29.1.08 Morre Rubens Gerchman

25/01/2008 - Manezinho: embolador pintor
De Edith Piaff a Carmen Miranda
No ano de 1930 Manezinho Araujo ingressava como soldado no exército revolucionário, e quando o seu pelotão chegou à Bahia, o governo havia se rendido e a tropa, a título de prêmio, ganhou uma viagem para o Rio de Janeiro. No Rio, entretanto, ele chegou a passar fome e, para sobreviver, cantava em cabarés. Por sorte, ele conheceu alguns músicos e começou a se apresentar em programas de rádio, como cantador de emboladas. Ele era escalado para cantar na Rádio Mayrink Veiga, às segundas e sextas-feiras, e se apresentava em vários Estados, também. Com o passar do tempo, ficaria conhecido como "o rei da embolada". Também, no Rio de Janeiro, além de boates e cassinos, Manezinho trabalhou em outras rádios Tupi, Guanabara. Ao mudar-se para São Paulo, ingressaria na Record. Atuou como jornalista no rádio e na imprensa escrita, na Revista do Rádio a coluna Rua do Pimenta. Foi dono de restaurante, também. O seu restaurante chegou a ser freqüentado por inúmeras personalidades nacionais e internacionais, tais como Edith Piaff, Yul Brinner, Carmen Miranda, Villa-Lobos, Cacilda Becker, Raquel de Queiroz, entre tantos outros.
Trocando às artes
Em 1954, aos 44 anos de idade, no Tijuca Tênis Clube, o compositor abandonava a música e passaria à pintura. O início na pintura veio de modo inusitado, no começo da década de 1960 quando a sua esposa adqüiriu uma gravura inglesa para ornamentar a casa. Autodidata, e dizendo-se "ceguinho em técnica", Manezinho começou nas artes pintando aquarela e guache, tudo sem orientação alguma, e mais tarde passaria a pintar com tinta a óleo, quando sua esposa lhe presenteou com um conjunto de tintas, por ocasião do seu aniversário. Em estilo primitivo puro, ele passava para às telas cenas de sua infância, juventude e da maturidade, retratando as raízes do Nordeste do Brasil: pintava cidades, paisagens, palafitas, barqueiros, marinhas, pescadores e baianas. Então, o cantor famoso, Manezinho Araújo viria a se tornar um dos artistas mais conceituados do País, em se tratando do estilo primitivo. Roram mais de trinta exposições e os seus quadros sempre bem valorizados. Algumas de suas pinturas se encontram em museus regionais, como o de São Luís [MA], o de Araxá [MG], Feira de Santana [BA]. Duas de suas telas estão expostas no museu da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Portugal. Manezinho Araújo faleceu em São Paulo, no dia 23 de maio de 1993.
2008/01/14 Graciela Wakizaka: perfil
GRACIELA INÊS WAKIZAKA YAMADA, nasceu em Araçatuba, interior paulista, aquarelista, tem técnica e estilo apurados, inclusive em pigmento mineral sobre papel sendo uma das poucas a dominar esta técnica no Brasil. Formada em contabilidade, e paralelamente desenvolvia o gosto pela pintura. Fez vários cursos com renomados professores no Brasil e exterior.
Em 2001, na Seian University of Art and Design fez estágio de 8 meses no Japão - de pesquisa na técnica de pintura no estilo Japonesa “Nihonga”, coordenado peloa mestre Toshiaki Ohno. Estudou pintura de Otsu-ê coordenado pelo mestre Takahashi Shozan. Em 1991, participa de mais um curso: Aquarela avançada, coordenado pelo artista plástico Ubirajara Ribeiro, no MAN -Museu de Arte Moderna. Buscando se aperfeiçoar ela realiza cursos na FARE Arte, teoria, gravura, desenho e pintura (aquarela, óleo e guache) sob coordenação da artista plástica Márcia Porto, em 1990. Já nos anos de 1988 e 1989, fez desenho e pintura (aquarela e óleo), e desenho em nankin sob coordenada pela artista plástica Márcia Porto. Entre 1995 e 2000, ela ensinou Teoria da Arte, desenho e pintura, nas técnicas em grafite, carvão e aquarela e óleo.
EXPOSIÇÕES:
Em 2005, juntamente com mais 64 artistas, entre os quais Fang, Keniche Kaneco, Mitsuo Nakano, Denise Prado e Jorge Gushiken entre outros, participa de coletiva [Biten], na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, com duas obras com pássaros guarás que habitam o mangue de Cubatào, Santos, e recebeu mensào honrosa.
2004: Shopping Center D - Coordenação da Galeria Cassiano Araújo, onde apresentou tema “Desenho do Sol Nascente” e depois uma coletiva de pigmento mineral sobre papel.
2004: Shopping Light - Grupo Atmã, Coletiva “Arte & Expressão” - aquarela e pigmento mineral sobre Papel. No VII Festival do Japão - sob Coordenação da Galeria Cassiano Araújo Produtora Cultural Ltda. realizou mais uma mostra “Brasil-Japão, inspiração nas gravuras japonesas. Shopping Eldorado - Coordenação da Galeria Cassiano Araújo, participa de coletiva acrílica sobre tela, - “São Paulo 451 Visões”
2003: participa de coletiva do 3º Salão de Pintura Figurativa Bunkyo pigmento mineral “Nihonga” sobre papel. Em 2002, faz individual no V Festival do Japão Série “Otsu-ê”.
2001: Shiga International Association for Globalization Individual - pintura no estilo japonesa, utilizando pigmento mineral; e pintura tradicional no estilo de Otsu-ê em forma de caricaturas,
utilizando “sumi” (tinta da China).
