Adoção por casal homossexual é aprovada na Câmara
A Comissão Especial da Lei de Adoção, da Câmara dos Deputados, aprovou no último dia 2 de janeiro o relatório que prevê a criação de dois cadastros nacionais de adoção. O texto também garante o direito à licença de 15 dias para adotantes e permite a adoção por casais homossexuais. O relatório é de autoria da deputada Teté Bezerra (PMDB-MT). A prioridade no cadastro será para adoções em território nacional. Para agilizar a inclusão das crianças nessa lista, serão fixados prazos para o decreto de perda do pátrio poder. No texto aprovado foram inseridas regras para os casos de arrependimento dos pais biológicos, o que não existe na legislação atual. De acordo com a comissão, o juiz deve avaliar o que representa maior vantagem para a criança ou adolescente. Este assunto polêmico entrará nos lares brasileiros através da novela “Páginas da Vida”, da rede Globo. Nos próximos capítulos, um casal homossexual masculino tentará adotar uma criança. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não faz qualquer menção em relação à adoção por casal homossexual e estabelece que primordial é o bem estar da criança. Recentemente, em um caso real, a Justiça permitiu a expedição de uma certidão de nascimento de uma menina que foi adotada por um casal homossexual masculino, na cidade de Catanduva, interior de São Paulo. Esse foi um caso inédito no país, constando na certidão o nome dos dois companheiros. Além do casal de Catanduva, a Justiça já havia determinado o direito a uma certidão de nascimento para dois casais homossexuais formados por mulheres. Os casais são das cidades de Bagé (RS) e do Rio de Janeiro. A justiça julgou legítia a adoção de Theodora, entre os pais Júnior de Carvalgo, 46 e Vasco Pedro - 38 adotada em Catanduva - São Paulo / Brasil, em 21 de novembro de 2007, e estabeleceu um marco histórico no País.
João de Barros, o Braguinha, Morre aos 99 anos
Braguinha morreu no fim da manhã deste domingo - 24/12 , o cantor e compositor estava internado no Hospital Pró-Cardíaco, na zona sul do Rio de Janeiro (RJ), e morreu de falência multiplas de órgãos. ele se sentiu mal na noite de sábado e chegou ao hospital com uma taxa de glicose alta, falecendo horas depois. Os parentes ainda não decidiram quando será o enterro, que provavelmente acontecerá no Cemitério São João Batista, em Botafogo, onde a família tem um mausoléu.
Carlos Alberto Ferreira Braga nasceu numa sexta-feira da Paixão, aos 29 de março de 1907, no bairro carioca da Gávea. Criado em Vila Isabel, Tijuca, foi morador apaixonado por Copacabana e sempre demonstrou em suas canções a grande paixão que sentia pela cidade. Também foi amigo de Noel Rosa, Pixinguinha e Lamartine Babo. Compôs serestas e marchas-ranchos - mas a consagração veio com as marchinhas de carnaval. Uma delas foi As Pastorinhas, reconhecida a partir de suas primeiras frases: "A estrela Dalva/ No céu desponta/ E a Lua anda tonta/ Com tamanho explendor...", que compôs em parceria com Noel Rosa e foi a campeã do concurso de músicas de carnaval do Rio, em 1938. Passou a adolescência em Vila Isabel, onde formou o grupo Bando de Tangarás (inicialmente chamado Flor do Tempo) junto com o cantor e pandeirista Almirante (Henrique Foreis Domingues), o violonista Henrique Brito e o cantor Alvinho (Álvaro de Miranda Ribeiro), além do jovem violonista e compositor Noel Rosa. O grupo desfez-se em 1933, ano em que Braguinha emplacou seus primeiros sucessos de carnaval: Moreninha da Praia e Trem Blindado, composições que já traziam os temas que iriam marcar toda a sua obra: a exaltação da mulher e a crônica bem-humorada do cotidiano.
A década de 30 foi um período fértil para Braguinha, marcado por sucessos como Cadê Mimi? (1935), Pirata (1935) e Carinhoso (1937). O compositor atingiu o auge em 1938, quando dominou o carnaval com três marchinhas que se tornariam clássicos: Pastorinhas (com Noel Rosa), Touradas em Madrid e Yes, Nós Temos Banana (com Alberto Ribeiro). No fim de 1943, foi convidado a dirigir a gravadora Continental, que tinha em seu elenco artistas iniciantes como Dick Farney, Ademilde Fonseca e Emilinha Borba. Em menos de três anos, Braguinha levou a gravadora a competir em condições de igualdade com as veteranas do mercado. O fim da década de 40 foi novamente bastante fértil para o compositor. Lançou, no carnaval, sucessos como Pirata da Perna-de-Pau, A Mulata É a Tal (com Antônio Almeida), Tem Gato na Tuba (com Alberto Ribeiro), Chiquita Bacana (também com Ribeiro) e brilhou com sambas como Copacabana, Fim de Semana em Paquetá e A Saudade Mata a Gente. Nesse período lançou, em disco, historinhas infantis, como Chapeuzinho Vermelho. Na segunda metade da década de 60, quando o samba-enredo tomou o lugar das marchinhas no carnaval, Braguinha reduziu sua produção musical. Mesmo assim, fez sucesso em 1980 com a marcha Balancê (de 1937), relançada por Gal Costa.
Braguinha morreu no fim da manhã deste domingo - 24/12 , o cantor e compositor estava internado no Hospital Pró-Cardíaco, na zona sul do Rio de Janeiro (RJ), e morreu de falência multiplas de órgãos. ele se sentiu mal na noite de sábado e chegou ao hospital com uma taxa de glicose alta, falecendo horas depois. Os parentes ainda não decidiram quando será o enterro, que provavelmente acontecerá no Cemitério São João Batista, em Botafogo, onde a família tem um mausoléu.
