Revelando, imortalizando histórias e talentos
10.1.09

Bidu Sayão: a maior cantora lírica do Brasil

 Ela foi chamada de "Glamorous Soprano Star", de "la piccola brasiliana" entre outros elogios.

Dona de uma voz límpida e delicada, a soprano brasileira Bidu Sayão foi uma das mais respeitadas artistas do Metropolitan Opera de Nova York. Seu prestígio pode ser observado a partir do hall do teatro, que ostenta um imenso quadro em sua homenagem. Ao longo de sua carreira não só conviveu mas também trabalhou com as maiores personalidades artísticas século XX, como o maestro Arturo Toscanini, um de seus grandes admiradores que a chamava de "la piccola brasiliana", com Maria Callas, Guiomar Novaes e Carmem Miranda. Além disso, foi a parceira favorita de Villa-Lobos, em uma carreira que durou 38 anos. Nesse período, emprestou sua voz e imortalizou a Bachiana n.º 5, sendo essa considerada pelo maestro como a mais perfeita gravação da obra, foi escolhida para o prêmio Hall of Fame, dado pela National Academy of Recording Arts and Sciences.

Bidu Sayão iniciou seus estudos musicais no Rio de Janeiro e aos 18 anos fez sua estréia no Teatro Municipal da cidade. Iniciou sua carreira internacional na Romênia, e aperfeiçoou seu canto em Nice, na França, com Jean de Reszke, o mais famoso professor da época, adquirindo a técnica perfeita e a delicadeza que viriam caracterizá-la. Em Roma, cidade que a viu nascer para o teatro lírico, foi surpreendida por um convite para que abrisse a temporada do Teatro Constanzi. Sua interpretação de Rosina em ‘O Barbeiro de Sevilha’, de Rossini, foi feita de forma tão admirável que lhe rendeu a entrada definitiva na lista dos grandes intérpretes líricos da Europa. Em 1925, de volta ao Brasil, cantou novamente ‘O Barbeiro de Sevilha’ antes de inaugurar outra temporada do Teatro Constanzi. Depois disso atuou nos mais importantes teatros da Europa como por exemplo Teatro São Paulo, em Portugal, Teatro Opera Comique de Paris e no Alla Scala de Milão. Excelente atriz, sua força interpretativa garantiu-lhe viver 22 heroínas diferentes, entre elas, Ceci [O Guarani, Carlos Gomes], Gilda [Rigoletto, Verdi], Mimi [La Bohéme, Puccini], Suzana [Bodas de Fígaro, Mozart] e Violeta [La Traviata, Verdi].

A grande estreia

Em 1936, a soprano brasileira fez sua grande estréia para o público norte-americano, cantando La Demoiselle Élue, de Debussy, em apresentação regida pelo maestro Toscanini, no Carnegie Hall, em Nova York. No anos de1937, estrearia no Metropolitan Opera House de Nova York [onde foi grande figura por mais de 15 anos], cantando o papel título da ópera Manon Lescaut, de Jules Massenet. O volume de convites que recebeu para cantar, na época, fez com que interpretasse 12 papéis diferentes em 13 temporadas. Em fevereiro de 1938, cantou para o casal Roosevelt na Casa Branca. Na ocasião, o presidente chegou a oferecer-lhe a cidadania americana " rejeitada na hora por Bidu, que sempre cultivou o sonho de terminar a carreira e a vida como brasileira.

Encantados com Bidu Sayão, os norte-americanos não a deixariam partir. Continuou a dar concertos através de todo o país, sempre colhendo triunfos, sendo, por isso, chamada por eles de "The Charming Singer". Em agosto de 1955, obteve um de seus maiores sucessos cantando no Hollywood Bowl. Com a Calgary Symphony Orchestra, foi chamada de "Glamorous Soprano Star". Entre idas e vindas, o "Rouxinol Brasileiro" apelido que ganhou do escritor Mário de Andrade apresentou-se diversas vezes em palcos nacionais. Esteve no Rio de Janeiro em 1926, 1933, 1935 e 1936. Em São Paulo, apresentou-se nos anos de 1926, 1933, 1935, 1936, 1937, 1939, 1940 e 1946. Durante essas temporadas, cantou O Barbeiro de Sevilha, Rigoletto, Matrimônio Secreto, Um Caso Singular, Soror Madalena, O Guarani, Manon, Romeu e Julieta, I Puritani, La Traviata, La Bohéme e Lakmé.

Em 1957, ela decidiu encerrar sua carreira artística. Com a mesma La Demosele Élue com que entrou nos Estados Unidos, ela encerrou a carreira em 1958, ainda em perfeita forma e recebendo as maiores homenagens e melhores críticas dos jornais. Em 1959, após ter encerrado a carreira nos palcos e em público, fez uma gravação da Floresta Amazônica, de Villa-Lobos, atendendo ao pedido do compositor. Com a gravação Bidu Sayão se afastaria definitivamente. Este seu último trabalho ficou definido como o "canto do cisne". Em 1995 veio ao Rio de Janeiro para ser homenageada sendo o enredo da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis. Antes de ir embora, não escondeu sua vontade de retornar ao Brasil. Balduína de Oliveira Sayão, mais conhecida como Bidu Sayão, morreu em 11 de maio de 1902 em Rockport, Maine, 13 de março de 1999. [FM –
agenciafm@gmail.com
Matéria de Francisco Martins publicada em www.boston.com , versão impressa julho 2009.
 
 

Unesco prepara: Biblioteca mundial digital

 
Mapa de 1562 mostrando o 'novo mundo' faz parte do acervo da Biblioteca do Congresso Americano, e imperatriz Thereza Cristina na Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, Brasil. Vejam mapaem primeira mão.

BERNA - SUÍÇA - 10/01 [Agência FM]  - A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura [Unesco] lançará na terça-feira,28 de abril, a Biblioteca Digital Mundial. O órgão poderá ser consultado gratuitamente via internet. A Unesco utiliza-se do acervo de grandes bibliotecas mundiais e instituições culturais de vários países, entre eles o Brasil. São dezenas de milhares de imagens, livros, mapas, manuscritos, filmes e gravações colhidos em bibliotecas em todo o mundo. Depois de digitalizados em sete idiomas para o site da Biblioteca Digital da Unesco
http://www.wdl.org/ .

Verdadeiros tesouros culturais estão entre os documentos, como a obra da literatura japonesa O Conde de Genji, datada do século 11, que é considerado um dos romances mais antigos do mundo. Também, o primeiro mapa que menciona a América, de 1507, realizado pelo monge alemão Martin Waldseemueller e que se encontra na biblioteca do Congresso americano. Entre outras raridades do novo site constam as primeiras fotografias da América Latina, cujo material integram o acervo da Biblioteca Nacional do Brasil; o maior manuscrito medieval do mundo, conhecido como a Bíblia do Diabo, do século XII, que pertencente a Biblioteca Real de Estocolmo [Suécia], e outros manuscritos científicos árabes da Biblioteca de Alexandria, no Egito. Entretanto, o documento mais antigo é uma obra pictórica de oito mil anos com imagens de antílopes ensangüentados, na África do Sul.
 

