Morre Michel Delpech, estrela francesa dos anos 1960 e 1970
PARIS, FRANÇA - - O cantor francês Michel Delpech, sucesso em seu país nas décadas de 1960 e 1970 antes de cair em uma profunda depressão morreu na segunda-feira, 4 de janeiro, 2016, aos 69 anos de um câncer.
O anúncio ontem à noite de sua morte, em um hospital de Puteaux, nos arredores de Paris, onde estava internado há um ano, provocou uma longa cadeia de reações do mundo da cultura, mas também de líderes políticos, começando pelo presidente da França, François Hollande.
"Michel Delpech morreu sem ter envelhecido - destacou Hollande em comunicado -. Suas canções nos comoveram porque falavam de nós. De nossas emoções e de nossos momentos difíceis. Refletiu melhor que ninguém os anos 70".
Delpech nasceu em 26 de janeiro de 1946 em Courbevoie, local próxima a Paris, em uma família modesta, saltou à fama com apenas 18 anos, graças a seu disco "Chez Laurette", de 1965.
Depois manteve o sucesso com "Wight is Wight", "Pour un flirt" (ambos em 1968), "Les divorcés" em 1973 (em pleno debate sobre a liberalização do divórcio na França, que seria objeto de uma lei dois anos depois), "Que Marianne était Jolie", "Le Chasseur" (em 1974), "Quand j'étais chanteur" (1975) e "Le Loir et Cher" (1977).
Em 1978, quando, sua vida descarilou, após uma dolorosa separação da mãe de seus dois filhos, Chantal Simon, se afundou em uma profunda depressão da qual tentou sair com um giro espiritual, primeiro para o budismo e depois para o catolicismo. Voltou plenamente à atividade musical em 1985 com seu álbum "Loin d'ici" e sua segunda mulher, Geneviève Garnier-Fabre, com a qual teve um filho em 1990. "O amo me ajudou a voltar a ficar de pé", dizia.
Vários jovens músicos recuperaram seu legado e isso deu origem a um disco com alguns de seus clássicos em duetos com artistas como Clarika, Cali e Barbara Carlotti, que se transformou em um sucesso de vendas desde seu lançamento no final de 2006. Em 2012, interpretou a ele mesmo no filme "L'Air de Rien". Sua maior vontade era voltar aos palcos, não deu.
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Morre Robert Stigwood
Um dos mais conceituados empresário musical, o australiano Robert Stigwood, que foi manager dos britânicos Eric Clapton e do grupo Bee Gees, morreu aos 81 anos, anunciou no Facebook Spencer Gibb, filho do membro dos Bee Gees Robin Gibb.
Foto: Jeff Vinnick |
Em mensagem de condolência, Spencer Gibb, que não dá detalhes da morte, explica que Stigwood, que foi representante de toda sua família e seu padrinho, era "um gênio criativo, com um engenho agudo e seco".
"Robert foi o motor da carreira dos Bee Gees, além de ter descoberto (o grupo) Cream e depois representar também Eric Clapton", escreveu em um texto postado na segunda-feira desde o Texas, nos Estados Unidos.
Gibb, de 43 anos e fundador da banda americana "54 Seconds", lembrou que seu padrinho foi "o criador de filmes como 'Embalos de sábado a noite' e 'Grease'", e de famosos musicais da Broadway.
O compositor teatral inglês Andrew Lloyd Webber liderou no Reino Unido os tributos ao empresário, dizendo no Twitter que ele havia "ensinado muito", enquanto Tim Rice, que colaborou com ele no filme "Evita", o descreveu como "extraordinário, inovador e generoso".
Robert Stigwood nasceu em Adelaide, Austrália, no ano de 1934, embora na década dos anos 50 tenha se mudado para o Reino Unido, onde começou a representar músicos e atores e posteriormente produziu filmes musicais.
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Ator brasileiro Antônio Pompêo é encontrado morto em sua casa, no bairro de Guaratiba, Rio de Janeiro
Antônio Pompêo, nascido em São José do Rio Pardo, São Paulo, em 23 de fevereiro de 1953, estreou no cinema em Xica da Silva (1976), de Carlos Diegues.
Entre o fim dos anos 70 e começo dos anos 80, atuou em diversos filmes nacionais e, a partir daí, dedicou-se mais a trabalhos na televisão, só voltando ao cinema 17 anos depois, em O Xangô de Baker Street (2001), de Miguel Faria Jr.
Era um dos idealizadores do Projeto A Cor da Cultura que se converteu em material de apoio pedagógico em todo o território nacional para a formação de docentes e estudantes em História e Cultura afrobrasileiras e foi presidente do Centro de Documentação e Informação do Artista Negro (CIDAN).
Também participou de novelas como "O Rei do Gado", "A viagem", "Pecado capital", "Mulheres de areia", Kananga do Japão", "A história de Ana Raio e Zé Trovão", "A casa das sete mulheres", "Pedra sobre pedra", "Fera ferida", entre outras.
Foi Diretor de Promoção, Estudos, Pesquisas e Divulgação da Cultura Afro-Brasileira[2] da Fundação Palmares, ligada ao Ministério da Cultura do Brasil. Pompeu faleceu em 5 de janeiro de 2016. (Francisco Martins).