Revelando, imortalizando histórias e talentos
7.12.15

Um prodigioso recital que permite avançar na compreensão do "fenômeno Horowitz".

 

Vladimir Horowitz nasceu em 1903 e faleceu 1989,  foi um dos máximos pianistas do século XX, com uma aura ímpar, que os seus períodos de afastamento dos palcos, em vez de desvanecerem, ainda mais afirmaram. 

 

 

Intérprete de formação romântica, afirmou-se como imenso virtuoso, capaz das mais assombrosas pirotecnias pianísticas, mas de facto, e embora sem ter perdido ou limitado essas capacidades, essa imagem é mais pertinente para as suas primeiras décadas, já que depois se foi revelando um intérprete muito mais maturo. Em palco permaneceram sempre um carisma e uma autoridade sem paralelos, completamente dominadores, magnéticos, como se as suas capacidades pianísticas não tivessem limites.

 

Se a discografia de estúdio é abundante e dedicada a variadíssimos autores — Scarlatti, Schumann ou Scriabine, para nomear apenas três, tão distintos, que são píncaros —, a compreensão do “fenômeno Horowitz” exige igualmente o testemunho de recitais ao vivo, o que também não falta.

 

Mas mesmo os mais célebres, aliás por variadas razões, como os de regresso a Londres (e à Europa) ou a Moscovo, são suplantados por este registo de 26 de Outubro de 1986, resgatado nos arquivos de uma rádio local de Chicago. O staccato e o legato, os pianos e os fortes, as articulações e os tempos, tudo é espantoso, estonteante — é ouvir, por exemplo o Rondó em dó maior K 485 de Mozart ou a Mazurka em fá menor op. 7 nº3 de Chopin, etc., etc., que os exemplos podiam multiplicar-se, mesmo peça a peça. Raras, raríssimas vezes, surgiu a possibilitar de desfrutar em disco de um recital pianístico de tal nível miraculoso.

 

O registo do recital é acompanhado por duas entrevistas radiofônicas, a segunda e mais longa das quais um testemunho fascinante, não só pelos muitos encontros que Horowitz recorda com Scriabine, Rachamaninov, Prokofiev ou Neuhaus, como pelos compositores de que fala, por exemplo sublinhando a importância de Clementi, ou pelas considerações sobre as propriedades do piano e as suas próprias características pianísticas.(Augusto M. Seabra\Francisco Martins\Publico.PT). 

 
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 23:47  comentar

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