Instituições
 
 
A Biblioteca Nacional do Brasil é uma das que contribuíram com auxílio técnico e fornecimento de conteúdo ao sitio da Unesco. O projeto contou com a colaboração de 32 instituições de países como França, China, Estados Unidos, México, Grã-Bretanha, Rússia, Egito, Arábia Saudita, Egito, Uganda, Israel e Japão. A ideia de uma biblioteca digital cultura mundial gratuita foi apresentada à Unesco pelo diretor da biblioteca do Congresso americano, James Billington, ex-professor da Universidade de Harvard, que dirige a instituição cultural do congresso americano desde 1987. O objetivo da Unesco é permitir o acesso ao maior número possível de pessoas a conteúdos culturais e ajudar a desenvolver o multilinguismo. Biblioteca Nacional> www.bn.br/digi

 
Reportagem de Francisco Martins publicada na versão impressa de http://www.globe.com/ , em 25/04/2009. [Mais http://www.formasemeios.info/
 

 

EDITORIAS:
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"A ata existe mas não sou culpado pelo destino de Herzog" , disse' o senador Romeu Tuma, que atualmente está junto com o também senador surfista, Magno Malta na campanha pela pedofilia.


O hoje senador Romeu Tuma (PFL-SP), à época chefe do serviço de informações do Departamento de Ordem Política, Econômica e Social (Deops), da Secretaria de Segurança de São Paulo, foi a primeira autoridade do regime militar a denunciar o jornalista Vladimir Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura paulista. A revelação consta da ata de uma reunião da comunidade de informações, localizada no Arquivo do Estado de São Paulo e consta no livro 'Meu querido Vlado', do jornalista Paulo Markun, preso com Herzog. O livro foi lançado em 9 de novembro de 2005.
 
O senador Romeu Tuma confirmou ao Estado a existência da ata, mas disse não aceitar ser responsabilizado pelo destino de Herzog, o assassinato ele quis dizer. Tuma alega ter cumprido a sua atribuição à época - repassar informações que identificassem focos de subversão ao regime: 'Há uma distância oceânica entre isso e o que aconteceu com o jornalista Vladimir Herzog', disse. Alegou que foi ele quem preservou a documentação do Deops, entregando-a ao governo paulista.

A ata, cujo fac-símile é mostrado no livro, reporta uma reunião em 10 de setembro de 1975, 45 dias antes da prisão e morte de Herzog pelo DOI-Codi paulista. Na reunião, Tuma disse: 'Que o canal 2, através de seu departamento de jornalismo, está fazendo uma campanha sistemática contra as instituições democráticas e esse fato foi notado após ter assumido a direção daquele departamento o jornalista Wladimir (sic) Herzog, elemento sabidamente comprometido. Na biografia que mantém em seu site pessoal, o senador omite o cargo de chefe do serviço de informações e a posterior chefia do Deops.
 
Segundo o livro, os ataques a Herzog como diretor de jornalismo da TV Cultura, iniciados imediatamente após sua contratação, ganharam lógica e foram reforçados pela denúncia de Tuma. Antes de contratar Herzog, o então secretário de Cultura José Mindlin consultara o chefe do escritório do Serviço Nacional de Informações (SNI) em São Paulo, coronel Paiva, que deu o 'nada consta'. 'Há uma distância oceânica entre a ata e o que aconteceu com Herzog', diz Tuma. No dia em que Herzog começou a trabalhar, 4 de setembro de 1975, um editor antigo pôs no ar uma matéria sobre Ho Chi Min, líder do Vietnã do Norte, visto como poderoso símbolo comunista. Surpreendido, Herzog mandou suprimir a matéria do jornal da noite e demitiu o editor que a programou à tarde.

No dia seguinte, 5 de setembro, a matéria foi denunciada por Cláudio Marques, notório simpatizante do regime militar, que escrevia uma coluna no jornal Shopping News. A partir de uma sucessão de movimentos de bastidores e publicações em jornais que apoiavam a repressão, foi articulada uma escalada contra a nova direção de jornalismo da TV Cultura. No dia 7, Marques publicou outra nota, bem mais provocativa, vinculando a direção de jornalismo da Cultura ao PCB. A denúncia de Tuma veio na esteira, no dia 10. Numa das reuniões habituais da comunidade de informações para coletar e avaliar denúncias, o delegado mencionou a contratação de Herzog e o acusou de ser um 'elemento comprometido'.
 
Como última etapa da escalada, as prisões começaram a acontecer no dia 29 de setembro, quando foi detido José Montenegro de Lima, que fazia o contato da base dos jornalistas com o PCB e morreria, a seguir, durante o interrogatório, assassinado com uma injeção para sacrificar cavalos. Em 24 de outubro, Herzog foi procurado na TV Cultura por uma equipe do DOI-Codi, que acabou concordando com sua apresentação no dia seguinte, quando prestaria depoimento. Herzog se apresentou na manhã do dia 25 e horas depois estava morto. O regime militar insistiu na versão de que ele teria se suicidado, mas em 1978 a Justiça condenou o Estado brasileiro a pagar indenização por sua morte à viúva Clarice Herzog.(OBS: Quando vivo, o então senador e delegado federal Romeu Tuma tentou por três vezes retirara matéria do ar).
 
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Homenagens ao naturalista Inglês Charles Darwin e sua obra `Origem das Espécies` faz 150 anos já começaram. Na sua terra natal, já teve sua imagem impressa em selos.
 

 
 
O naturalista Darwin, pai da teoria da evolução completa 200 anos e sua mais importante obra faz 150. Charles Darwin viajou durante cinco anos, tendo sido as Ilhas Galápagos sua fonte de pesquisa. Ele tinha 22 anos quando em 1831, embarcou no navio Beagle com a função de desenhar reentrâncias mal conhecidas no litoral da costa Sul Americana. Porém, enquanto os outros tripulantes tentavam descobrir à rota, Darwin ficava em terra coletando material da flora e fauna. Ao retornar, sistematizou suas anotações e observou que as variações das espécies sucediam-se à medida que avançava. Reconheceu as Ilhas Galápagos como formações geológicas recente, e observou também que, se levasse em conta a variação entre os indivíduos chegaria à conclusão que haveria indivíduos mais aptos do que outros. Ou seja, aqueles mais adaptados ao meio seriam aqueles que procriariam em maior escala. Tal processo é a base do que denominou seleção natural. Como autor, teve em 1859 sua grande obra publicada`A Origem das Espécies` que gerou grande impacto tendo a primeira edição tiragem de 1250 exemplares, e esgotando-se no primeiro dia. O naturalista morreu em Downe, Kent, em 19 de abril de 1882.

