Revelando, imortalizando histórias e talentos
19.3.11

Depois do terremoto de  primeiro de setembro de 1923 que Paul Claudel já previu 'O Desastre Japonês' de 2011.

O então embaixador Claudel em sua casa em Tókio, Japão

 

Ele começa narrando "Yokohama está destruída. Do mar às colinas de Kanagawa, com a exceção de uma única casa que ergue desajeitadamente perto da estação de trem de Sakunagicho seu bloco luminoso de cerâmica, tudo está vazio".  Assim descrevia também este terremoto de magnitude 7,9, escala Richter, que  fez 142.807 mortos e desaparecidos em Tóquio e arredores. Segundo estimativas é de que o terremoto e do tsunami que atingiram o Japão, chegou na quarta-feira, 16, a mais de 5.000 óbitos. A perspectiva é de que o número ultrapasse 10 mil.

 

Escritor e embaixador no Japão de 1921 a 1927, Paul Claudel havia feito um relato comovente intitulado "O Desastre Japonês" sobre o que foi uma das grandes tragédias dos tempos modernos, foi publicado na  revista 'Lectures' e depois publicou o livro em janeiro de 1924. O embaixador percorreu a região atingida pelo terremoto socorrendo 300 moradores franceses do porto de Yokohama e partiu à procura de sua filha, que encontrou sã e salva.

 

Ele descreve: Tóquio, 1º de setembro de 1923. "Tudo tremeu. Foi algo tão aterrorizante ver ao meu redor a terra mexer como se enchesse de repente de uma vida monstruosa e autônoma. Minha antiga embaixada se debatia entre seus pilares como um barco amarrado", descreve Claudel.

 

Diz ele "Os incêndios começaram. De ambos os  lados colunas de fumaça se erguem. A água foi cortada, os hidrantes esmagados sob as ruínas, o vento sopra forte, é um tufão que passa neste momento sobre a capital", escreve emocionado Claudel.

 

Nove horas depois, o então embaixador Paul Claudel conseguiria chegar ao porto de Yokohama, "uma grande cidade que queimava sob seus olhos completamente" com tanques de petróleo em chamas, com labaredas atiçadas por ventos violentos que carbonizavam casas de madeira. "Um vapor ardente flutua sobre um depósito (de petróleo) que atiça ainda mais (...) os últimos sopros do tufão que definha".

 

..."Podíamos assistir a cenas violentas, comuns nestes tipos de catástrofes: um pai que acabava de ver sua filha ser queimada viva em sua frente; uma criança de dois anos abandonada, com as duas pernas queimadas". O aspirante a literato relata os dias que sucederam ao terremoto em Tóquio, "onde já se mobilizava um povo humilde e trabalhador". "Cada um chega com sua picareta, sua cesta, seu punhado de arroz, sua madeira, seu tecido, sua folha de zinco e em todas as partes se erguem pequenos abrigos tão frágeis quanto casulos", acescentou Claudel.

EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 23:57  comentar

 

 

 
Com ajuda de explosivos, artista português 'esculpe' obras em paredes de prédios
 
 
Um jovem artista português, Alexandre Farto, usa explosivos para criar esculturas e retratos em paredes de prédios antigos de Lisboa e outras cidades da Europa.
 

Obra de Alexandre Farto em Moscou

Um jovem artista português, Alexandre Farto, usa explosivos para criar esculturas e retratos em paredes de prédios antigos de Lisboa e outras cidades da Europa. Farto, de apenas 23 anos, desenvolveu uma técnica usando explosivos, grafite, restos de cartazes e até retratos feitos com metal enferrujado para criar retratos e frases. O artista, chamado pela imprensa britânica de "o Banksy português", disse à BBC Brasil que primeiro marca as várias camadas com spray e depois começa a "escavar" seus retratos, com ajuda de explosivos.
 
"Faço a escultura em cimento forte, depois aplico cargas explosivas, tapo tudo com estuque (argamassa) e depois arrebento todas ao mesmo tempo. E filmo em slow motion (câmera lenta)."
 
"Tento com o meu trabalho escavar as várias camadas que compõem o edifício da história, pegar nas sombras deste modelo de desenvolvimento uniformizador para tentar compreender o que se encontra por detrás", disse o artista. Para fazer seus grandes retratos em muros e fachadas de prédios, Farto às vezes conta com a ajuda de amigos. "Quando é legal (o uso do muro ou fachada) e a dimensão é grande", explica o artista.
"São retratos, alguns tirados ou feitos por mim, outros recolhidos de pesquisa e trabalhados. Tem em comum serem de pessoas anônimas, que vivem em cidades, gosto da ideia de escavar e cravar um rosto numa cidade, quase como dando um rosto à cidade." “(É) uma dissecação semi-arqueológica na procura de uma base funcional, de uma essência que se perdeu na sobreposição de camada sobre camada, uma base cultural que foi perdendo a nitidez ao passar de geração em geração.”
 
Escolha
 
Farto conta que muitas vezes escolhe o lugar onde fará suas esculturas. No entanto, tem recebido convites para fazer suas intervenções em vários locais. Seus trabalhos estão espalhados por vários locais do mundo como as cidades portuguesas de Lisboa, Porto, além de capitais como Londres, Moscou, Bogotá, e cidades como Medellín, Cali (na Colômbia), Nova York, Los Angeles, Grottaglie (sul da Itália).
O tempo gasto em cada trabalho de Farto, também conhecido como Vhils, varia, mas um trabalho em um prédio de dois andares, pode tomar um dia inteiro, por exemplo. “Não sou eu quem determina o aspecto final do trabalho. Nunca tenho e nem quero ter o controle total do que faço – gosto do inesperado e do aleatório”, diz Farto.
 
“O elemento que sempre tentei trazer da rua e da pintura de rua, para outros ambientes ou espaço interiores, é esse caráter efêmero das coisas. O meu trabalho não é estático, não está ali pendurado para durar, pretende trazer esta efemeridade para campos que institucionalmente não suportam esse elemento. http://www.bbcbrasil.com.br/ / AFM
EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 23:56  comentar

Março 2011
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