Revelando, imortalizando histórias e talentos
4.7.06

"Quando se fala da própria infelicidade é porque não se é tão infeliz assim"

Exposição ao ar livre, na Praça do Patriarca -SP, homenageia os cem anos de Mário Quintana.


Mário de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), em 30 de julho de 1906, sendo o quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, um farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana.

Aos 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Porém, em 1914 inicia seus estudos na Escola Elementar Mista de Dona Mimi Contino. Em 1915, ainda na cidade de Alegrete, freqüentou pela a escola do mestre português Antônio Cabral Beirão, onde conclui o curso primário. Nesse período trabalhou na farmácia da família. Foi matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato, no ano de 1919. Começa a produzir seus primeiros trabalhos, que são publicados na revista Hyloea, órgão da Sociedade Cívica e Literária dos alunos do Colégio. No ano de 1924, por motivo de saúde deixa o Colégio Militar e vai trabalhar na Livraria do Globo, onde trabalha por três meses com Mansueto Bernardi. Com o falecimento de sua mãe em 1925 e de seu pai em 1927, a revista Para Todos, do Rio de Janeiro, publica um poema de sua autoria, por iniciativa do cronista Álvaro Moreyra, diretor da citada publicação.

Mário Quintana e a Imprensa:

Em 1929, começa a trabalhar na redação do diário O Estado do Rio Grande. Vem, em 1930, por seis meses, para o Rio de Janeiro, entusiasmado com a revolução liderada por Getúlio Vargas, também gaúcho, como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre. O ano de 1934 marca a primeira publicação de uma tradução de sua autoria: Palavras e Sangue, de Giovanni Papini. Começa a traduzir para a Editora Globo obras de diversos escritores estrangeiros: Fred Marsyat, Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, Maupassant, dentre outros. O poeta deu uma imensa colaboração para que obras como o denso Em Busca do Tempo Perdido, do francês Marcel Proust, fossem lidas pelos brasileiros que não dominavam a língua francesa. Em 1939, Monteiro Lobato lê doze quartetos de Quintana na revista lbirapuitan, de Alegrete, e escreve-lhe encomendando um livro. Com o título Espelho Mágico o livro vem a ser publicado em 1951, pela Editora Globo. A primeira edição de seu livro "A Rua dos Cataventos", é lançada em 1940 pela Editora Globo, e obtém ótima repercussão e seus sonetos passam a figurar em livros escolares e antologias. Noa no de 1948, lança "Sapato Florido", poesia e prosa. O seu quinto livro, O Aprendiz de Feiticeiro, versos, de 1950, é uma modesta plaquete que, no entanto, obtém grande repercussão nos meios literários. Depois seguiram-se "Espelho Mágico" uma coleção de quartetos, [1951]. Em 1962, sob o título Poesias, reúne em um só volume seus livros "A Rua dos Cataventos", Canções, Sapato Florido, espelho Mágico e O Aprendiz de Feiticeiro, tendo a primeira edição, pela Globo, sido patrocinada pela Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul. Com 60 poemas inéditos, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, é publicada sua Antologia Poética, em 1966, pela Editora do Autor - Rio de Janeiro. Lançada para comemorar seus 60 anos, em 25 de agosto o poeta é saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o seguinte poema, de sua autoria, em homenagem a Quintana. Em 1975 publicou o poema infanto-juvenil "Pé de Pilão" com extraordinária receptividade das crianças. Uma edição especial pela LPM, em 1976, lançou edição especial para distribuição aos clientes de empresas de publicidade e Propaganda.

Hiper-ativo

Quintana foi muito ativo até seus últimos dias: O álbum Quintana dos 8 aos 80 é publicado em 1985, fazendo parte do Relatório da Diretoria da empresa SAMRIG, com texto analítico e pesquisa de Tânia Franco Carvalhal, fotos de Liane Neves e ilustrações de Liana Timm. Ao completar 80 anos, em 1986, é publicada a coletânea 80 Anos de Poesia, organizada por Tânia Carvalhal, Editora Globo. Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS) e pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Lança Baú de Espantos, pela Editora Globo, uma reunião de 99 poemas inéditos. Porta Giratória, pela Editora Globo e em 1989 ocorre o lançamento de A Cor do Invisível pela Editora Globo - Rio de Janeiro. Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Campinas (UNICAMP) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, entre escritores de todo o Brasil. "Velório sem Defunto", poemas inéditos, é lançado pela Mercado Aberto em 1990. Mário Quintana faleceu em Porto Alegre, no dia 5 de maio de 1994, próximo de seus 87 anos.

Homenagens aos 100 anos

Pensando Mario Quintana - Mostra dos alunos do colégio La Salle Santo Antonio em homenagem ao centenário de Mario Quintana, com trabalhos nas áreas de artes visuais e literatura. Entrada franca. Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736). Terças a sextas, das 9h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 21h. Oficina de Arte Sapato Florido – 5º andar. Até o dia 28 de junho

Relembrando Mario Quintana - Mostra bibliográfica de Mario Quintana, com trabalhos confeccionados pela artista Ana Nunes. Entrada franca. Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736). Terças a sextas, das 9h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 21h. Hall da Biblioteca Lucilia Minssen – 5º andar. Até o dia 30 de junho
EDITORIAS:
link da notíciaBy Equipe formasemeios, às 16:36 

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