O Brasil na rota
O Porto da Praia foi a primeira escala da expedição britânica a bordo do navio Beagle, onde Darwin era convidado naturalista. O navio partitu de Davenport a 31 de Dezembro de 1831, e a 16 de Janeiro atracou no Porto da Praia, que Darwin descreveu como um lugar “desolador”. Lá, ele visitou as praias Ribeira Grande e S. Domingos e tomou nota sobre o ambiente, as pessoas, a fauna. Ao zarpar de Cabo Verde, a expedição chega ao Brasil e visitou Bahia e Rio de Janeiro e, seguiu para a Patagônia [Argentina], as Ilhas Malvinas e a Terra do Fogo. Prosseguindo sua rota, Darwin chegou as Ilhas Galápagos, a Nova Zelândia, Austrália, Maldivas e a Tasmânia e também toda a costa ocidental da América do Sul, do Chile ao Peru, bem como as ilhas Keeling, Maurício e Santa Helena, tendo de sembarcado em Falmouth. Todo o percuso demorou quatro anos e nove meses, chegaria ao fim em 2 de outubro de 1836.

Nascimento

Charles Darwin nasceu em Shrewsbury, Shropshire, Inglaterra, em 12 de fevereiro de 1809. Foi o quinto dos seis filhos do médico Robert Darwin e sua esposa Susannah Darwin. Seu avô paterno foi Erasmus Darwin e seu avô materno, o famoso ceramista Josiah Wedgwood, ambos pertencentes a abastada família Darwin-Wedgwood e à elite intelectual da época. Sua mãe morreu quando ele tinha apenas oito anos. No ano seguinte, em 1818, Darwin foi enviado para a escola Shrewsbury. Ali, ele só se interessava em colecionar minerais, insetos e ovos de pássaros, caça, cães e ratos. Em 1825, depois de passar o verão como médico aprendiz ajudando o seu pai no tratamento dos pobres de Shropshire, Darwin foi estudar medicina na Universidade de Edimburgo. [Mais: www.ano-darwin-2009.org
 

 

Festa para Darwin


 

Livros


 

Re-edição do livro "On The Origin of Species [ Charles Darwin - Ed Penguin]


 

"Darwin Island - The Galapagos in the Garden of England"

Writer> Steve Jones, Ed. Little Brown


 

Darwin Sacred Cause - How a Hatred of Slavery Shaped Darwin's Viewes on Human Evolution. [Writers: Adrian Desmond e James Moore - Ed. Houghton Mifflin Harcourt]


 

Eventos:


 

"Darwin: Big Idea, Big Exhibition", que apresenta espécies colhidas pelo cientista.

Local: Museu de História Natural of London. [até 19 de abril de 2009].


 

"Charles Darwin and the Origin os Species", mostra com retratos do cientista e dos contemporâneos.

Local: National Portrait Gallery, London, até dia 31 de maio de 2009.


 

EDITORIAS:
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Pipocam concertos, lançamentos de discos e recitais de Londres a Tókio fazendo parte do cinquentenário do compositor brasileiro, uma popularidade quase unânime. Isso é fruto da preocupação com identidade cultural e musical existente no período.
 

Em 17 de novembro de 2009 comemoram-se o cinquentenário da morte do compositor carioca Heitor Villa-Lobos, uma das unanimidades, e, eventos já acontecem: De Tóquio a Londres incluindo as principais capitais brasileiras. Villa-Lobos nasceu em 5 de março de 1887, no Rio de Janeiro. No ano de 1900 escreveu sua primeira composição "Panqueca", peça para violão solo como uma homenagem para sua mãe Noêmia. No ano de 1913 casou-se com a também pianista Lucila Guimarães. Em 1920, começa a compor a série de choros, 14 no total, para diversas formações. Na década de 1920 viajou para Paris divulgando sua obra e se apresentou ao lado de um dos maiores violinista da época, o espanhol Andrés Segóvia. Os registros contam uma curiosa história quando de sua ida para Paris: O compositor já estava atrasado para apresentação por aproximadamente duas horas, o que deixava a plateia parisiense irritada. Ao chegar foi logo dizendo: antes que comecem a vaiar-me vou explicar-lhe o que aconteceu. O avião que trazia-me precisou fazer um pouso forçado na aldeia de Xingu. Estava eu já dentro de um caldeirão prestes a ser devorado pelos índios. Eis que pedi para um dos presentes colocar uma peça de minha autoria para tocar. Então, o chefe deles conhecia minha música. Se não fosse isso eu não estaria aqui para me apresentar para vocês. Obrigado, vamos começar”, falou Villa-Lobos.

Em 1932 ele assume o SEMA [Superintendência de Educação Musical e Artística] onde utilizava o canto orfeônico como principal método de educação musical. Conheceu Armindinha - Arminda Neves d'Almeida com quem se casou. Já em 1944 à fama internacional bate à porta e faz sua primeira viagem para os Estados Unidos da América. Em 1949 Villa-Lobos regeu uma das melhores orquestras, a da BBC de Londres. Em 1951 e 58 recebeu encomendas do Scala de Milão [Itália] e da Sinfônica de Boston [EUA]. Gravou para EMI francesa boa parte de suas obras. Em seu catálogo constam 1.500 composições; sendo 18 concertos; nove Bachianas; 14 choros; 17 quartetos de cordas e canções; 12 sinfonias. O compositor faleceu em 17 de novembro de 1959, no Rio de Janeiro.

No Brasil

Várias orquestras brasileiras como OSESP [Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo], Filarmônica de Belo Horizonte, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, de Brasília; a Sinfônica Municipal de Campinas e a Orquestra Sinfônica Brasileira [OSB] Rio de Janeiro, e outros já abriram pautas em suas temporadas para a obras de Villa-Lobos como parte das comemorações.

Eventos no mundo

Em Varsóvia, acontece nesse sábado 10, no Concert Hall com regência do maestro brasileiro John Neschling. Serão executados as obras "Choros" n* 6 com a Filarmônica de Varsóvia.

O pianista brasileiro Nelson Freire [à esquerda] fará recitais de piano solo nos dias 23 e 25 de ojaneiro. Em Paris, dia 23/01 e em Amsterdã - Holanda, dia 25/01.
 
Em Paris, a soprano Sandrine Piau apresenta as "Bachianas Brasileiras n* 5" no Théatre des Cahps Élysée.
Dia 25 de junho 'Choros n* 10', e regendo a Orquestra Sinfônica de Londres Tilson Thomas, no Barbican Center, Londres.
Em 23 de agosto 'Bachianas Brasileira n*2' 3,7,8 e9, serão interpretados pela Filarmônica de Tóquio, sob regencia do maestro brasileiro Roberto Minczuk.

Nos meses de novembro e dezembro será apresentado 'The Villa-Lobos Event', que tem como convidado especial o pianista brasileiro Marcelo Bratke. As homenagens acontecerão no Southbank Centre, Londres. Konzerthaus, em Berlim e em Bruxelas, no Conservatorie Royal.

