Michael Caine e Harvey Keitel dão sustentação a trama existencial de “A Juventude”, com atuações magníficas.
Paolo Sorrentino traz dois astros em atuações magníficas, em “A Juventude”. O cineasta não tem medo da estilização nem de artifícios, assim, segue as pegadas do mestre Federico Fellini. " A Juventude" é um filme com histórias com apego e diálogos de grande efeito, protagonizado por grandes atores além de extraordinário apuro visual. Assim é Sorrentino.
O filme entra em cartaz em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, Goiânia, Vitória, Caetés (MG) e Barueri, grande de São Paulo.
Dois velhos amigos que falam sobre a vida, Fred Ballinger, interpretado por Michael Caine e Mick Boyle, personificado por Harvey Keitel. Ambos são bem teatrais, no melhor sentido de Beckett.
Já os outros personagens que giram à sua volta colaboram a sinfonia em torno destes dois condutores, os protagonistas peso pesado.
O elenco é dos melhores, Jimmy Tree, ator que ajuda a compor um novo papel - Paul Dano -, enquanto Lena, é a filha insegura de Fred, personagem bem conduzida por Rachel Weisz. Uma velha musa de Mick, a atriz Brenda Morel, Jane Fonda -, vive um papel de exposição que demonstra não somente sua confiança em no diretor, como refresca nossa memória para grande atriz que é.
Assim, neste cenário isolado e suntuoso, com um artificialismo reforçado não só pela decoração do hotel mas também pela aparição de muitos coadjuvantes exemplo Madalina Ghenea, o obeso Diego Maradona, vivido por Roly Serrano, e um monge budista que procura levita, papel de Dorji Wangchuk. Não teria como dar errado com um elenco deste porte. Vale cada grão de pipoca. (Francisco Martins - www.jornlistafranciscomartins.blogspot.com ).