Exposição de Sebastião Salgado em basílica italiana alerta sobre ameaças à Amazônia
Centenas de pessoas enfrentaram a chuva na noite de domingo para ver fotos da Amazônia feitas pelo aclamado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, expostas na Basílica de São Francisco de Assis, na Úmbria, Itália, e ouvir o fotógrafo falar sobre as ameaças enfrentadas pela região.
Fotografias em preto e branco mostram povos nativos da Amazônia, enquanto músicas clássicas do compositor Heitor Villa-Lobos tocavam ao fundo, no que quase parecia um réquiem para as partes da Amazônia que já foram perdidas pelo desmatamento e pela mineração.
Dirigindo-se ao público, Salgado disse que aquele é “o modelo econômico predatório que está em todo lugar do mundo. Nosso sistema de agricultura, nosso sistema industrial, nosso sistema de consumo que causaram a destruição da Amazônia”.
Salgado disse que tem trabalhado nesse projeto fotográfico ao longo dos últimos sete anos e viveu em meio a 12 tribos na Amazônia.
Sebastião Salgado afirmou que o presidente Jair Messias Bolsonaro não pode ser completamente responsabilizado pela destruição da floresta amazônica, que começou há décadas, mas acusou o atual presidente por políticas de exploração que, segundo o fotógrafo, aceleraram o processo.
Padres católicos da Amazônia devem se reunir no Vaticano no próximo mês para debater o futuro da Igreja na região.