Outros eventos - sem datas
Em fevereiro, a soprano brasileira Adriane Queiroz canta 'As Bachianas Brasileiras n*5' em Berlim.
Em maio Roberto Tibiriçá se apresenta em Portugal e na Venezuela.
Em agosto, o Cuarteto Latinoamericano apresenta na Cidade do México, com repertório de Villa-Lobos.

EDITORIAS:
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Seu olhar fixo e distante talvez ligado às memórias quando desafiou Hitler e seus seguidores. Chamada por “Anjo de Hamburgo” não mediu esforços, burlou e descumpriu ordem presidencial para salvar vidas.

 


SÃO PAULO, 22/12 - Aracy Moebius de Carvalho conheceu João Guimarães Rosa, na época cônsul-adjunto do Brasil em Hamburgo, Alemanha, em 1938, e futuro escritor de sucesso no Brasil. Guimarães Rosas já sabia da proteção que ARA oferecia aos judeus, enquanto funcionária da Embaixada do Brasil naquele país. Recém separada do marido, Aracy sentiu-se deslocada no Brasil pois na época mulher separada não era muito bem vista pela sociedade. Foi de seu passeio a casa de uma tia na Alemanha e sua fluência em Inglês, Francês e Alemão que fora contratada pela embaixada, sendo responsável pela emissão de vistos. Estava prestes a estourar a Segunda Guerra e consigo a perseguição nazista aos judeus. Os vistos para entrada no País haviam sido limitados pelo então presidente Getúlio Vargas motivado pelo
rompimento com os alemães. Ela desacatou a autoridade do presidencial e concedeu vistos quase que aleatoriamente aos alemães e judeus facilitando seus embarques ao Brasil. Entre um de seus truques para driblar o cônsul brasileiro era apresentar o passaporte sem a letra "J", que indicava a raça judia. Conseguir atestados de residências falsos também era sua especialidade, mas não aceitava dinheiro ou nada em troca. Era tudo humanitário. O testemunho é de Maria Margarethe Bertel Levy, uma senhora judia de 100 anos, que veio para o Brasil graças a bondade de ARA, como é carinhosamente chamada.

‘Anjo de Hamburgo’

A embaixada brasileira de Hamburgo por um bom tempo foi uma 'festa' para os judeus que procuravam Aracy em período integral para receberem auxílio e assim fugirem dos nazistas. Isso rendeu-lhe dois reconhecimentos: 'Anjo de Hamburgo' como é chamada no exterior e também um bosque leva seu nome em Israel. Por sua bravura em desafiar os nazistas foi a única mulher brasileira convidada para plantar uma árvore no Bosque dos Justos, em Israel, um local criado para homenagear pessoas não-judeus que salvaram vidas judias das perseguições de Hitler e seus seguidores. Também é a única brasileira que tem o nome citado no Museu do Holocausto, em Washington [EUA] e em Israel.

Casamento de mentirinha

Como ambos já haviam se casado uma vez, Aracy e Guimarães Rosas casaram-se em 1947, por procuração na Embaixada do México, no Rio de Janeiro. O casamento não era oficial, e isso dificultaria a indicação para que ambos trabalhassem na mesma embaixada. A embaixada do Equador formulou um convite para ela trabalhar como secretária, mas Aracy preferiu declinar e abandonou a vida diplomática. Em 1948, o então futuro escritor, João Guimarães Rosa foi indicado como conselheiro da Embaixada brasileira em Paris, França, e ao retornarem compraram uma casa em Copacabana, Rio de Janeiro. Nesse período ele escreveu suas obras mais famosas como 'Sagarana", Primeiras Histórias. Para ela, Guimarães Rosas dedicou sua obra mais importante: “Grande Sertão: Veredas". O escritor faleceu em 1967. Aracy de Carvalho completa 100 anos, com um olhar fixo e distante, envolto em suas lembranças. Sofrendo do mal de alzheimer, Aracy muitas vezes não reconhece o filho, Eduardo Tess,79, com quem ela mora há dez anos em São Paulo. Ele é o encarregado de contar as histórias vividas por ela. [Francisco Martins][Foto à direita Revista Época]

 

 

Claude Lévi-Strauss 100 anos


 Dono de um sorriso discreto Lévi-Strauss completa 100 anos no dia 28/11/2008. O último dos grandes pensadores vivos, foi o criador de uma 'nova escola antropológica' e responsável por desmontar bases do colonialismo ocidental. Provavelmente foi superado em alguns aspectos mas a virtude é ter sido redescoberto ainda em vida.

Claude Lévi-Strauss nasceu em Bruxelas, Bélgica, em 28 de novembro de 1908. Filho de Raymond Lévi-Strauss e Emma Lévi, franceses de origem judaica, mudam-se para Paris em 1909. No ano de 1927 ele se escreveu em direito, mas termina o curso de filosofia na Sorbonne. Em 1932 casa-se com Dina Dreyfuss, e em 1933 foi nomeado diretor do Liceu de Lion. Em fevereiro de 1935, embarca para o Brasil e desembarca em Santos[litoral paulista] e passa a viver em São Paulo, na rua Cincinato Braga, 395. Logo assumiria a cadeira de sociologia na Universidade de São Paulo. Não quis renovar o contrato com a universidade, em 1938, para poder realizar sua longa expedição pelo País, de 1935 a 1938.

Brasil
Lévi-Strauss se interessou pela etnografia através de suas viagens ao Paraná e Goiás, onde travou contato com os índios caingangues e os Carajás respectivamente. Em 1936 vai conhecer as tribos Bororós e Caduevos. Já em 1938, para finalizar sua passagem pelo País, realizaria sua grande expedição ao Mato Grosso, e através do Vale Guaporé chegaria até a Amazônia, até então quase inexplorado no Brasil; e voltaria para França logo após, 1939. Para o antropólogo paisagens não são simplesmente visuais, são objetos multissensoriais: Cheiros, cores, e impressões táteis as compõem. Muitas dessas impressões estão na obra literária ‘Tristes Trópicos’ [1955], uma autobiografia narrativa de sua passagem pelo Brasil e ensaio científico sobre os indígenas. Durante os 4 anos que ficou no Brasil percorreu vasta área territorial em busca de experiências direta com as sociedades indígenas, tendo sido encontros essenciais para a antropologia de Lévi-Strauss, consequentemente a antropologia tout court.
Brasil negou-lhe refúgio
O jovem Lévi-Straus não foi reconhecido de imediato no Brasil, mesmo porque nada havia publicado. Passaria a repercutir apenas a partir dos anos 1960 e 1970, sobretudo com os estudos sobre a sociedade gês do Brasil Central. Hoje, vários centros de antropologia do Brasil, tem no pensamento de Lévi-Strauss: contínuo, vivo e atual no sentido de que continua a gerar questões e abordagens. Foi através de sua erudição monumental que Claude Lévi-Straus inseriu seu pensamento ameríndio no horizonte da filosofia do Ocidente.
Considerado um dos mais importantes intelectuais do século XX e responsável pela revolução na antropologia, fruto do contato com os indígenas brasileiros na década de 1930. Tais contatos serviram para mostrar que o pensamento dos selvagem, ao contrário da sugestão, é ativo sutil e minucioso. Em 1939 volta à França e funda o Museu do Homem com as coleções colhidas no Brasil. Também separa-se de Dina Dreyfuss e em 1945 casa-se com Rosie-Marie Ullmo e nasce o filho Laurent.