Carlos Alberto Ferreira Braga nasceu numa sexta-feira da Paixão, aos 29 de março de 1907, no bairro carioca da Gávea. Criado em Vila Isabel, Tijuca, foi morador apaixonado por Copacabana e sempre demonstrou em suas canções a grande paixão que sentia pela cidade. Também foi amigo de Noel Rosa, Pixinguinha e Lamartine Babo. Compôs serestas e marchas-ranchos - mas a consagração veio com as marchinhas de carnaval. Uma delas foi As Pastorinhas, reconhecida a partir de suas primeiras frases: "A estrela Dalva/ No céu desponta/ E a Lua anda tonta/ Com tamanho explendor...", que compôs em parceria com Noel Rosa e foi a campeã do concurso de músicas de carnaval do Rio, em 1938. Passou a adolescência em Vila Isabel, onde formou o grupo Bando de Tangarás (inicialmente chamado Flor do Tempo) junto com o cantor e pandeirista Almirante (Henrique Foreis Domingues), o violonista Henrique Brito e o cantor Alvinho (Álvaro de Miranda Ribeiro), além do jovem violonista e compositor Noel Rosa. O grupo desfez-se em 1933, ano em que Braguinha emplacou seus primeiros sucessos de carnaval: Moreninha da Praia e Trem Blindado, composições que já traziam os temas que iriam marcar toda a sua obra: a exaltação da mulher e a crônica bem-humorada do cotidiano.
A década de 30 foi um período fértil para Braguinha, marcado por sucessos como Cadê Mimi? (1935), Pirata (1935) e Carinhoso (1937). O compositor atingiu o auge em 1938, quando dominou o carnaval com três marchinhas que se tornariam clássicos: Pastorinhas (com Noel Rosa), Touradas em Madrid e Yes, Nós Temos Banana (com Alberto Ribeiro). No fim de 1943, foi convidado a dirigir a gravadora Continental, que tinha em seu elenco artistas iniciantes como Dick Farney, Ademilde Fonseca e Emilinha Borba. Em menos de três anos, Braguinha levou a gravadora a competir em condições de igualdade com as veteranas do mercado. O fim da década de 40 foi novamente bastante fértil para o compositor. Lançou, no carnaval, sucessos como Pirata da Perna-de-Pau, A Mulata É a Tal (com Antônio Almeida), Tem Gato na Tuba (com Alberto Ribeiro), Chiquita Bacana (também com Ribeiro) e brilhou com sambas como Copacabana, Fim de Semana em Paquetá e A Saudade Mata a Gente. Nesse período lançou, em disco, historinhas infantis, como Chapeuzinho Vermelho. Na segunda metade da década de 60, quando o samba-enredo tomou o lugar das marchinhas no carnaval, Braguinha reduziu sua produção musical. Mesmo assim, fez sucesso em 1980 com a marcha Balancê (de 1937), relançada por Gal Costa.
ERUDITO E POPULAR JUNTOS NA TV
Uma série de concertos voltada ao público jovem, une grandes músicos eruditos e populares em um só lugar e tem sua estréia dia 24 dezembro com especial de Natal.
Na véspera de Natal, a TV Cultura, estreiou a série Sinfonia Fina, programa musical produzido no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, em Tatuí. Formada por 26 programas semanais, de meia hora cada, Sinfonia Fina vai ao ar todos domingos, às 20h30, com apresentação de Anelis Assumpção. A estréia será Bachianas in Blue - um especial de Natal com uma hora de duração. O concerto trará obras dos respeitados compositores Villa-Lobos e Gershwin. Suas récitas reconhecidas mundialmente foram executadas pela Orquestra de Sopros Brasileira, regida por Dario Sotelo; Banda Sinfônica Jovem, do maestro José Antônio Pereira; Grupo Percussionista de Câmara, de Luis Marcos Caldana e Orquestra Paulistana de Viola Caipira, de Rui Torneze.
O programa musical
O projeto é uma iniciativa do documentarista Barrinhos Freire, coordenador geral do programa. Sua produção resultou na parceria da Secretaria de Estado da Cultura por meio do Conservatório de Tatuí com a exibição na TV Cultura. A série, voltada ao público jovem, une grandes músicos eruditos e populares em um só lugar. Com direção de Guga de Oliveira, Sinfonia Fina tem como maior objetivo proporcionar o prazer pela música, apropriando-se do veículo mais acessível a todos: a televisão. "As imagens captam detalhes de cada instrumento da Orquestra e o resultado será um salto para a televisão brasileira", define o diretor.
Cada edição vai comparar dois instrumentos musicais discutindo suas particularidades e origens, com uma prévia da biografia de cada músico. O "Sinfonia Fina" trará entre outras atrações, entrevistas com alunos e músicos, além da interpretação de cada banda convidada sobre o repertório dos músicos famosos escolhidos para cada programa.
Para Barrinhos, o Conservatório de Tatuí é um exemplo de responsabilidade social na área da cultura, e, dessa forma, transforma e dá sentido à vida de adolescentes carentes através da música. "Nada melhor do que um programa feito por jovens para jovens, reunindo música erudita e popular", define Barrinhos. Já o diretor do Conservatório, Antônio Carlos Neves, também supervisor musical do Sinfonia Fina, o novo programa, patrocionado pela Comgás, é uma contribuição para a formação musical dos jovens brasileiros.
Sinfonia Fina
Todos os domingos, às 20h30
TV Cultura
www.cartamaior.com.br