1991: Museu de Pinacoteca do Estado de São Paulo coletiva “série modelo”- carvão sobre papel 1990: 19ª Exposição de Artes Plásticas Bunkyo coletiva, prêmio acrilex - aquarela
1989: Galeria Senac de Araçatuba coletiva - aquarela sobre papel
1989: Galeria Senac de Araçatuba - Hotary Club coletiva - aquarela sobre papel
1988: Galeria Araçatuba coletiva - nanquim sobre papel.
Em 2001, na Seian University of Art and Design fez estágio de 8 meses no Japão - de pesquisa na técnica de pintura no estilo Japonesa “Nihonga”, coordenado peloa mestre Toshiaki Ohno. Estudou pintura de Otsu-ê coordenado pelo mestre Takahashi Shozan. Em 1991, participa de mais um curso: Aquarela avançada, coordenado pelo artista plástico Ubirajara Ribeiro, no MAN -Museu de Arte Moderna. Buscando se aperfeiçoar ela realiza cursos na FARE Arte, teoria, gravura, desenho e pintura (aquarela, óleo e guache) sob coordenação da artista plástica Márcia Porto, em 1990. Já nos anos de 1988 e 1989, fez desenho e pintura (aquarela e óleo), e desenho em nankin sob coordenada pela artista plástica Márcia Porto. Entre 1995 e 2000, ela ensinou Teoria da Arte, desenho e pintura, nas técnicas em grafite, carvão e aquarela e óleo.
EXPOSIÇÕES:
2004: Shopping Center D - Coordenação da Galeria Cassiano Araújo, onde apresentou tema “Desenho do Sol Nascente” e depois uma coletiva de pigmento mineral sobre papel.
2004: Shopping Light - Grupo Atmã, Coletiva “Arte & Expressão” - aquarela e pigmento mineral sobre Papel. No VII Festival do Japão - sob Coordenação da Galeria Cassiano Araújo Produtora Cultural Ltda. realizou mais uma mostra “Brasil-Japão, inspiração nas gravuras japonesas. Shopping Eldorado - Coordenação da Galeria Cassiano Araújo, participa de coletiva acrílica sobre tela, - “São Paulo 451 Visões”
2003: participa de coletiva do 3º Salão de Pintura Figurativa Bunkyo pigmento mineral “Nihonga” sobre papel. Em 2002, faz individual no V Festival do Japão Série “Otsu-ê”.
2001: Shiga International Association for Globalization Individual - pintura no estilo japonesa, utilizando pigmento mineral; e pintura tradicional no estilo de Otsu-ê em forma de caricaturas,
utilizando “sumi” (tinta da China).
1991: Museu de Pinacoteca do Estado de São Paulo coletiva “série modelo”- carvão sobre papel 1990: 19ª Exposição de Artes Plásticas Bunkyo coletiva, prêmio acrilex - aquarela
1989: Galeria Senac de Araçatuba coletiva - aquarela sobre papel
1989: Galeria Senac de Araçatuba - Hotary Club coletiva - aquarela sobre papel
1988: Galeria Araçatuba coletiva - nanquim sobre papel.
J. Borges - o incomparável
O capeta é um grande personagem
Borges freqüentou à escola somente por dez meses, e sua intensão era de aprender e depois ler cordel para o povo. Segundo ele já fez de tudo, então, começou a trabalhar com compra e venda de cordel na feira até que um colega lhe deu a idéia de fazer sua própria literatura de cordel. Ele publicou então, em 1964, o bem-sucedido "O Encontro dos Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina", e não parou mais. Borges passou a ilustrar seus textos com sua xilogravura que agradava muito aos leitores. Na época a xilogravura era chamada de clichê de madeira e eram poucos os cordéis ilustrados assim, quase todos se utilizavam de postais ou fotos de revistas. Nos anos 1950 foi que a xilogravura começou ser mais usada. Até então ele ainda não sabia do valor de seu trabalho. "Quando o pessoal do Sul e da Universidade de Pernambuco começaram a pedir gravuras grandes foi que eu comecei ver que tratava-se de arte. A confirmação veio quando dois artistas plásticos, Ivan Marcheti e Zé Maria, respectivamente mineiro e baiano lhe encomendaram uma série de 20 gravuras. "Foram eles que mostraram meu trabalho ao Ariano Suassuna que passou a me divulgar nos jornais e TV's". Depois de uma semana começou a encher de carros na minha porta querendo comprar gravuras", diz Borges. Suassuna foi mais longe e o elegeu como melhor gravador do popular do Nordeste. Em suas gravuras ele mostra temas da região como o folclore, a alegria e a tristeza do povo do Nordeste e suas lendas. Também insere em seu trabalho imagem muito forte do capeta que tornara-se um de seus personagens.
Trabalho muito nas eleições
J. Borges continua trabalhando e agora está mais excentrico em seus cordéis e lançou "A Vida Secreta da Mulher Feia", cuja inspiração é uma professora que o visitou, e "A Chegada da Prostituta no Céu na Universidade Católica de Brasília". É categórico ao afirmar que ultimamente está escrevendo mais gracejos, algo menos sério. Porém, ratifica toda tradição do cordel, principalmente na política. "Na hora de decidir o voto sou muito procurado para escrever cordel para o pessoal que reside nos sítios e que não entendem muito a linguagem científica vinda dos jornais e das TV's"afirma J.Borges. Portanto, se Suassuna diz que ele é o melhor, porque discordar. Os interessados na obra deste mestre da xilogravura aconselha-se adqüirir a Coleção Biblioteca de Cordel, Editora Hedra ou diretamente com o autor. [francisco martins]
Contatos:
[xx 81] 3728-0364
www.lost.art.br/j_borges.htm