Mesmo Lévi-Strauss não tendo se refugiado no Brasil, pois o país negou-lhe o visto em 1940, com o advento da invasão Alemão na França, 1941, sua biografia está ligada ao Brasil. Com a negativa, o antropólogo decide buscar refúgio em Nova Iorque, e retornaria para França em 1947. Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos da América, tiveram vital importância na obra de Lévi-Strauss, que sem o apoio do projeto Rockefeller de resgate de intelectualidade na Europa, o antropólogo não tivesse sobrevivido à Segunda Guerra Mundial. Foram suas primeiras publicações sobre os índios brasileiros, em Nova Iorque, que o fizeram notar nos EUA e engajaram para que ele entrasse no rol dos intelectuais a serem 'preservados'. Em 1974 toma posse da Academia Francesa, 27 de junho. E em
1982 aposenta-se do collège de France, e no ano de 1985 retorna ao Brasil, após 46 anos.

Algumas obras
Em 1958 publicou Antropologia Estrutural, dedicada a memória de Émile Durkheim [1858-1917] fundador das ciências sociais.
Publicou me 1962 ‘O Totemismo Homem’ e o ‘Pensamento Selvagem’ este último dedicado à memória do francês Maurice Merlou-Ponty [1908-1961].
De 1964 a 1971, publicou os quatro volumes de "Mitológicas".
No ano de 1973 publicou ‘Antropologia Estrutural 2’.
Em 1993 lançou História de Lince livro em que reviu toda sua obra e faz uma defesa contundente do método que sempre utilizou para analisar os mitos.
1994 publicou 'Saudades do Brasil" com fotografias do interior do Pais feitas em 1935 e 38.
Em 1996 publicou Saudades de São Paulo, com fotos realizadas entre 1935 e 1937.
Em 2008 o antropólogo e documentarista Marcelo Fortaleza Flores realiza documentário Trópico da Saudade recém-apresentado em Paris.

Programação Brasil/França
No dia 27/11, haverá leitura comentada sobre trechos de sua obra no Centro Universitário Maria Antônia [11/3255-7182]. O ciclo se encerra em 11/12, com a preleção da professora de antropologia da Universidade de Chicago, Manuela Carneiro da Cunha [Brasileira].
"O Efeito Lévi-Straus' no Brasil e nos EUA, ocorrerá no Instituto de Estudos Brasileiros [xxx11/3091-3199]
França
Colóquio internacional Claude lévi-Strauss 'un Parcours dans le Siècle [o percurso de um século], organizado pelo Collège de France, Paris, no dia 25 .
O Museu Quai Branly promove dia 28/11, uma jornada dedicada ao antropólogo, com exposição de fotos feitas no Brasil nos anos 1930, e em Bangladesh, além de documentários, peças etnográficas e leituras de trechos de sua obra.
 
EDITORIAS:
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2009 será comemorado o centenário da morte do autor de 'Os Sertões'

 
 
Volume atualizado de seus livros e exposições marcarão o centenário da morte de Euclides da Cunha, assassinado em nome da honra pelo tenente Dilermando de Assis.
 

Centenário de morte de Euclides da Cunha promete ser um evento literário muito bem comemorado. O autor de clássicos como 'Os Sertões' foi morto em 15 de agosto de 1909 pelo tenente Dilermando de Assis. Cunha, além de escritor era engenheiro, sociólogo, historiador e repórter de o Estadão [jornal O Estado de São Paulo]. Em nome de sua honra ele entrou na casa do militar, Dilermando, disposto a matar ou morrer, uma vez que sua mulher Ana de Assis o abandonara pelo tenente, que alvejou Euclides da Cunha primeiro.

Sem dúvida o literato será o principal homenageado de 2009 pela Academia Brasileira de Letras, segundo informou seu presidente Cícero Sandroni, que aproveitou para dizer" A ABL dedicará grande parte de sua programação de 2009 à escrita de Euclides da Cunha'. Ciclos de palestras, visitas guiadas, novas edições tudo para exaltar um dos maiores escritores do País, cuja principal obra "Os Sertões", é um marco na literatura do Brasil. Não menos importante é também sua outra obra 'À Margem da História' publicado meses depois do assassinato do escritor. Nessa obra inclui os melhores textos que já foram escritos sobre o País e a Amazônia. O escritor nasceu em 1866 e morreu em 1909.
 
 
 
Perfil
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em Cantagalo, RJ, dia 20 de janeiro de 1866. Eescritor, professor, sociólogo, repórter jornalístico e engenheiro, tendo se tornado famoso internacionalmente por sua obra-prima, “Os Sertões”, que retrata a Guerra dos Canudos. 1874 – Inicia os estudos no Instituto Colegial Fidelense.
 
1877 – Estuda no Colégio Bahia, em Salvador (BA), durante um breve período em que morou naquela cidade, na casa de sua avó paterna. Em 1879, Muda-se para a cidade do Rio de Janeiro (RJ), e estuda no Colégio Anglo-Americano.
1885 - Ingressa na Escola Politécnica para cursar Engenharia. Freqüenta somente por um ano, pois é obrigado a desistir por motivos financeiros.
1886 – Matricula-se na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, no curso de Estado-maior e Engenharia Militar da Escola Militar, medida adotada porque a Escola pagava soldo e fornecia alojamento e comida.  Tinha, entre seus colegas, Cândido Rondon, Lauro Müller, Alberto Rangel e Tasso Fragoso.
1888 – Sua matrícula na Escola Militar da Praia Vermelha é trancada, face ao ato de protesto durante uma visita do Ministro da Guerra, conselheiro Tomas Coelho, do último gabinete conservador da monarquia. 1892 - Conclui o curso na Escola Superior de Guerra e é promovido a tenente, seu último posto na carreira.
 
 
1897 – Volta a colaborar no jornal “O Estado de São Paulo”. Cobre a 4ª Expedição contra Canudos, como correspondente daquele jornal. Em seus artigos, afirma sua certeza na vitória do governo sobre os conselheristas. O presidente Prudente de Morais o nomeia adido do estado-maior do ministro da Guerra, marechal Carlos Machado de Bittencourt. Torna-se sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.
 
1898 – Reassume seu cargo na Superintendência de Obras Públicas de São Paulo. Publica, em “O Estado”, o “Excerto de um livro inédito”, trechos de “Os sertões”, em que defende a tese de que o sertanejo é um forte, cuja energia contrasta com a debilidade dos “mestiços” do litoral.
 
1901 – É nomeado chefe do 5º Distrito de Obras Públicas, com sede em São Carlos do Pinhal (SP), onde conclui “Os sertões”.
 
