Revelando, imortalizando histórias e talentos
5.12.08

Padre Diniz descobriu Luiz Álvares Lima

 
"Música sensível que se dirige a sensibilidade da alma humana com ternura das suas frases tão brasileiras. Um espetáculo belo e humano composta por Luiz Álvares Lima", {FM}.

A história da música brasileira pode significar momentos de estimativa ou momentos de juízo crítico não valorativo. Precisa-se sempre que algum Colombo ou Vespúcio da musicologia resolva investigar velhos papéis; isso não acontece há séculos, como fez o padre Jaime C. Diniz com a obra de Luiz Álvares Lima.
Luiz Álvares Lima nasceu em Recife, pelos idos de 1719. Em data incerta ele seguiu para Lisboa - Portugal, onde estudou composição e tornou-se conhecido como rabequista {violino rudimentar}. É provável que tenha sido integrante da Orquestra da Capela Real. Ao retornar à Recife, foi juiz da Confraria do Livramento a qual seu pai Bazílio Álvares Pinto era um dos integrantes. Nomeado mestre-de-capela da Igreja de São Pedro dos Clérigos, fundou a Irmandade de Santa Cecília, extinta após dez anos. Munido de título de professor régio, ele lecionou música em sua instrução primária.

Professor, compositor, musicólogo e regente membro da Academia Brasileira de Música, o padre Jaime C. Diniz, se documentou com rigor historiográfico e musicológico sobre Luiz Álvares Lima, e recuperou a peça e obra-prima "Te Deum Laudemus". Tal descoberta de soberba obra, publicada e encenada, sobre regência de Padre Diniz mostrou o grandioso trabalho de Luiz Álvares Lima, que convence soberbamente do alto nível que havia atingido na música brasileira, especificamente de Pernambuco, no século XVIII.
 

 
 

Originalmente escrita para quatro vozes mistas, orquestra e baixo-contínuo, "Te Deum" foi apresentada em data estratégica, durante o IV Curso Internacional de Música de Curitiba, em 1968. Por volta das 20h30, do dia 31 de janeiro, era muito aguardada sua estréia na Igreja das Mercês. Contam que, de cada 15 pessoas 3 portavam um gravador em mãos para registrar o evento. Sem falarmos na ampla cobertura de imprensa. No altar estava o Coral do Curso de Polifonia Sacra, comandado pelo padre Diniz para execução da peça erudita.

"Te Deum Laudemus" tem Frases musicais com ternura bem brasileira como no oitavo compasso " Sanctus", que adverte para uma tendência dramática. Já em "Te Dominum" existem contrastes entre dor alegria. Outro momento magistral da obra são os comoventes duetos de contraltos e tenores, em "Tu Patris". "Te Deum" é uma verdadeira obra de arte e não mera curiosidade de museu, como tantas por aí no cancioneiro brasileiro, ad nauseam.
Além de músico Luiz Lima foi também escritor, poeta, dramaturgo chegou a escrever uma comédia em três atos "Amor Mal Correspondido" encenada em Recife, no ano de 1780. Ao morrer em 1789, ostentava também o título de sargento-mor. Foi sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Livramento, PE.

Padre Jaime Cavalcanti Diniz trabalhava no Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura de Pernambuco. Ele fez algumas revisões na obra como na semiotonia subintelecta, alterações não na prática executória. Pe, Diniz nasceu em 1924 e morreu em maio de 1989. [ Na foto > Pe. J..C. Diniz [direita] ao lado de D. Jõao Evangelista Enout O.S.B. e Mons. Guilherme Schubert em solenidade do I° Simpósio Internacional "Música Sacra e Cultura Brasileira", em São Paulo 1981] [Foto do Padre Diniz regendo o Coral - acervo Agência FM - agenciafm@gmail.com ]
 
EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 16:06  comentar

 
A mostra dá início as comemorações aos 100 anos de Burle Marx e apresenta importantes feitos do paisagista como o jardim para a avenida da Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, realizado em 1970, jóias e pinturas entre outros.

