
Roteirista, produtor, ator e diretor italiano (1922-1986). Formado pelo Academia Nacional de Arte Dramática de Roma, em 1945, este siciliano de Messina teve no teatro sua iniciação como ator e diretor. Seus mestres foram os grandes diretores Luigi Zampa e Luigi Comenoini, que o dirigiram como ator, respectivamente nos filmes Um Ianque na Itália (45) e É Proibido Roubar (48). No final dos anos 40, depois de perambular pela Argentina, decidiu fixar-se em São Paulo onde participou da revolução teatral promovida pelo Teatro Brasileiro de Comédia, dirigindo Antígona, de Sóflocles e uma peça de Eugene O’ Neill: A Longa Jornada de um Dia para Dentro da Noite.
Fundou mais tarde, com sua mulher Tônia Carrero e seu amigo Paulo Autran, a companhia Tônia Celi-Autran. Ao mesmo tempo,, ao lado de Franco Zampari, Ruggero Jacobbi e Luciano Salce participou da criação da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, primeira tentativa de se criar uma indústria de cinema no Brasil. Para estes estúdios, que ele qualificava como “sonhos de poetas”, ele dirigiu o drama Caiçara e o musical Tico-Tico no Fubá, com Tônia Carrero e Anselmo Duarte no papel de Zequinha de Abreu. Quando voltou para a Itália, Celi deixou inacabadas as filmagens de Marafa. Na Europa tornou-se conhecido internacionalmente por sua participação nos filmes E Vene Um Uomo (64), 007 Contra a Chantagem Atômica (65), Expresso de Von Ryan (66) e Quinteto Irreverente (82). Adolfo Celi, ao lado de Vitório Gassmann e Luciano Lucignani dirigu um dos três episódios de O Álibi, de 1968.
GILDA DE ABREU

Cantora, atriz, escritora, autora, roteirista e diretora brasileira (1904-1979). Pioneira em todas as suas atividades, enfrentou o preconceito de uma sociedade que não aceitava a emancipação da mulher. Nasceu em Paris, em 1904, filha de pais artistas, e iniciou sua vida profissional ainda adolescente, como cantora lírica na companhia de ópera de seu pai. Seu primeiro papel foi visto em Lucia de Lammermmor, de Gaetano Donizetti, no Teatro João Caetano, no Rio. Nesta época, em ensaio em sua casa conheceu o cantor Vicente Celestino, mais tarde seu marido e ator principal na maioria de seus filmes. Antes das atividades
cinematográfica, entretanto, Gilda trabalhou também como atriz teatral, romancista, autora teatral e de radionovelas. Descobriu o encanto do cinema e dedicou-se a ele, primeiro como atriz e depois como diretora. Praticamente tudo o que filmou tornou-se “cult”, ou seja, matéria obrigatória de estudo para cinéfilos. O Ébrio, Pinguinho de Gente, Chico Viola não Morreu e Bonequinha de Seda são alguns dos seus trabalhos que retratam a fase pioneira do cinema brasileiro. Após a morte de Vicente Celestino, Gilda casou-se novamente, desta vez como o barítono José Spintto. Em 1979, aos 74 anos, faleceu no Rio de Janeiro.
MARISA PRADO
Atriz brasileira (1932-82). A vida de Olga Castenaro, nascida em

Araçatuba, é falecida no Cairo, poderia render cinematograficamente uma história de Cinderela sem final feliz ou um filme policial com, final misterioso. Mudando-se criança ainda para São Bernardo do Campo, Olga era adolescente e operária quando a Cia. Cinematográfica Vera Cruz ali se estabeleceu. Empregou-se na montagem e foi descoberta por Abílio Pereira de Almeida quando cortava celulóide e chamava a atenção pela beleza.
Em menos de uma ano (51), recebeu o Prêmio Saci como melhor atriz e virou estrela com o nome de Marisa Prado. Fez Tico-Tico no Fubá no ano seguinte, preparando-se para a Palma de Ouro de Cannes, que veio com O Cangaceiro em 1953. Já era então conhecida internacionalmente quando filmou Candinho (54) com Mazzaropi, antes de aceitar convite para se transferir para o cinema espanhol, aproveitando o momento do final de um curto casamento com o cineasta Fernando de Barros. Seu primeiro filme, Orgulho, redeu-lhe o prêmio de melhor atriz estrangeira, seguindo-se mais uma dezena de filmes em Portugal, no México e em Cuba. Ali, em 1958, fez Uma Chica de Chicago e conheceu Jaime Menasce, embaixador cubano em Paris, com quem se casou, passando a viver na França e abandonando o cinema. Em uma temporada em Monte Carlo se envolveu com um milionário libanês, o conde Charles Gabriel de Chedid, acabando por se casar com ele. Esteve no Brasil no final de 1981. Quatro meses depois, um telegrama do marido comunicava sua morte súbita e seu sepultamento em circunstâncias nunca esclarecidas. {Francisco Martins -
Colaborou Fausto Visconde}

Marina da Cunha Freire Junqueira Franco, mais conhecida como Marina Freire, nasceu em São Paulo.
Sua carreira teve início em 1938, no teatro, atendendo ao convite de Alfredo Mesquita para atuar na peça "Casa Assombrada". Foi uma das grandes colaboradoras na fundação do TBC { TBC, Teatro Brasileiro de Comédia}, ao trabalhar na peça "A Mulher do Próximo", autoria de Abílio Pereira de Almeida. Marina Freire, com seu gesto tornou-se uma pioneira do movimento brasileiro de renovação teatral. Teve atuação marcante não apenas no teatro, atuou bastante na televisão e no cinema . No teatro, trabalhou por exemplo "O Banquete", "O Grilo na Lareira", "Uma Mulher do Outro Mundo", "O Avarento", "Nick Bar" {existiu o bar em frente ao teatro TBC, - rua Major Diogo, São paulo], "Antígona", "Arsênico e Alfazema" e " À Margem da Vida ", sendo que, nessa última recebeu o prêmio "Governador do Estado". Já no cinema, trabalhou em filmes da Cia Vera Cruz: Floradas na Serra" "Família Lero-Lero" "Tico-tico no fubá", "Sinhá Moça". Também trabalhou com Mazzaropi, em "O Puritano da Rua Augusta", 1965; onde fez Raimunda. "Dona Violante Miranda, com Dercy Gonçalves, 1960, onde interpretou boneca. Teve vital importância em peças encenadas especialmente para televisão, tendo atuado em "A Fábrica" (1971); "Toninho On The Rocks" (1970); "Nino, O Italianinho"[novela], "Estrelas não Chão" (1967), "A Ponte de Waterloo "(1967)," David Copperfield "(1958).
Perfil
A Infidelidade ao Alcance de Todos (1972) Lua-de-Mel e Amendoim (1971) .... Dona Regina Vidas estranhas (1968) O Quarto (1968) A Desforra (1967) Noites Quentes de Copacabana (1963) Casinha Pequenina (1963) .... Josefina Macumba na Alta (1958) Absolutamente Certo (1957) .... Clarice Osso, Amor e Papagaio (1957) Floradas na serra (1954) .... Sofia A Família Lero-Lero (1953) .... Isolina Esquina da Ilusão (1953) Sinhá Moça (1953) Tico-tico no fubá (1952) .... Amália. {Foto: acervo de
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