinam perfeitamente. Para os dois diretores, nascidos e criados no meio-oeste americano, o humor discreto e bizarro que é típico dessa região, sua cortesia infalível e sensibilidade franca são tão naturais quanto sua própria pele. Não há artifícios no filme, apenas uma inteligência nativa arguta que se esconde por trás do humor simples e dos diálogos enxutos.
O programa de rádio de Keillor é ouvido por um grande público americano, e o filme de Altman, como acontece com muitos do diretor, é repleto de atores famosos. Por essas razões, o público do filme deve ser grande nos EUA, mas, fora desse país, será uma incógnita. O filme é repleto de humor tipicamente americano e trocadilhos em inglês que se perderão nas legendas. Rodado no Fitzgerald Theater, em St. Paul, Estado de Minnesota, "A Última Noite" basicamente apresenta no cinema um programa de rádio muito semelhante a "A Prairie Home Companion."Os números musicais principais são de Yolanda e Rhonda Johnson (Meryl Streep e Lily Tomlin), últimas remanescentes de um grupo country antes composto de quatro irmãs, e dos cantores caubóis Dusty e Lefty (Woody Harrelson e John C. Reilly).
Lola (Lindsay Lohan), [FOTO]a filha de Yolanda, se distrai escrevendo poemas sobre suicídio. Guy Noir, um personagem que sempre aparece no programa de Keillor, aparece no papel do "diretor de segurança" do programa. Kevin Kline, no papel do detetive, mistura diálogos que remetem a Raymond Chandler com um toque do Inspetor Clouseau, de Peter Seller. O elenco imprevisível deixa à flor da pele os nervos do estressado gerente geral (Tim Russell, presença regular no programa de Keillor) e de sua assistente (Maya Rudolph, de "Saturday Night Live"). FONTE: REUTERS
O Sacrifício
Comédia ou terror? a estréia desta sexta-feira, 26, oferece poucas chances de conquistar fãs convictos, como fez o filme original, "O Sacrifício" acaba por suscitar mais risos que pavor.
O filme começa com uma sequência que antecede os títulos, em que o policial californiano Edward Malus (Nicolas Cage), horrorizado, vê uma mãe e sua filhinha serem incineradas em seu carro, após uma colisão. Emocionalmente fragilizado, o policial está mais vulnerável que o normal quando recebe uma mensagem urgente de Willow (Kate Beahan), uma antiga noiva que o abandonou anos antes. Escrevendo de uma ilha distante chamada Summerisle, no Pacífico, ela implora a ajuda de Edward para encontrar sua filha desaparecida. "O Sacrifício" evita o erotismo e o subtexto religioso de "O Homem de Palha" e acaba caindo em tom não intencional de humor, com falas como "alguma coisa ruim está para acontecer, estou sentindo" (dita depois de mais ou menos 100 coisas ruins já terem acontecido).Quando finalmente se chega à cena horrenda que deveria funcionar como clímax, que traz Cage vestido de urso e Ellen Burstyn com o rosto pintado, lembrando "Coração Valente", o filme já degringolou irremediavelmente.
Os créditos finais incluem uma dedicação ao falecido músico Johnny Ramone, que, aparentemente, foi quem levou Nicolas Cage a se interessar pelo remake.
O GRITO 
Depois do pedido, a garota parte dos Estados Unidos para o Japão para ajudar a contornar a triste situação. NãA amaldiçoada Karen Davis (Sarah Michelle Gellar) vive um hospício em Tóquio e é investigada pela morte de seu namorado num incêndio. A jovem recebe a visita de sua irmã Aubrey, que é chamada pela mãe, que também está doente e vivendo na mesma instituição. Depois do pedido, a garota parte dos Estados Unidos para o Japão para ajudar a contornar a triste situação. Não demora para que Aubrey tente se encaixar no estilo de vida do lado oriental do mundo. Ela se matricula numa escola e faz tudo para conquistar o respeito dos alunos mais populares. Isto inclui invadir uma casa misteriosa, que teria sido palco de vários acontecimentos sobrenaturais. Logo, Aubrey passa a ser assombrada pela mesma maldição que mudou a vida de sua irmã Karen. A Sony Pictures autorizou que fosse feita uma seqüência para o primeiro filme, de 2004, apenas três dias depois que o longa foi lançado nos cinemas. O Grito 2 tem direção de Takashi Shimizu e conta com produção de Sam Raimi (Homem-Aranha). A produção foi rodada nos Estados Unidos e no Japão. 14 anos.
"Pintar ou Fazer Amor"
A amaldiçoada Karen Davis (Sarah Michelle Gellar) vive um hospício em Tóquio e é investigada pela morte de seu namorado num incêndio. A jovem recebe a visita de sua irmã Aubrey, que é chamada pela mãe, que também está doente e vivendo na mesma instituição."Pintar ou Fazer Amor", de Arnaud e Jean-Marie Larrieu,a´presenta uma dose de beleza sobre um casal de longa data que descobre as delícias do swing. O longa, estréia na sexta-feira, 13.
No Festival de Cannes no ano passado, foi um grnade sucesso, resta saber se no circuito comercial repetirá tal façanha. Sabine Azema, Amira Casar [foto] e Sergi Lopez , estão muito à vontade em seus respectivos papéis, onde Azema representa a esposa, Madeleine. O longa, que estréia na sexta-feira,13, participou da competição oficial do Festival de Cannes no ano passado. Um dia, quando está sentada diante de seu cavalete num
campo ao lado de uma floresta, Madeleine vê um homem bonito que se aproxima dela, desajeitado, vindo das árvores. Descobri-se que Adam tem uma mulher linda, Eva (Amira Casar). Quando Adam mostra a Madeleine uma casa decadente mas bela que fica nas proximidades, ela e William imediatamente a compram e passam seis meses transformando-a numa residência. Ao longo desse período, Madeleine e William vão se tornando mais que meros amigos de Adam e Eva. Quando a casa do prefeito cego inexplicavelmente pega fogo.