Entre os anos de 1932 a 1942, na famosa Rádio Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro, surgiram os programas humorísticos, o radioteatro - precursor das telenovelas -, os debates e as transmissões feitas diretamente da rua, inclusive as transmissões esportivas. 

Foi também A Mayrink Veiga a primeira emissora a ficar 24 horas no ar, e a transmitir de outro país (Argentina) e, através de antenas especiais, a se fazer ouvir no Nordeste do Brasil, mesmo que somente à noite. E não se pode esquecer também, que foi a primeira emissora a contratar artistas com exclusividade, antes todo mundo atauva como free lancer. Os créditos e todo os louros vão para seu diretor artístico e também locutor Cesar Ladeira (Cesar Rocha Brito Ladeira), nascido em 1910 e falecido em 1969, sem dúvida, uma das glórias artísticas do Brasil, especificamente de Campinas, interior de São Paulo,  deu ao Brasil. 

Foi ele o primeiro a chamar Carmen Miranda de "A pequena notável" e Francisco Alves, de "O rei da voz", ambos faziam parte dos grandes nomes que contratara para a Mayrink veiga. Nos anos 40, uma rádio Estatal, a Rádio Naciona, utilizou de forma benéfica o dinheiro público  e inaugurou a emissora, no Rio de Janeiro. Assim, começava a ruir a estrutura da Mayrink haja vista que a Rádio Nacional logo na estreia conseguiu desbancá-la. Investiu em  contratados inclusive o próprio Ladeira. 

Dez anos depois, a Mayrink foi incorporada pelo governo e, a 1º de abril de 1964, destruída fisicamente por adeptos dos militares, que jogaram seu equipamento em praça pública. Como se pode ver nesta rara fotografia, cedida pelo célebre radialista Osmar Frazão: Cesar Ladeira (eternizado em Campinas como nome de rua na Vila Nova Teixeira) - em dia de aniversário soprando as velinhas ao lado da radialista  Daisy Lúcidi, na Rádio Nacional. Logo atrás de César Ladeira, o lendário e pioneiro João da Baiana, no meio, o músico Marinho e no lado direito o ator de cinema Pituca, com Paulo Gil, também locutor da Rádio Nacional.