Antônio Carlos Bernardes Gomes, o “Mussum”, marcou a cena artística brasileira como comediante, músico, ator e humorista. Para homenagear esse grande personagem, o jornalista Juliano Barreto lançou, nesta semana, a biografia “Mussum Forévis: Samba, Mé e Trapalhões”. Foram cerca de 3 anos de trabalho e muita pesquisa para encontrar documentos, artigos e histórias sobre o artista antes da fama – o “cidadão Antônio Carlos” na infância e adolescência.

Esse não era o caso de Mussum. Filho de uma empregada doméstica negra e analfabeta, o humorista cresceu se alimentando de sobras, virou adolescente em um colégio interno e, depois, trabalhou como mecânico e morou em cortiços.

Uma das partes que o jornalista acha mais interessante no livro, por exemplo, é a imagem do boletim escolar de Mussum quando ele tinha 13 anos. “Nem a família tinha visto o documento e todo mundo se emocionou”, conta. O livro foi lançado nesta segunda (21) no Rio de Janeiro e nesta quarta (23) em São Paulo, onde comparecem 4 dos 5 filhos de Mussum e um público “20 vezes maior”, segundo Barreto.

Na biografia, constam depoimentos de familiares, amigos, colegas de trabalho, além de documentos que mostram um pouco da vida desse personagem que, ao lado de Grande Otelo, Chico Anysio, Jô Soares e Carlos Alberto de Nóbrega, marcou  a forma de se fazer humor no Brasil.

A primeira biografia deste artista reúne imagens inéditas cedidas pela família e traz detalhes sobre sua carreira na TV e na música, em conjuntos como “Os 7 Modernos”, “Os originais do samba”, além de 28 filmes e 15 discos.

Um mito da teledramaturgia nacional, o ator Leonardo Villar faz 90 anos e disse "Um ator tem papel até o fim da vida". 

O sucesso e o reconhecimento do ator se deu por seu extraordinário trabalho no seu inesquecível personagem "Zé do Burro" no filme  premiado em Cannes "O Pagador de Promessas" (1962) de Dias Gomes. Dono de temperamento reservado e tímido, algo não muito inerente aos artistas, nunca fez dele uma estrela, mas sempre sou escolher papéis e fez as participações que quis. O ator participou em mais de 70 peças teatrais, dezenas de novelas e filmes.

Quando faleceu o grande ator Sérgio Cardosos, estava em fase de gravações da novela "O Primeiro Amor" em 1972, então, foi Leonardo quem o substituiu. Sua atuações marcantes em  "Rasto Atrás" ; "Campeões do Mundo" e "A moratória", foi uma lição de como se atua em palco teatral.

No cinema, apenas para citar alguns de seus filmes, além do único filme brasileiro a ganhar Palma de Ouro em Cannes, "O Pagador de Promessas", estão "Lampião Rei do Cangaço"; " A Hora e a Vez de Augusto Matraga"; "O Santo Milagroso" e a "Madona de cedro". Hoje, 24 de julho, data especial pois Leonardo apagará 90 velinhas, e daqui, enviamos parabéns a este verdadeiro mito vivo, que tão bem representa uma categoria.