Exposição está abrigada no Paço Imperial, RJ, e faz parte das celebrações do centenário de nascimento do paulistano Roberto Burle Marx. Arquiteto, pintor é considerado o principal nome do paisagismo no Brasil e um dos melhores no mundo. Em sua carreira projetou cerca de 3.000 jardins. Com curadoria de Lauro Cavalcanti a mostra tem 335 itens abrangentes às diversas atividades exercidas pelo arquiteto, entre as quais pintura, design de jóias, ceramista, autor de cenários e tapeceiro entre outras. Mas foi ao utilizar a vegetação como principal elemento que Burle Marx se tornaria conhecido em grande parte do mundo. No ano de 1991, recebeu uma exposição de paisagismo no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Também foi responsável por projetos em Belo Horizonte, o aeroporto da Pampulha, Eixo Monumental de Brasília e o Museu de Arte Moderna e a orla de Copacabana, ambos no Rio de Janeiro. É de sua autoria, também, o paisagismo do Parque do Ibirapuera, São Paulo, que ficou incompleto. Realizou outras obras em 17 países como Venezuela e Malásia.

Perfil

Nasceu em São Paulo, a 4 de agosto de 1909, passando a residir no Rio de Janeiro a partir de 1913. De 1928 a 1929 estudou pintura na Alemanha, tendo sido freqüentador assíduo do Jardim Botânico de Berlim, lá descobriu, em suas estufas, a flora brasileira. Seu primeiro projeto paisagístico foi para a arquitetura de Lúcio Costa e Gregori Warchavchik, em 1932, passando a dedicar-se ao paisagismo, paralelamente à pintura e ao desenho.Em 1949, com a compra de um sítio de 365.000 m2, em Barra de Guaratiba, Rio de Janeiro {Estrada Burle Marx 2019 - 0xx21 2410 1412 }, onde organizou uma grande coleção de plantas. Em 1985 doou esse Sítio, com todo o seu acervo, à extinta Fundação Nacional Pró Memória, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional { IPHAN}. Em 1955 fundou a empresa Burle Marx & Cia Ltda., pela qual passou a elaborar projetos de paisagismo, execução e manutenção de jardins residenciais e públicos. De 1965 até seu falecimento, ele contou com a colaboração do arquiteto Haruyoshi Ono. Roberto Burle Marx morreu no dia 4 de junho de 1994, no Rio de Janeiro, aos 84 anos.

Serviço
Exposição "A Permanência do Instável"
Paço Imperial - pça. XV de Novembro, 48, Rio de Janeiro
0xx21 / 2533-4407
Até 22 de março de 2009
Grátis
 
 

Brasil Japão - DF

 
A Embaixada do Japão, a Agência de Cooperação Internacional do Japão – JICA – e o shopping Conjunto Nacional promovem uma exposição de painéis com imagens do Japão e da imigração japonesa no Brasil.
 
A mostra acontece na Praça das Flores, na ala norte do segundo piso do Conjunto Nacional – em frente à escada rolante, e na Praça das Artes, também no segundo piso, entre 9 de dezembro de 2008 e 9 de janeiro de 2009. As imagens que compõem a mostra abrangem a natureza e a geografia bem como a vida no Japão, a sociedade japonesa, sua cultura, cotidiano, tradições e tecnologia de ponta. Esta será a última exposição em Brasília integrada às comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil e do ano do Intercâmbio Japão-Brasil, sendo um dos eventos que marcam o seu encerramento
 
 
FONTE: Departamento de Cultura, Imprensa e Divulgação
Embaixada do JapãoSES
 
Av. das Nações Qd. 811 lote 39 -
CEP 70.425-900 Brasília-DF BrasilTel.
De >  9 de dezembro de 2008 à 9 de janeiro de 2009.
 
 
'1968' Exposições recheadas de onomatopéias como buum, argh! e sirene atordoante fazem parte da mostra dos três artistas.

 
 
Mostra coletiva dos artistas Maurício Nogueira Lima, Flávio Império e Marcello Nitsche re-visitam outubro de 1968. Marcello Nitsche,66, apresenta uma instalação onde uma barulhenta sirene com som estridente assusta e tira a calma momentânea dos visitantes. Eis que um segurança tira o aparato da tomada elétrica e a calma volta a reinar no centro cultural. A instalação " O Ó' datada de 1967 só agora foi remontada. Todas as exposições tem como tema a repressão policial e a efervescência artística daquele ano e seus reflexos vindouros. A mostra de Marcelo do paulistano Nitsche contém dez peças e 6 vídeos.

