Pelas ruas desertas do Crato: sob o calor alentejano, a descobrir a vila dos Cavaleiros de Malta
PORTUGAL - A Vila do Crato foi conquistada aos mouros em 1160 pelas tropas de D. Afonso Henriques e depois doada em 1232 pelo rei D. Sancho I à Ordem de Malta (também designada por Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta), que a desenvolveu e fortificou.
Bem no coração coração do norte alentejano, a Vila do Crato tem uma história que remonta ao III milênio a.C. Foi o centro português da Ordem de Malta e o berço de D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável.
No século XIV, a vila assistiu à construção do magnífico Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa (hoje convertido na Pousada Mosteiro do Crato), que se tornou a sede da Ordem de Malta em Portugal. Foi Frei Álvaro Gonçalves Pereira, Prior do Crato e pai do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, quem mandou construir o Mosteiro, transformando a vila numa das mais importantes vilas alentejanas, tanto a nível militar, como religioso.
A época áurea da Vila do Crato chegou durante o século XVI, com a edificação do Paço do Castelo, palco dos grandes casamentos régios de D. Manuel I com D. Leonor de Castela, em 1518, e de D. João III com D. Catarina da Áustria, em 1525. (Francisco Martins \ Sapo.pt).