
Alguns consumidores conscientes e outros não tanto vem comprando gato por lebre. Muitos sabem e mesmo assim compram supostas obras de Francisco Lisboa, o Aleijadinho, somente para exibir em suas residências obras cujo certificado de autenticidade é fabricado por uma gangue de críticos de arte. O Golpe é articulado pelos principais críticos de arte atuantes nos jornais de Minas Gerais, São Paulo e do Rio de Janeiro. Altos funcionários de gestões passadas e da atual do IPHAN, museólogos estão envolvidos nos golpes em seus referidos estados. Seria muito mais sensato se os ‘desbravadores’ críticos e quadrilha identificassem os verdadeiros autores das esculturas e se utilizassem de seus veículos para valorizar tais artistas e não enterrá-los de uma vez por toda.
O golpe é simples: Obras de artistas que tinham em Aleijadinho sua referência e não obtiveram nenhuma expressão como escultor, são compradas pelos mafiosos e depois tem sua autoria atribuída ao Aleijadinho. Não é difícil de se encontrar traços semelhantes ao de Aleijadinho, é até muito comum. É ai onde a gangue atua, na semelhança. Eles tem mecanismos próprios e burocráticos para dar certificados de autenticidade às obras.
Quando morreu apenas 160 obras constavam como sendo de sua autoria. De lá para cá as obras de Aleijadinho dão cria, e vem se multiplicando a cada ano. Estima-se que apenas 12% das obras de sua autoria não tinham sido encontradas , inventariadas após sua morte. Ou seja, todas as obras de sua autoria são de conhecimento público e tudo o que aparecer acima desses 12% soa a falsificação. Uma porcentagem muito superior, atualmente existem 640 obras espalhadas por gabinetes, salas e bibliotecas particulares que figuram como sendo de autoria de Aleijadinho. Não são. Tem função de placebo para seus proprietários que sonham ostentar um legítimo Aleijadinho e não tem coragem de roubar uma igreja ou um dos profetas.
Para dar credibilidade as supostas peças do escultor mineiro, os mafiosos das artes formam associações cujo único intuito deveria ser a autenticidade, a veracidade de uma obra e não falsidade de certificados. Os renomados críticos de arte - aqueles que você confia seu release de exposição, sua tela -, aqueles que atuam nos chamados grandes jornais e revistas do país; gozariam de suposta credibilidade em seus escritos. Pois bem, não passam de estelionatários da arte, e seria de muito bom tom que ao emprestar sua tela ou escultura retornasse-lhe uma falsa. {Francisco Martins - agenciafm@gmail.com }
SOBRE Aleijadinho: http://formasemeios.blogs.sapo.pt/140292.html