Maurício Nogueira de Lima tem seu trabalho mais voltado para a pop art devido sua figuração, objetos expostos e o conjunto de pinturas. Como comunicação de massa, as histórias em quadrinhos serviu de informação nas obras dos artistas. Não é a toa que ídolos pop como Roberto Carlos, Beatles e Pelé estão retratados em pinturas que compõem o evento. A mostra de Maurício Nogueira " Faturas da Forma" apresenta 25 obras. O artista nasceu em 1930 e faleceu em 1999, e há tempos não recebia uma retrospectiva. Ele ficou mais conhecido por sua arte concretistas paulistas, sendo formador do grupo Ruptura com Luiz Saciloto {1924-2003} e Geraldo de Barros [1923-1998].

Flávio Império foi um dos mais importantes nomes da cenografia brasileira. Sua obra plástica é infinitamente menos estudada do que a cenografia. Império participou de mostras históricas por exemplo "Opinião 1965" no MAM, RJ, onde suas colagens apresentavam grande teor político. No Centro Cultural Maria Antônia, 15 trabalhos feitos na década de 60, onde se utiliza de iconografia da época com palavras "CIA" "guerra" [obra já - 1965] por exemplo mostram seu viés crítico. Encerrando o conjunto de obras com "68 vou ver", 50 fotos sobre a batalha de Maria Antônia são espalhadas pelo chão do prédio; hoje onde se encontra a instituição, funcionava a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências da USP. Naquele fatídico outubro aconteceu a batalha da Maria Antônia entre estudantes da Universidade Mackenzie e culminou com a morte de um secundarista. [Foto> CC Maria Antônia}

Serviço

"1968 Vou Ver"
Centro Cultural Maria Antônia
Rua Maria Antônia, 294 – consolação
Ter. a sex. das 12h00 às 21h00
Sáb., dom e feriados das 10h00 às 18h00
Até 1* de fevereiro de 2009 - Grátis
[11] 3255-7182
 

Guignard na Fundação Iberê Camargo

 
Exposição "A Perder de Vista " mostra ligação entre Guignard e Iberê Camargo de quem foi aluno.

O pintor Alberto da Veiga Guignard ganha retrospectiva e será uma das mostras culturais de Porto Alegre, RS, no próximo verão. A Fundação Iberê Camargo apresenta trabalhos do pintor fluminense, entre desenhos, pinturas um total de 43 obras entre os quais as duas telas 'Noites de São João', de 1942, emprestadas pelo MoMA - Museu de Arte Moderna de Nova Iorque; Família de Fuzileiros Navais [1938] e Três Mulheres 1930, pertencentes ao Instituto de Estudos Brasileiros, de São Paulo e Família no Parque, 1940, do acervo do Museu Juan Blanes, de Montevidéu.
A montagem dessa retrospectiva sobre Guignard traça uma ligação entre os dois artistas,haja vista que Iberê Camargo foi aluno dele entre os anos de 1940/42. Naturezas-mortas, peças de uma via-sacra, cenas urbanas e familiares, vila e igrejas, trens e balões podem ser vistos até março na Fundação Iberê Camargo até 8 março de 2009. O pintor se destacou entre os demais por buscar soluções formais algo pouco feito por seus contemporâneos da década de 1940. Entre as soluções, a diluição da tinta e a distensão das formas são alguns dos seus toques refinados. Assim, desmonta toda e qualquer tentativa de classificar sua arte como ingênua. Em certos momentos, Guignard deixou em segundo plano o assunto para se dedicar mais sobre a pinturas e buscar soluções e novas perspectivas.

Perfil
Alberto da Veiga Guignard nasceu na cidade de Nova Friburgo, RJ, em fevereiro de 1896. Mudou-se com a família para a Suíça em 1907, e durante os anos 1915 a 1923 freqüentou a Real Academia de Belas Artes, em Munique. Participou de várias exposições na Europa, e , em 1929 volta ao Rio de Janeiro. No Rio ele fez sua base artística, mas no ano de 1944, recebeu um convite do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek para fundar a Escola Municipal de Belas Artes, então, ele passou a residir em Belo Horizonte, onde viria também a morrer aos 26 de junho de 1962. Leia sobre o Museu Iberê > http://formasemeios.blogs.sapo.pt/512186.html
 
O artista ganhou homenagem com " A Casa de Guignard" em Minas Gerais
Palacete Dantas – Praça da Liberdade, 317 - Belo Horizonte, MG, Brasil
' A Perder de Vista'
Até 8 de março de 2009
Museu Iberê Camargo -
Avenida Padre Cacique, 2000
Grátis
 

 

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 16:06  comentar

Dezembro 2008
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11
12

14
15
16
17
19

21
22
24
25
27

28
30
31


SITES INDICADOS
Buscar
 
blogs SAPO
subscrever feeds