MADBLUSH: Cantor gaúcho lança canções do novo EP "Cactus II" na internet e faz show em São Paulo no sábado, 24/03.
Revelação da música pop eletrônica brasileira e reverenciado em canais gays na França e Holanda, o gaúcho Madblush lança o seu segundo EP - Cactus II - nesta terça-feira, 20 de março, na internet. A polêmica capa traduz a alma do álbum com o artista segurando uma Bíblia, uma criação de Alessandro Avila e Chris Peterson da eletromagneti.co.
No próximo sábado, dia 24, o cantor também faz um show com entrada franca no Cabaret da Cecília, em São Paulo, onde irá apresentar as novas canções - 4.7.8.24, Bitch and Rat, Eva Angélica, Homophobic e Sempre Quis. As cinco faixas já estão disponíveis no ( SoundCloud ) e Youtube.
Em Cactus II, Madblush mescla electro, pop e funk mais uma vez. Mas inclui ainda pitadas de trap, batuque e baião nas músicas feitas para agitar pistas de dança. Expoente da MPBTrans, o artista faz das letras instrumentos de reflexão e protesto. Machismo, homofobia, fanatismo religioso e o amor livre servem de inspiração para músicas com toques de ironia e humor. A produção do EP é de Madblsuh e OTA.
No ano passado, Madblush foi destaque no Gay Music Chart Awards - premiação do canal francês que acompanha a produção musical do gênero em todo o mundo. O artista venceu na categoria melhor clipe brasileiro de 2016 com Lovelovelove ( LoveLoveLove). Ficou ainda na lista dos vinte melhores clipes LGBT, de acordo com o Guia Gay São Paulo, com Não me diga o que fazer! (Youtube). No vídeo totalmente gravado com um I-Phone 7, ele passeia por points famosos da vida noturna da capital paulista, como Rua Augusta, Avenida Paulista e bairro da Liberdade. Flertando com o rap nos vocais, deixa o recado no refrão: "Não me diga o que fazer! Não me diga o que pensar. Eu sou livre pra viver. Eu sou livre pra amar!"
Também em 2017, o artista fez shows em Montevidéu, no Uruguai, e participou do Queer Lisboa 21 - Festival Internacional de Cinema Queer. O clipe Brasil, com direção de Thiago Carvalho, foi um dos destaques da mostra na capital portuguesa. Em janeiro deste ano, Madblush abriu o show da cantora Ludmilla na Parada Livre na cidade de Canoas (RS) para um público de aproximadamente 40 mil pessoas. Seu último lançamento foi o clipe dirigido por ele mesmo da música Bati Kuku. Um hit para o verão, mas também um manifesto artístico (Bati Kuku).
Nessa faixa Madblush traz um pop com uma levada funk dizendo que na pista de dança quem faz o "tempo" é ele. Só não dança quem é "fraco"! Talvez essa seja a faixa mais pop do novo EP. E o convite é reforçado chamando todo mundo pra um vogue ao estilo Madonna.
Nesta mistura de funk carioca com batuque e baião, Madblush traz uma crítica bem humorada ao comportamento machista ou heteronormativo que traz vários preconceitos para dentro das relações. Em versos como "Eu me maquio e você malha... Eu uso salto e você falha." o artista traz uma perseguição de gato e rato ou melhor "Bitch and Rat". Como em várias músicas do artista, Madblush mistura português e inglês.
Essa é, na verdade, um interlude trazendo uma crítica-deboche ao comportamento de religiões que, segundo Madblush, fazem um desserviço à sociedade atual com regras e comportamentos retrógrados cheios de preconceito e falsos moralismos. O artista mostra uma nova heroína - "mulher maravilha crente".
Aqui, uma mistura de electro, trap, batuque e funk traz um manifesto sobre o comportamento homofóbico que está impregnado na nossa sociedade, nas religiões que predominam influenciando no Brasil e no mundo. Um manifesto claro e objetivo para "quebrar" esse verdadeiro mal que ainda dita muita regra por aí.
Nessa mistura de electropop com reagaton, Madblush fala sobre o desencontro do amor em uma letra marcante e intensa em versos no refrão que diz: "Você não me conhece, não me vê. Não senti minha falta, não sabe que eu posso te ver... Não me conhece, não percebe... Não sente minha alma. Não sabe que eu posso te ter."
Madblush começou a cantar em 2007, quando lançou o single I wanna be real. Na sequencia, começou a compor as próprias músicas e atua tb como DJ em festas gays e alternativas. Já se apresentou várias cidades brasileiras e no exterior, como Porto Alegre, São Paulo, Curitiba e Montevideo e Punta del Este, no Uruguai. É considerado um dos nomes mais expressivos da geração tombamento e do movimento MPBTrans - termos usados para artistas que expressam a diversidade de gênero no mundo da música.
Em 2015, Madblush conquistou os prêmios de melhor artista revelação, vídeo queer e vídeo brasileiro por Be a Puta no Gay Music Chart Awards.
Madblush, Category: Artist, Albums: Intenso Cru, Singles: Bati Kuku, My Radio, Não Me Diga o Que Fazer!, Cactus, Pt.1, Kiss, Top Tracks: Kiss, Bati Kuku, My Radio, Blush in the Face - Bonus, Não Me Diga o Que Fazer!, Monthly Listeners: 1916, Where People Listen: Sao Paulo, Rio De Janeiro, Brasilia, Belo Horizonte, Curitiba
Quando: 24/03, sábado, a partir das 22:30h.
Onde: Cabaret da Cecília (Rua Fortunato, 35 - bairro Santa Cecília, São Paulo/SP)