Revelando, imortalizando histórias e talentos
4.3.11
Uma técnica conhecida como hipnose erótica parece estar se popularizando na Argentina como ferramenta para induzir experiências sensuais e ajudar pessoas com disfunções sexuais.

Sem o uso de clichês, como um relógio balançando ou alguém dizendo "você está se sentindo cansado", a técnica é utilizada para obter algo próximo de uma experiência sexual sem contato físico.

"A hipnose erótica está na moda agora, e vemos isso pelo interesse que vem despertando em publicações especializadas ou na mídia", afirmou à BBC o psicólogo clínico Carlos Malvezzi Taboada, do Instituto Gubel, de Buenos Aires.

O terapeuta explica que o famoso relógio usado para hipnotizar nada mais é que ficção. Na verdade, a técnica é uma modalidade comunicacional em que o profissional, por meio da palavra, leva a pessoa a um estado de meditação profunda, aumentando sua capacidade de percepção.

"Mas a pessoa sabe permanentemente quem é e nunca perde a consciência", diz Malvezzi.

Para ele, na clínica onde trabalha, o uso da hipnose não tem como objetivo aumentar o estímulo erótico, mas sim ajudar a quem sofre de disfunções sexuais.

"A pessoa é guiada, e a ela é proposto que faça um relato erótico por meio de um estado de distensão em que ela está mais receptiva”, diz o especialista. Segundo ele, isto faz com que a pessoa se abra mais em relação a aspectos que ficam reprimidos quando está em vigília.

Malvezzi diz que, quando uma paciente que sofre de anorgasmia (inibição do orgasmo) está em relaxamento profundo, ela possivelmente comentará sobre temas sem relação direta com sexo, que a permitiriam reviver as etapas do encontro sexual de maneira metafórica, levando a uma mudança no comportamento.

Já se o caso é de um homem com disfunção erétil, o especialista busca evocar momentos de satisfação e lembranças de experiências prazerosas para que, no estado de hipnose, a pessoa volte a se sentir capaz e reduza sua angústia.

Críticas

A técnica da hipnose erótica tem seus críticos. "Há certo exagero no uso da hipnose clínica para tratar os problemas sexuais", disse à BBC o sexólogo e professor da Universidade de Buenos Aires Juan Carlos Kusnetzoff.

"Ela pode ser usada, mas alternada com outros procedimentos que fazem parte da terapia sexual", afirmou.

"Depende muito também da habilidade do profissional e da capacidade de reação do paciente, já que nem todas as pessoas são sensíveis à hipnose. Isto apenas atinge uma percentagem pequena da população sobre a qual se atua".

À primeira vista, é difícil determinar se uma pessoa está em um estado de meditação profunda qualificada como hipnose. Para constatar isto, especialistas defendem que se faça uma tomografia de emissão de pósitrons - antipartícula do elétron - para medir os fluxos sanguíneos no córtex cerebral.

Existe grande oferta de livros e vídeos, principalmente nos Estados Unidos, para que a pessoa entre em hipnose erótica sozinha. Especialistas não recomendam isto, além de criticar as clínicas que operam esta técnica sem a presença de médicos.

"Na Argentina, como na maioria dos países da América Latina, somente médicos podem realizar hipnose", diz Malvezzi.

Riscos

Entre os principais riscos apontados por especialistas, está a possibilidade do paciente entrar em um estado tão profundo de hipnose que não consiga sair, como se fosse uma hibernação.

Outro motivos de preocupação é que o indivíduo comece a preferir a experiência sexual com hipnose e não a realizada com outra pessoa. "Se vejo que a pessoa tem fortes rasgos de narcisismo, o mais provável é que adquira um vício, como se fosse uma droga", diz o psicólogo.

Os médicos também advertem para o perigo do abuso que pode ocorrer em uma situação de hipnose erótica com alguém sem experiência, que possa se deixar levar pela situação que esteja recriando. MAIS: http://www.bbcbrasil.com.br/
EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 17:58  comentar

 

 




Exposição britânica mostra carta de amor de mais de 530 anos. A carta com a palavra 'valentine' (em destaque) foi escrita há mais de 530 anos


Neste mês em que boa parte dos países do mundo comemora, no dia 14, o Dia dos Namorados, a Biblioteca Britânica de Londres está expondo o mais antigo documento contendo a palavra Valentine ("namorado", em tradução livre) de que se tem conhecimento na língua inglesa.

Trata-se de uma carta de amor enviada em 1477 por Margery Brews a John Paston. Nela, a remetente pede ao destinatário que não desista dela, apesar da recusa, pelos pais de Brews, em aumentar o dote da filha. Como parte da exposição, os pesquisadores da Biblioteca Britânica localizaram os descendentes de Brews e do seu amado.

