Will Smith reencontra seu eixo em “Golpe Duplo” na comédia de ação que pretende ser sofisticada, uma espécie de “Golpe de Mestre” dos novos tempos.
Will Smith é Nicky, um mutreteiro profissional, que Jess em num restaurante de luxo de um hotel, onde ela se dedicava a limpar clientes ricos que estivessem bêbados o bastante para cair no seu esquema. Acabam ficando amigos, por assim dizer, e ele se compromete a ensiná-la como tornar-se mais eficiente no mundo dos golpes.
Na primeira metade o filme funciona com mais ritmo e muito menos complicações do que a segunda, desta vez o cenário é ambienta em Buenos Aires, em corridas automobilísticas. Rodrigo Santoro interpreta Garriga, um papel pequeno de vilão, o dono de uma escuderia e malandro que frauda os resultados de seus carros com um equipamento ilegal.
Já a segunda parte é bem mais travada do que a primeira, o que compromete um pouco o resultado final de um filme em geral agradável e divertido. Alguns atores secundários são responsáveis por boas cenas, protagonizadas por Adrian Martinez) e Owens (Gerald McRaney).
No geral, o filme é bom. Tem uma engasgada ali outra acolá, mas “Golpe Duplo” dá uma lustrada na estrela de Will Smith, que andava ofuscada desde o fiasco da ficção científica “Depois da Terra”, em 2013, de M. Night Shyamalan. Ele retorna à vocação para romance, comédia e, principalmente, a astro hollywoodiano. (Francisco Martins).