 
1905 - Realiza viagem heróica pelo Rio Purus, na Amazônia, chefiando missão oficial do Ministério das Relações Exteriores. Percorre cerca de 6.400 quilômetros de navegação, alguns trechos inclusive a pé. A comissão chega à foz do rio Purus em 09/04. De volta, redige, com o comissário peruano, o relatório da expedição.
 
 
1907 – Publica “Contrastes e confrontos”, pela editora Livraria Chardron, do Porto (Portugal). Nasce Luís Ribeiro da Cunha, registrado como seu filho, mas que irá adotar, já adulto, o sobrenome Assis, de seu pai biológico Dilermando. Profere, com grande sucesso, no Centro Acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito de São Paulo, a conferência “Castro Alves e seu tempo”.1908 – Escreve o prefácio do livro “Poemas e canções”, de Vicente de Carvalho. Em “Antes dos versos”, expõe sua concepção da poesia moderna. Publica no “Jornal do Commércio”, a crônica “A última visita”, sobre a inesperada homenagem de um anônimo estudante a Machado de Assis em seu leito de morte.
 

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A mostra dá início as comemorações aos 100 anos de Burle Marx e apresenta importantes feitos do paisagista como o jardim para a avenida da Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, realizado em 1970, jóias e pinturas entre outros.

Exposição está abrigada no Paço Imperial, RJ, e faz parte das celebrações do centenário de nascimento do paulistano Roberto Burle Marx. Arquiteto, pintor é considerado o principal nome do paisagismo no Brasil e um dos melhores no mundo. Em sua carreira projetou cerca de 3.000 jardins. Com curadoria de Lauro Cavalcanti a mostra tem 335 itens abrangentes às diversas atividades exercidas pelo arquiteto, entre as quais pintura, design de jóias, ceramista, autor de cenários e tapeceiro entre outras. Mas foi ao utilizar a vegetação como principal elemento que Burle Marx se tornaria conhecido em grande parte do mundo. No ano de 1991, recebeu uma exposição de paisagismo no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Também foi responsável por projetos em Belo Horizonte, o aeroporto da Pampulha, Eixo Monumental de Brasília e o Museu de Arte Moderna e a orla de Copacabana, ambos no Rio de Janeiro. É de sua autoria, também, o paisagismo do Parque do Ibirapuera, São Paulo, que ficou incompleto. Realizou outras obras em 17 países como Venezuela e Malásia.

Perfil

Nasceu em São Paulo, a 4 de agosto de 1909, passando a residir no Rio de Janeiro a partir de 1913. De 1928 a 1929 estudou pintura na Alemanha, tendo sido freqüentador assíduo do Jardim Botânico de Berlim, lá descobriu, em suas estufas, a flora brasileira. Seu primeiro projeto paisagístico foi para a arquitetura de Lúcio Costa e Gregori Warchavchik, em 1932, passando a dedicar-se ao paisagismo, paralelamente à pintura e ao desenho.Em 1949, com a compra de um sítio de 365.000 m2, em Barra de Guaratiba, Rio de Janeiro {Estrada Burle Marx 2019 - 0xx21 2410 1412 }, onde organizou uma grande coleção de plantas. Em 1985 doou esse Sítio, com todo o seu acervo, à extinta Fundação Nacional Pró Memória, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional { IPHAN}. Em 1955 fundou a empresa Burle Marx & Cia Ltda., pela qual passou a elaborar projetos de paisagismo, execução e manutenção de jardins residenciais e públicos. De 1965 até seu falecimento, ele contou com a colaboração do arquiteto Haruyoshi Ono. Roberto Burle Marx morreu no dia 4 de junho de 1994, no Rio de Janeiro, aos 84 anos.

Serviço
Exposição "A Permanência do Instável"
Paço Imperial - pça. XV de Novembro, 48, Rio de Janeiro
0xx21 / 2533-4407
Até 22 de março de 2009
Grátis

 

 

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O Repórter Esso, na voz de Heron Domingues, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi o primeiro a noticiar a morte da Pequena Notável. Carmen nunca mais voltaria à terra natal, o que não impediu que a câmara municipal do Marco de Canaveses desse seu nome ao museu municipal. As comemorações de seu centenário inicia-se em 9 /02/2009.

Nascida na freguesia de Várzea da Ovelha e Aliviada, conselho de Marco de Canaveses, em Portugal, Maria do Carmo Miranda da Cunha ou simplesmente Carmen Miranda, apelido que ganhou no Brasil, graças ao gosto que seu pai tinha por óperas. Ela era a segunda filha de José Maria Pinto Cunha, barbeiro, {1887 – 1938} e de Maria Emília Miranda {1886 – 1971}. Seu pai imigrou primeiro para o Brasil e instalou-se no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe, Maria Emília, acompanhada da filha mais velha, Olinda e de Carmen, que tinha um ano de idade, e viriam se juntar a José Maria esposo e pai respectivamente. José Maria abriu um salão de barbeiro na rua da Misericórdia, 70, em sociedade com um conterrâneo, e a família passou a morar no sobrado acima do salão. E mais tarde mudariam-se para a rua Joaquim Silva, 53, na Lapa. No Brasil nasceram os outros filhos do casal: Amaro - 1911, Cecília -1913-, Aurora -1915 – 2005 e Oscar -1916.
Carmen Miranda fez seus estudos na escola Santa Teresa, na rua da Lapa, 24. Quando tinha 14 anos arranjou seu primeiro emprego, em uma loja especializada em gravatas, e depois em uma chapelaria ganhando 40.000 réis por dia. Cometam que foi demitida por passar a maior parte do tempo cantando. Nesse período, a família Miranda da Cunha sairia da Lapa e iriam residir em um sobrado na Travessa do Comércio, 13. No ano de 1926, Carmen já tentava a carreira de artista, e apareceu em uma fotografia na seção de cinema do jornalista Pedro Lima, da revista Selecta. Então em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros que se encantou com seu talento e passou a promovê-la em gravadoras, teatros. Naquele mesmo ano gravaria pela gravadora alemã Brunswick os primeiros discos com ‘Não Vá Sim'bora’, um samba, e o choro ‘Se O Samba é Moda’. Já pela gravadora Victor, gravou ‘Triste Jandaia’ e ‘Dona Balbina’.

O começo da carreira artística

O primeiro sucesso de Carmen Miranda viria em 1930, com a marcha "Pra Você Gostar de Mim" {"Taí"}, de Joubert de Carvalho. Porém, antes do fim do ano, já era apontada pelo jornal O País como a maior cantora brasileira. Em 1933 impulsiona a carreira artística de sua irmã Aurora. No mesmo ano, Carmen assina um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga, e ganharia dois contos de réis ao mês. Foi a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando o habitual era o cachê por participação. Em 30 de outubro do de 1930, realiza sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires. Ela voltaria à Argentina no ano seguinte, para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano.

