Cine e Theatro Santa Roza, de exibiu primeiro filme falado na Paraíba em 1932
Pela beleza de sua arquitetura é herança cultural que carrega, o Santa Roza pode ser considerado um dos mais importantes monumentos do Estado da Paraíba, um guardião da história do Estado.
O Teatro Santa Roza foi fundado em 1889, sendo o segundo teatro construído na Paraíba. Recebeu peças e atores de grande importância. Na inauguração as peças em cartaz foram “O órfão e o Mendigo” e “Tão bom e o pai como o filho”, da Sociedade Santa Cruz. O velho Teatro, além de espetáculos, histórias de atores e atrizes grandiosos, não teve apenas apresentações teatrais, mas também de dança e musicais.
Teatro e cinema
O Santa Roza foi cinema de 1911 a 1941 e a exibição do primeiro filme falado na Paraíba aconteceu lá, em 1932. O espaço também abrigou a Assembleia Legislativa, entre os anos de 1929 e 1930. Neste período, se deu a mudança do nome da capital (chamada então Parahyba) para João Pessoa, bem como a mudança da bandeira oficial do Estado para vermelho e preto, em homenagem ao ex-governador João Pessoa, assassinado em 1930.
O Teatro Santa Roza foi inaugurado em 03 de novembro de 1889, ano da proclamação da República do Brasil. Tem estilo arquitetônico neoclássico, com influência greco-romana, possuindo colunas gregas com capitéis na fachada e esquadrias em arco pleno.
Tem linhas influenciadas pelo barroco italiano e entre os materiais de construção empregados há pedras calcárias e pinho de Riga. A obra foi concluída na administração de Francisco Luís da Gama Rosa – último presidente do Império na Paraíba – e o nome do teatro é homenagem ao seu empenho em concluir as obras, que se arrastavam por mais de 15 anos. Foi acrescentado o vocábulo ‘Santa’ por pura influência religiosa.
O nome do teatro é uma homenagem a Gama Rosa, e é escrito com ‘s’ e não Z. Na fachada do prédio essa palavra foi impressa com ‘z’, numa transposição fonética por força do som e grafia utilizada em épocas antigas. Uma votação no Iphaep, em 1989, optou pela permanência do ‘z’, por ter virado tradição incorporada. (Fotos gentilmente cedidas pela SECOM).