Margery e John
Até os 33 anos de idade, John Paston 3º tentou encontrar a esposa certa: ela tinha de ser de boa família, bonita e, acima de tudo, rica. Entretanto, com o passar do tempo, cartas escritas por John ao irmão mais velho mostram que seus critérios foram sendo reavaliados - ele se contentaria com menos, desde que ela tivesse dinheiro.

Tudo isso mudou quando ele conheceu Margery, a filha de 17 anos de Thomas Brews. Embora ela fosse de uma boa família, não era uma herdeira e seu pai tinha outras filhas, portanto seu dote era pequeno.

Apesar de John estar apaixonado, a família Paston exigiu um dote maior. A situação parecia ter chegado a um impasse até que as mães do casal intervieram e o casamento aconteceu, em 1477. Em mensagem ao seu ryght welebeloued Voluntyne, em inglês arcaico, (right well-beloved Valentine, em inglês moderno, ou “querido namorado”, em tradução livre), Brews promete ser uma boa esposa.

"Yf that ye loffe me as Itryste verely that ye do ye will not leffe me" (If you love me, I trust (...) you will not leave me, ou “se você me ama, sei (...) que não vai me deixar”), diz Brews.

Na carta, ela também promete amor eterno e verdadeiro acima de todas as coisas terrenas e fala do sofrimento do seu corpo e do seu coração diante do contínuo silêncio do noivo.

Dinheiro x amor

Segundo o curador da exposição, Julian Harrison, a carta revela que, se por um lado o pretendente à mão de Brews aparenta ter considerações financeiras em mente, a remetente revela, claramente, inclinações românticas.

"Não quer dizer, necessariamente, que ninguém tenha usado a palavra Valentine em qualquer contexto antes, mas esta foi, provavelmente, uma das primeiras vezes que ela foi escrita".

E para a historiadora Helen Castor, da Universidade de Cambridge, a importância da carta de Margery Brews para a compreensão de como eram os relacionamentos no período é imensa. "Uma das coisas maravilhosas em relação a esta carta em particular é que ela é tão pessoal", disse Castor.

"Ela dá uma ideia muito verdadeira do como era o relacionamento entre um jovem e uma jovem que querem se casar." "Sem esta carta, não saberíamos que este foi um casamento por amor."

"Nós partimos do pressuposto de que, nessa classe social e nesse período, os casamentos eram feitos por conveniência, por razões dinásticas", explica a historiadora. "Mas as cartas de Margery mostram que tudo se encaixa em torno do fato de que esse era um casal que realmente amava um ao outro."

534 anos depois

O arqueólogo Rob Edwards, de 38 anos, um descendente do casal, considera a carta de Margery um vínculo precioso com o passado. "Ela é um lembrete de que as pessoas que você estuda são como nós, têm os mesmos sentimentos. E o fato de que são meus parentes acrescenta uma nova dimensão."

A jovem medieval tinha outras coisas em comum com apaixonados do século 21.

Ela usava abreviaturas - wt em vez de with (a preposição “com”), por exemplo. Muitos jovens, na internet ou em mensagens de celular, também encurtam as palavras. Uma peculiaridade da carta é que ela não foi escrita pela mão de Margery. Segundo o curador Julian Harrison, a remetente provavelmente ditou a carta para que um homem a escrevesse. "O fato de que ela não está escrevendo a carta não quer dizer que ela não sabe escrever, quer dizer que pode pagar a alguém para escrever para ela."

"As pessoas tendem a pensar que o povo no passado era analfabeto, mas na verdade os índices de alfabetização podem ter sido mais altos do que pensamos." A história de amor de Margery e John teve um final feliz. Os dois se casaram e, em 1479, tiveram um filho, William. Margery morreu em 1495. John, em 1503.

Arquivo Paston

Para historiadores britânicos, o arquivo com mais de mil cartas da família Paston - a maioria delas aos cuidados da Biblioteca Britânica - oferece pistas fascinantes sobre as vidas da pequena nobreza durante a Idade Média.São as mais antigas correspondências pessoais de que se tem registro na Grã-Bretanha.

Grande parte da documentação que sobreviveu desse período são documentos legais, registros governamentais, documentos financeiros e títulos de propriedades. As cartas dos Paston foram escritas entre 1422 e1509 por três gerações da família, proprietária de terras na região de Norfolk, cidade no leste da Inglaterra.

Elas descrevem brigas de família, pais que reclamam, confrontos com a aristocracia e festas feitas na ausência das mães. Mas a carta de Margery, a primeira Valentine inglesa, tem significado especial para os especialistas. Ela é destaque na exposição Evolving English, da Biblioteca Britânica, que traça a evolução da língua inglesa. Fonte> http://www.bbc.co.uk/
EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 17:54  comentar

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