Carreira cinematográfica no Brasil

Em 20 de janeiro de 1936 estreou no cinema com ‘Alô, Alô Carnaval’, ao lado de sua irmão Aurora, em que aparecem na famosa seqüência em que cantam "Cantoras do Rádio". No mesmo ano, as irmãs passam a integrar o elenco do Cassino da Urca, propriedade de Joaquim Rolla. A partir daí se dividem entre o palco do cassino e excursões freqüentes aos diversos estados brasileiros e à Argentina. Quando de uma apresentação para o astro Tyrone Power, teve a chance de uma carreira nos Estados Unidos. Em pleno ano de 1938, Carmen recebia um salário de 30 contos de réis mensais no Cassino da Urca, logo não sentiu-se atraída pelos EUA. No ano seguinte Shubert aporta no Rio de Janeiro juntamente com a atriz Sonja Henie e assinam contrato com o cassino da Urca, mas ele estava interessado em Carmen, que então assina contrato para atuar nos EUA, mas a cantora fez questão de levar o Bando da Lua para a acompanha-la.

O começo da consagração

 

 


Sua consagração começaria em 29 de maio de 1939, quando filmou ‘The Gang's All Here’ e também estrearia na revista "Streets of Paris", em Boston. O êxito de sua estréia fez a imprensa norte-americana se render à sensualidade e ao talento da cantora luso-brasileira. Ao desembarcar em Nova Iorque declarou: "Vocês verão principalmente que sou cantora e tenho ritmo". As participações teatrais de Carmen aumentam a medida em que cresce o seu reconhecimento. Em 5 de março de 1940 se apresenta durante um banquete oferecido ao presidente Franklin Delano Roosevelt, na Casa Branca - Washington. Em 10 de julho retorna ao Brasil, onde é recebida com enorme ovação pela população carioca. Entretanto, na sua apresentação para a cúpula do Estado Novo no Cassino da Urca, ela é apupada pelo grupo germanista do governo, que via em Carmen Miranda uma influência muito "americanizada". Isso lhe magoaria. No mesmo mês gravou seus últimos discos no Brasil, e respondeu com bom humor às acusações de ter esquecido o País. Em 3 de outubro, ela volta aos Estados Unidos da América, e imprime a marca de seus sapatos e mãos na Calçada da Fama do Chinese Theatre, de Los Angeles. Entre os anos de 1942 e 1953 Carmen Miranda atuou em 13 filmes em Hollywood e participou dos mais importantes programas de rádio, televisão, cassinos e casas noturnas e teatros norte-americanos.

Vida amorosa mal sucedida

Ela manteve romances com vários astros de Hollywood como por exemplo os atores John Wayne e Dana Andrews. No fim da Segunda Guerra Mundial, 1946, Carmen é a artista mais bem paga de Hollywood e por conseqüência a mulher que mais paga imposto de renda nos EUA. Em 17 de março de 1947 casou-se com David Sebastian, norte-americano nascido em Detroit a 23 de novembro de 1908, um fracassado funcionário de uma produtora de cinema, e começaria ali a decadência física da notável, inclusive ao álcool, do qual ela também logo se tornaria dependente. O casamento dava sinal de crise logo nos primeiros meses, mas muito católica que era, não aceitava o divórcio. Em 1948 engravida de David, e sofre um aborto espontâneo depois de uma apresentação. Seu vício não pararia somente no álcool, tornaria totalmente dependente de barbitúricos – isso vinha desde o início de sua carreira nos EUA. Carmen Miranda adquiria as drogas com receitas obtidas legalmente e não percebia os seus efeitos, e usava em quantidades cada vez maiores. O passo seguinte seria potencializar-se como usuária de tabaco e álcool e das drogas.

A morte nos EUA

Em 3 de dezembro de 1954, após uma ausência de 14 anos ela retorna ao Brasil, e está sofrendo os efeitos da dependência química. É internada em uma suíte do Copacabana Palace Hotel, onde fica quatro meses. O seu médico brasileiro constata a dependência química e tenta desintoxicá-la. Ela melhora, porém não abandonou completamente os remédios, o álcool e o cigarro. Ligeiramente recuperada, Carmen retorna para os EUA em 4 de abril de 1955. Imediatamente volta às apresentações. Faz uma turnê por Las Vegas e Cuba entre nos meses de maio e agosto, e volta a fazer uso dos barbitúrico. No início de agosto, ao gravar uma participação especial no programa televisivo do comediante Jimmy Durante, um número de dança sofre um ligeiro desmaio e desequilibra-se e cai, amparada por Durante. Recupera-se e termina o número. Na mesma noite, recebe amigos em sua residência em Beverly Hills, à Bedford Drive, 616. Por volta das duas da manhã, após beber e cantar algumas canções para os amigos presentes, ela sobe para seu quarto, acende um cigarro e começa a se preparar para dormir. Retira a maquiagem, veste um robe e caminha rumo à cama com um pequeno espelho à mão. Um colapso cardíaco fulminante derrubou Carmen Miranda, que caiu morta sobre o chão. Seu corpo foi encontrado pela empregada na mesma noite do dia 5 de agosto de 1955. Tinha 46 anos.

Em 12 de agosto de 1955 seu corpo embalsamado desembarcou de um avião no Rio de Janeiro, e 60 mil pessoas compareceram ao seu velório, realizado no saguão da Câmara Municipal, e dali o cortejo seguiria para o Cemitério São João Batista, e acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas que cantavam esporadicamente sua canção 'Taí". No ano seguinte, o prefeito do Rio de Janeiro - capital do Brasil na época -, Francisco Negrão de Lima assinou decreto que criava o Museu Carmen Miranda, inaugurado em 1976 no Aterro do Flamengo. Em 9 de fevereiro de 2009 comemoram-se os 100 anos de seu nascimento. [Fausto Visconde / Francisco Martins –
agenciafm@gmail.com
 
 
{Arte do artista plástico e compositor Edson Fernandez: edsonshow@ig.com.br }
 

 
MUSEU
 
Rua Rui Barbosa, alt, 560
[21] 2299-5586 -
Pq do Flamengo -
 
 

Edgar Allan Poe: 200 anos

 
Escritor de "O Corvo" e " O Coração Denunciador" faz 200 anos de seu nascimento e ainda mantém grande influência na literatura atual. Foi um personagem entregue às manias, vícios etc. Até Machado de Assis bebeu na fonte de Poe.
 

