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20.12.08

HISTÓRIA DA MÚSICA: Mitológica

A história mitológica da música no mundo ocidental, teve início com a morte dos Titãs.

 
Conta-se que depois da vitória dos deuses do Olímpo sobre os seis filhos de Urano {Ceos, Oceano, Hiperião, Crio, Crono e, Jápeto}, conhecidos como os Titãs. Então, foi solicitado a Zeus que criasse divindades capazes de cantar as vitórias dos Olímpicos. Zeus partilhou o leito com Mnemosina, deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, no devido tempo, nasceriam as nove musas. Entre as quais Euterpe, a deusa da música e Aede, ou Arche – deusa do canto. As nove costumavam freqüentar o monte Parnaso, na Fócida, onde faziam parte do cortejo de Apolo, deus da Música. Porém, existiam outros deuses ligados à história da música como Museo, filho de Eumolpo, que de tão grande musicista quando tocava chegava a curar doenças; de Orfeu, filho da musa Calíope - musa da poesia lírica e considerada a mais alta dignidade das nove musas. Se estudarmos com cuidado a mitologia dos povos, pode-se perceber que todo o povo tem um deus ou algum tipo de representação mitológica ligado à música. Por exemplo para os egípcios, a música teria sido inventada por Tot ou por Osíris; já para os hindus, por Brama; para os judeus, por Jubal e assim por diante. Isso prova que a música é algo tão intrínseco à historia do ser humano sobre a Terra e uma de suas manifestações mais antigas e importantes.

História - não mitológica
Na história não mitológica, a origem mecânica da música se divide em duas partes: a primeira, na expressão de sentimentos através da voz humana; a segunda, no fenômeno natural de soar em conjunto de duas ou mais vozes. Seria a primeira a raiz da música vocal; enquanto a segunda seria a raiz da música instrumental. Na história não-mitológica da música nomes como o de Pitágoras, inventor do monocórdio para determinar matematicamente as relações dos sons e o de Lassus, mestre de Píndaro, que perto dos anos 540 a. C. foi o primeiro pensador a escrever sobre a teoria da música, assim sendo nomes importantes nesse advento. Outro nome importante é o chinês Lin-Len, que escreveu também um dos primeiros documentos a respeito de música, em 234 anos antes de Cristo, época do imperador Haung-Ti. Na época Lin-Len que era um de seus ministros, e estabeleceu a oitava em doze semitons aos quais chamaria de doze lius. Tais doze lius foram divididos em liu Yang e liu Yin, que correspondiam, entre outras coisas, aos doze meses do ano.

Origem Física e Elementos
A teoria musical é formada de três elementos principais: ritmo, harmonia e a melodia. Entre esses elementos se pode acreditar que o ritmo é a base e o fundamento de toda expressão musical. Sem ritmo não há música. Acredita-se que os movimentos rítmicos do corpo humano tenham originado a música. O ritmo é tão mais importante, pois é o único elemento que pode existir independente dos outros dois: a harmonia e a melodia. A harmonia, o segundo elemento mais importante é responsável pelo desenvolvimento da arte musical. Foi da harmonia da voz humana que surgiu a música instrumental. A melodia, por sua vez, é a primeira e imediata expressão de capacidades musicais, pois se desenvolve a partir da língua, da acentuação das palavras e forma uma sucessão de notas característica que, por vezes, resulta num padrão rítmico e harmônico reconhecível. O que resulta da junção da melodia, harmonia e ritmo são as consonâncias e as dissonâncias. Acontece, porém, que as definições de dissonâncias e consonâncias variam de cultura para cultura. Na Idade Média por exemplo, eram considerados dissonantes certos acordes que parecessem perfeitamente consonantes aos ouvidos atuais, principalmente aos ouvidos roqueiros {trash metal e afins} de hoje.

Diferenças culturais
Essas diferenças são ainda mais acentuadas quando se compara a música ocidental com a indiana ou a chinesa, o que pode levar até a incompreensão mútua. Para se melhor entender essas diferenças entre consonância e dissonância, os músicos recomendam recorrer ao latim: Consonância, em latim consonantia, que significa acordo, concordância, ou seja, consonante. É todo o som que nos parece agradável que concorda com nosso gosto musical. Dissonância, em latim dissonantia, significa desarmonia, discordância, ou seja, é todo som que nos parece desagradável, no sentido mais de teoria musical, todo intervalo que não satisfaz a idéia de repouso e pede resolução em uma consonância. Trocando em miúdos; a dissonância seria todo som que parece exigir um outro som logo em seguida. Já a incompreensão se dá porque as concordâncias e discordâncias mudam de cultura para cultura, pois quando os ocidentais ouvem uma típica música oriental, chegam, às vezes, a ter impressão de que ela está em total desacordo com o que os ouvidos ocidentais estão acostumados.
Portanto, o que se pode dizer é que os povos, na realidade, têm consonâncias e dissonâncias próprias, pois elas representam as suas subjetividades, as suas idiossincrasias, o gosto e o costume de cada povo e de cada cultura. A música seria, nesse caso, a capacidade que consiste em saber expressar sentimentos através de sons artisticamente combinados. Ou a ciência que pertence aos domínios da acústica, que se modifica esteticamente de cultura para cultura. [Foto: musas Terpsichore-Euterpe e Calliope]
{Francisco Martins – formasemeios@sapo.pt }
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 20:47  comentar

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