Dia 19 de janeiro de 2009 serão comemorados os 200 anos de nascimento do escritor Edgar Allan Poe. Ele deixou um grande legado à literatura sendo seus rastros identificados no trabalho de diversos escritores. Obras de grandes autores que o sucederam como Kafka, Henry James, Rimbaud, Baudelaire, Thomas Mann, Machado de Assis [ Os Bruxos de Cosme Velho - quase uma tradução de O Corvo ], Fernando Pessoa, Nabokov entre outros beberam na fonte não só da literatura fantástica de Poe, sem o qual a literatura seria quase inconcebível. Poe escreveu os primeiros exemplos de narrativa cientifica e também moderna poesia, o romance policial pedagógico, como o romance 'Os Assassinatos da Rua Morgan', cujo principal personagem é o investigador Auguste Dupin. Teve Como maior interprete Bela Lugosi.
Edgar Allan Poe nasceu no de uma família escocesa-irlandesa, era filho do ator David Poe Jr., que abandonou a família em 1810, e da actriz Elizabeth Arnold Hopkins Poe, que morreu de tuberculose em 1811, ele ficou órfão muito cedo. Conheceu a pobreza e passou levar uma vida muito atribulada sem vínculos familiares ou amizades. Morreu aos 40 anos e os motivos sinalizam para misturas de drogas e álcool. Ele foi como um personagem construído para se abandonar às manias, neuroses e vícios. Era como se a verdade gerasse tormentos para ele. Após ser acatado pelo empresário de sobrenome Allan, ele foi estudar na Universidade de Virgínia, EUA. Lá, iniciou uma vida de bebedeira e jogatina e dívidas. O álcool marcaria toda sua carreira: constantes trocas de moradias e empregos em jornais e projetos que não saiam do papel, onde colocava o que gostaria que pensassem sobre ele: uma pessoa bem nascida e educada no exterior que teria levado uma vida fantástica tanto quanto de Arthur Gordon Pym, de 1.838.
Poe, autor de contos como "A Queda da Casa de Usher" colecionou desafetos e infortúnios. Depois de um dia tumultuado fora levado para um hospital, no dia 7 de outubro de 1849, onde teria balbuciado " Senhor ajudai minha pobre alma". A verdadeira causa de sua morte nunca foi definitiva. São várias as hipóteses: sífilis, diabetes, doenças cerebrais ou raiva. O motivo mais provável é que sua morte foi causada pela bebida. Edgar Allan Poe nasceu em Boston, 19 de janeiro de 1809 e faleceu em Baltimore, 7 de Outubro de 1849.

Poe nas artes

Sua primeira obra foi adaptada para o cinema exatamente há cem anos, "O Poço e o Pêndulo" 1909, por Henri Desfontaines. De lá para cá alguns honraram e outros maltrataram as obras de Edgar Allan Poe. Bunuel assinou o roteiro de "A Queda da Casa de Usher", 1928, dirigido por Jean Epstein, e Fellini, dirigiu Toby Dammit, 1960. Roger Corman, nos mesmos anos 60, adaptou várias obras de Poe entre eles > " A Máscara da Morte Rubra"e o "Corvo" seu texto mais adaptado para o cinema. Um pouco mais recente, Roger Vadim dirigiu "Histórias Extraordinárias".
Em 1920, uma peça inacabada de Debussy baseada na obra literária de Allan Poe " A Queda da Casa de Usher", foi fonte de inspiração para o músico minimalista Philip Glass que fez uma versão cuja première fora feita no Brasil, em 1980. Uma versão de 2006, feita pela inglesa Phyllida Lloyd, utilizada recentemente na trilha do filme Mamma Mia ! sobre a vida do grupo sueco Abba, é mais recomendável do que a de Glass.
Para 2009 Sylvester ‘rambo’ Stallone promete uma cinebiografia de Poe para o cinema, com roteiro do próprio Stallone. O ator convidou Stanley Kubrick , Roman Polanski para dirigir a película, mas nenhum se agradaram do leram. Sobrou todas as funções para ele mesmo.

No Brasil
O grupo teatral Cia. o Grito [Roberto Moretho, Alessandro Hernandez e Lela Rapozo], estão preparando uma montagem: Poe, Edgar, com estreia prevista para maio, em São Paulo. O ponto inicial da peça são os trabalhos " O Corvo", "Os Assassinos da Rua Morgan e " O Gato Preto". Durante a encenação o grupo planeja projetar imagens dos longas.
 

 

100 anos de Patativa do Assaré

 
Patativa do Assaré é uma das principais figuras mais representativas da música do Nordeste do País do século XX, um sujeito regional e universal ao mesmo tempo.

Antonio Gonçalves da Silva, nasceu em Assaré, Caerá, em 5 de março de 1909. Nascido em uma família humilde que viviam da agricultura de subsistência. Logo cedo ficou cego de um olho por causa de uma doença e aos novo orfão de pai, ele passa a ajudar sua família no cultivo das terras. Quando fez 12 anos, foi pela primeira vez à escola, sendo alfabetizado por apenas alguns meses. Foi a partir dessa época que se interessou pelo repente, passando a se apresentar em festas.
O pseudônimo Patativa, surgiu quando tinha 20 anos, por ser sua poesia comparável à beleza do canto da ave. Foi no Crato, sul do Estado do Ceará, onde participava do programa da rádio Araripe, declamando seus poemas. Em uma de suas apresentações é ouvido por José Arraes de Alencar que, convencido de seu potencial, passa a lhe dar o apoio e o incentivo para a sua primeira publicação Inspiração Nordestina, 1.956, com reedição em 1967 dessa vez com título de Cantos do Patativa. Lança em 1970 a coletânea de poemas, Patativa do Assaré: novos poemas comentados, e em 1978, Cante lá que eu canto cá. Entre os anos de 1988 a 1994 foram lançados os seguintes livros: Ispinho e Fulô e Aqui tem coisa. Foi casado com Belinha, com quem teve nove filhos. Faleceu na mesma cidade onde nasceu. O poeta obteve popularidade nacional, e é detentor de diversas premiações, títulos e homenagens como Doutor Honoris Causa, pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC, em Fortaleza,1977 e Prêmio do Ministério da Cultura na categoria Cultura Popular entregue pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso e em Assaré, Ceará foi inaugurado o Memorial Patativa do Assaré, 1999.

Estilo

Seu trabalho se distingue pela marcante característica da oralidade. São poemas feitos e guardados na memória, para depois serem recitados. Vem daí o impressionante poder de memória de Patativa, capaz de recitar qualquer um de seus poemas, mesmo após os noventa anos de idade. Sua entonação, voz, ritmo, pausas e o pigarro além da linguagem corporal através de expressões faciais, perdem quando transcritas para parte gráfica. Patativa transitava entre todos os campos com facilidade camaleônica e capacidade.
Sua criação intelectual ainda está por ser totalmente compreendidas pelos acadêmico. É uma obra dimensionada tanto na estética quanto política. Aborda diferentes temas e outras vertentes, sempre com temática de um social-militante. Ele evoca a telúrica, filosofia, religiosa, o lirismo e um humor ácido. Tentar categorizar a obra de Patativa do Assaré não é missão fácil, pois muitas vezes são subjetivas e sem base teórica. Estes, em grande parte, baseados preconceitos e em pressuposições que direcionam a dois extremos; a idealizada do mito e a exclusão pela classe social, escolaridade entre outras. Vários eventos em comemoração aos 100 anos, entre eles um documentário “Ave Poesia” de Rosemberg Cariry. O poeta era casado com Belarmina Cidrão {Belinha} com que teve 9 filhos, faleceu em 8 de julho de 2002 em sua terra natal. {No alto, Patativa, Belinha e Rosemberg Cariry}.
 
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